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02/12/2006 - 09h33

Rosales é a principal esperança da oposição contra Chávez

da BBC Brasil

Presente no cenário político venezuelano há quase três décadas, Manuel Rosales --o principal candidato da oposição para as eleições deste domingo-- acumulou seu poder político no Estado de Zulia.

Nascido em 12 de dezembro de 1952, Rosales já foi deputado, prefeito de Maracaibo e governador do Estado, cargo que ocupa desde 2000.

Desde a chegada de Hugo Chávez ao poder, em 1998, Rosales tem resistido às repetidas vitórias eleitorais do chavismo e conseguido manter-se no comando do estado petroleiro.

Seus primeiros passos na militância foram na política estudantil na Universidad del Sur del Lago, da qual foi um dos fundadores.

Durante muitos anos, foi membro ativo do partido social-democrata Ação Democrática (AD).

No entanto, abandonou o partido em 2000 para criar a sua própria agremiação, chamada Um Novo Tempo, que é formada por vários ex-membros da AD e tem seu principal reduto no Estado de Zulia.

À frente do Um Novo Tempo e apoiado por vários outros partidos de oposição, Rosales enfrenta neste domingo seu maior desafio: derrotar Chávez nas urnas.

Golpe

Uma das principais críticas dos chavistas a Rosales é que ele foi um dos políticos a assinar o decreto que avalizou o breve golpe de Estado contra Chávez em abril de 2002.

Rosales se defende dessa crítica afirmando que foi um erro, uma decisão "de boa-fé" tomada com base na suposta renúncia de Chávez durante os confusos dias do golpe.

Rosales nega também as acusações de Chávez de que é o candidato apoiado pelos Estados Unidos. "Não vou sentar no colo de Bush nem no de Fidel Castro", disse ele em entrevista à BBC.

Sua campanha presidencial se caracterizou por caminhadas nas cidades venezuelanas e por enormes manifestações - chamadas "avalanches".

Desde que se tornou o principal candidato da oposição, Rosales tem procurado mostrar-se conciliador e aberto em relação aos seguidores do chavismo.

Prometeu manter e melhorar os projetos sociais do governo Chávez, conhecidos como "missões".

Uma de suas principais promessas durante a campanha foi a criação do cartão "Mi Negra", por meio do qual entregará mensalmente entre US$ 300 e US$ 500 a pessoas carentes, com recursos provenientes da exportação de petróleo.

Propaganda

Uma de suas peças de propaganda eleitoral na televisão é direcionada para aqueles que votaram em Chávez oito anos atrás e agora estão decepcionados com o governo.

"Por mentiras me apaixonei. Mas ao longo desses anos percebi que fui enganada", diz uma voz feminina que assina uma carta de amor como uma mulher chamada Venezuela.

No entanto, essa postura aberta em relação aos chavistas tropeçou quando, em um momento da campanha, Rosales disse em entrevista a um programa de televisão de Miami, nos Estados Unidos, que alguns chavistas eram "parasitas que estão vivendo do governo".

Rosales é católico. O candidato é casado com Eveling Trejo e tem 10 filhos e um neto.

Apesar de ser o principal candidato de oposição, neste domingo Rosales não terá apenas Chávez como adversário nas urnas: há outros 19 candidatos menores, que não se uniram a sua coalizão, disputando as eleições venezuelanas.
 

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