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01/01/2007 - 14h31

Para analistas, tendências na web em 2007 serão ditadas pelos internautas

MARK WARD
da BBC Brasil

Três especialistas em internet prevêem a continuidade da tendência observada em 2006 de que o internauta interfira ativamente nas mudanças que acontecerão na web em 2007.

Ainda que marcas como Google, Yahoo! e Amazon sejam familiares aos usuários, os últimos 12 meses já deram sinais de que seus reinados não durarão para sempre. Em 2006, nomes como YouTube, MySpace, Bebo e Facebook foram os que ganharam as manchetes --ao lado de vários outros sites de relacionamento, como o Orkut.

O foco nos usuários e em comunidades on-line deve continuar em 2007, de acordo com Kathy Johnson, da Consort Partners, empresa do Vale do Silício que vem recomendando às empresas que estão iniciando suas operações a se focarem na Web 2.0.

A Web 2.0 é a segunda geração de serviços baseados na web, como sites de relacionamento, wikis (sites que permitem ao usuário agregar ou editar informação), instrumentos de comunicação e "folksonomias" (sites que permitem a categorização coletiva de informação).

Comunidades

A grande tendência entre as empresas baseadas na web será a atualização da personalização, diz Johnson. Ou seja, empresas tentarão explorar a informação gerada pelas comunidades que surgirem na internet.

Por exemplo, sugestões de livros e de cds feitas por lojas como a Amazon não têm a confiança de consumidores porque não se pode ter certeza de como elas são feitas. Por outro lado, os usuários tendem a confiar mais em recomendações vindas de grupos de interesse dos quais participam.

"É por isso que todas as empresas estão falando em gerenciamento de reputação e associando com a personalização, pois assim, as recomendações têm a confiança do usuário", afirma Johnson, para quem os sites como o Last.fm e Mog.com puxam a fila da nova tendência que deve crescer nos próximos meses.

Para o empresário Philippe Courtot, 2007 deve ser um ano de profundas mudanças na indústria de tecnologia e que os produtos baseados na web também devem ganhar espaço.

A facilidade e a velocidade com que os programas baseados na rede estão sendo combinados fazem com que mais e mais empresas se perguntem como elas podem criar softwares usados para manter suas organizações funcionando.

"Não é mais possível desenvolver softwares à 'moda antiga'", explica Courtot, fundador e presidente da empresa de segurança online Qualys. "Os custos de distribuição e suporte são cada vez maiores e a satisfação dos clientes só diminui".

Ao invés de comprar uma licença para o programa e desenvolver os aplicativos sozinhas, cada vez mais companhias estão procurando empresas que possam oferecer software através de um browser.

Com os consumidores começando a ficar mais escassos, ele prevê um aumento na quantidade de fusões e aquisições entre empresas, já que empresas de software tendem a se "canibalizar" para permanecer no ramo. "Haverá uma consolidação", afirma Courtot.

Telefonando

Para Martin Illsley, diretor de pesquisa na Europa da consultoria de tecnologia Accenture, este ano terá grandes avanços na tecnologia --especialmente na área da telefonia celular.

Com os números de aparelhos com câmera chegando ao seu limite, novidades radicais podem aparecer, aumentando o poder do consumidor e deixando as empresas em situação desconfortável.

"Telefones com câmera permitirão a comunicação entre consumidor e empresa através de imagens, além de telefonemas e e-mails", diz Illsley. "Os consumidores ficarão mais aptos a fazer reclamações usando imagens tiradas do produto em questão".

Illsley também espera que este ano veja novas tecnologias --em especial robôs e sensores remotos-- fazendo mais parte da vida diária do consumidor, uma vez que seus custos devem cair.

"Novas gerações de serviços feitos por robôs não serão muito inteligentes, mas prestarão assistência barata para tarefas como empacotamento, limpeza, e checagem, por exemplo".

Especial
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