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Reino Unido propõe papel político para o Taleban no Afeganistão
da BBC
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Miliband, propôs, nesta segunda-feira, uma mudança na estratégia de estabilização política do Afeganistão e pediu que o governo do país negocie com membros moderados do grupo islâmico Taleban. Em um discurso na sede da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em Bruxelas, Miliband afirmou que, além da ofensiva militar, uma solução política é fundamental para a estabilização do Afeganistão.
Segundo o chanceler britânico, esta solução inclui dar a oportunidade para que alguns insurgentes moderados que atualmente lutam contra as tropas da coalizão e do governo afegão possam ser reintegrados à sociedade, exercendo, inclusive, cargos na política.
Arte/Folha Online |
"Isto significa, a longo prazo, um ajuste político inclusivo no Afeganistão, separando aqueles que querem que a lei islâmica seja aplicada em nível local daqueles comprometidos com a violenta jihad global, e dando a eles [moderados] um papel suficiente na política local de modo que eles possam abandonar o caminho de confronto com o governo", disse.
Miliband ainda afirmou que é necessário fazer uma distinção entre os "ideólogos linha-dura" e "terroristas jihadistas" dentro do Taleban e outros grupos, "que devem ser combatidos e derrotados", daqueles que podem ser "atraídos para o processo político".
Para o chanceler, caso estes moderados abandonem a violência, a oportunidade de participar do processo político deve ser dada a eles. "Estes afegãos devem ter a oportunidade de escolher um caminho diferente", afirmou.
Os oposicionistas do Partido Conservador da Reino Unido, no entanto, afirmam que não há nada de novo na proposta de Miliband, já que negociações entre o governo de Cabul e o Taleban acontecem há anos.
Também nesta segunda-feira, o comandante das tropas britânicas no Afeganistão, o general de brigada Tim Radford, afirmou que a primeira fase da operação Garra de Pantera, que acaba de ser finalizada, foi um "sucesso". A operação, que tem como objetivo aumentar a segurança na Província de Helmand antes das eleições de agosto, resultou na morte de nove britânicos. Outros 11 morreram em operações separadas durante o mês de julho.
Apesar das mortes, Radford reiterou que a operação foi bem sucedida. "Estou absolutamente certo de que a operação foi um sucesso. Nós conseguimos atingir de maneira significativa o Taleban nesta região, tanto em termos de sua capacidade [militar] quanto em termos morais".
Acordo
A pouco menos de um mês das eleições presidenciais de 20 de agosto, o governo afegão anunciou, nesta segunda-feira, ter feito um acordo temporário de cessar-fogo com insurgentes do Taleban na Província de Badghis, no noroeste do país.
De acordo com o governo, os insurgentes teriam se comprometido em não atacar postos eleitorais na Província e permitir o trabalho de tropas do governo. Pouco após o anúncio, no entanto, um porta-voz do Taleban desmentiu esta informação, afirmando que nenhum acordo pode ser alcançado e uma única Província, enquanto confrontos ocorrem no restante do país.
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O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
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