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29/11/2006 - 16h11

Gaddafi atrasa e encontro com Lula é adiado

ROGÉRIO WASSERMANN
da BBC Brasil, em Abuja

O primeiro encontro bilateral que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria na Nigéria nesta quarta-feira, que seria com o líder líbio Muammar Gaddafi, acabou sendo adiado por causa do atraso do africano, que permaneceu por mais tempo do que o previsto em um almoço na casa do embaixador de seu país.

Segundo o governo brasileiro, o encontro entre os dois havia sido pedido por Gaddafi, horas antes da abertura oficial da Cúpula África-América do Sul, da qual Lula participa em Abuja. Um novo encontro teria sido marcado para o café da manhã desta quinta-feira.

Lula teve à tarde uma série de encontros com os líderes de Togo, Gana, Moçambique e Argélia, mas sem sair do hotel onde se encontra. O presidente está com dificuldade de caminhar após torcer o tornozelo esquerdo no início da semana em Brasília.

Também nesta quarta-feira, Lula iria à inauguração do setor consular da embaixada brasileira em Abuja, mas acabou não indo por causa do problema no pé. No entanto, o presidente deve ir ao banquete oficial de abertura da cúpula oferecido pelo presidente da Nigéria em sua residência oficial, à noite, provavelmente em uma cadeira de rodas.

Comunicado conjunto

Após o fim da cúpula, na quinta-feira, os líderes devem divulgar um comunicado conjunto e um plano de ação com temas de interesse mútuo entre as duas regiões.

Os documentos devem tratar de questões nas áreas de comércio internacional, infra-estrutura, uso dos recursos naturais, agricultura, turismo e segurança.

As discussões prévias entre diplomatas dos 63 países representados na cúpula foram marcadas por divergências em vários pontos.

Conselho de Segurança

Um desses pontos é a proposta para a expansão do Conselho de Segurança da ONU. O Brasil almeja sua inclusão entre os membros permanentes do conselho, ao lado de Índia, Alemanha, Japão e um país africano, mas essa proposta não é consenso entre os demais países sul-americanos nem dos africanos.

O documento final da cúpula deve defender a expansão na ONU, mas sem especificar os detalhes da proposta para esta expansão.

Outro ponto de discórdia entre os diplomatas foi a possível inclusão de uma declaração de apoio às pretensões argentinas de negociar com a Grã-Bretanha a soberania sobre as ilhas Malvinas, alvo de um conflito entre os dois países em 1982.

A proposta argentina não deve ser atendida, já que muitos países africanos fazem parte da Comunidade Britânica.
 

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