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09/01/2007 - 11h43

Chávez pressiona por "socialismo do século 21", diz "FT"

da BBC Brasil

O diário econômico britânico "Financial Times" traz em matéria de capa nesta terça-feira um artigo em que aborda a decisão do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de iniciar o processo de nacionalização das empresas de telecomunicação e energia.

“Uma frase curta tem sido entoada como um mantra pelos 12 ministros indicados ontem por Hugo Chávez para o seu novo gabinete: socialismo do século 21”, afirma o texto do "FT".

O artigo fala de como o regime de Chávez tem sido marcado por uma rigidez ideológica e como essa deve continuar sendo a marca de seu terceiro mandato e do futuro da “revolução bolivariana”.

“Ele não perdeu tempo. Na noite passada ele anunciou que a principal companhia de telecomunicações, a Compañia Anônima Nacional Teléfonos de Venezuela (CANTV), que tem a americana Verizon e a espanhola Telefônica como acionistas, serão nacionalizadas. O sr. Chávez também adicionou que a empresa de energia de Caracas também pode ser nacionalizada”, afirma o jornal, classificando a política do líder venezuelano como “muito mais radical” do que o ministro da Economia do país, Rodrigo Cabezas, tinha dado a entender dias atrás.

Segundo analistas, diz o "Financial Times", as medidas de Chávez apontam para um acúmulo de poder cada vez maior nas mãos do “ex-oficial do Exército”. “Chávez, que disse no passado ‘Eu sou o Estado’, se prepara para fundir todos os partidos de sua caótica coalizão de apoio em uma única sigla, o Partido Socialista Venezuelano. Ele já sugeriu fazer uma mudança constitucional que lhe permita ser reeleito indefinidamente”.

O jornal também chama a atenção para a declaração de Chávez sobre sua intenção de não renovar a licença da emissora de rádio e TV mais popular do país, a RCTV, freqüentemente crítica ao seu governo, o que gerou uma censura por parte do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Jose Miguel Insulza. “Ontem, o sr. Chávez respondeu ao sr. Insulza sugerindo que ele deveria renunciar e, usando termos menos diplomáticos, o classificou como ‘um idiota”, conclui o "FT".

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