Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/12/2006 - 16h26

Frei Galvão está a um passo de virar santo

ASSIMINA VLAHOU
da BBC Brasil, em Roma

O papa Bento 16 autorizou no sábado o reconhecimento do segundo milagre atribuído a frei Galvão. É o último passo antes da canonização do frade franciscano, que deve se tornar o primeiro santo nascido no Brasil.

A decisão do pontífice deverá ser publicada como decreto pela Congregação para a Causa dos Santos nesta quinta-feira. Depois disso, o suposto milagre poderá ser divulgado.

O frade Antonio de Sant’Anna Galvão já havia sido declarado beato pelo papa João Paulo 2° em outubro de 1998.

“A promulgação do decreto significa que o frei será mesmo canonizado, mas falta o último passo que é o concistório público”, explica a irmã Celia Cadorin, religiosa brasileira que representa, junto ao Vaticano, a causa da Diocese de São Paulo pela canonização do frade.

O concistório é a reunião dos cardeais que compõem o colégio cardinalício, que deve ocorrer entre janeiro e fevereiro do ano que vem.

Durante o encontro, o papa poderá anunciar a data da canonização.

Visita do papa

Segundo Célia Cadorin, a cerimônia pode ser em maio, durante a visita do papa ao Brasil.

“Estamos torcendo, esperando por esta graça, que seria o milagre do milagre”, declarou à BBC Brasil.

Frei Galvão nasceu em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, em 1739.

Ele viveu na capital entre 1762 e 1822, onde fundou o mosteiro da Luz e ficou conhecido por suas “pílulas”, pedacinhos de papel que contêm uma oração para Nossa Senhora.

Segundo seus fiéis, a ingestão dos bilhetinhos tem o dom de curar pessoas com problemas renais e parturientes com dificuldades.

“Ainda hoje há filas enormes no mosteiro da Luz, onde as freiras preparam as pílulas”, diz irma Celia Cadorim.

A primeira santa brasileira é considerada madre Paulina. Ela nasceu na Itália e se mudou para o Brasil aos 10 anos de idade, em 1875, sendo canonizada pelo papa João Paulo 2° em maio de 2002.

No mesmo dia em que aprovou a canonização de frei Galvão, o papa Bento 16 autorizou também a promulgação do decreto que reconhece o martírio de outros três brasileiros.

São eles o sacristão de 16 anos de idade, Adilio Daronch, morto no Rio Grande do Sul em 1924, Albertina Berkenbrock, morta aos 13 anos de idade em Santa Catarina e irmã Lindalva Justo de Oliveira, assassinada em Salvador em 1993, aos 40 anos de idade.

Os três serão beatificados no ano que vem, nas cidades onde viveram.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página