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26/01/2007 - 10h11

Lula pede que países pobres parem de "chorar a miséria"

ADRIANA STOCK
da BBC Brasil, em Davos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva arrancou aplausos no Fórum Econômico Mundial nesta sexta-feira ao dizer que os países mais pobres precisam parar de "chorar a miséria" e passar a assumir responsabilidade pelas dificuldades econômicas.

"Eu tenho dito a todos os dirigentes latino-americanos: nós temos parar de viajar o mundo chorando a nossa miséria e importando culpados pela nossa desgraça. Muitas vezes, a responsabilidade é nossa", declarou Lula, em discurso no fórum, em Davos, na Suíça.

O presidente fez hoje seu discurso, em que procurou "apresentar resultados" desde 2003, conforme declarou ao chegar ao local onde se reúnem milhares de formadores de opinião, entre empresários, políticos, acadêmicos, ativistas e representantes da sociedade civil.

O líder brasileiro reservou ainda uma parte do seu discurso para pedir "consciência" aos países ricos na aplicação de recursos no Terceiro Mundo.

"É preciso acabar com a mania dos países ricos de dar dinheiro para governantes que às vezes nem aplicam o dinheiro corretamente. É preciso que os investimentos sejam um projeto de desenvolvimento, porque isso gera emprego, riqueza e melhorias na qualidade de vida", disse Lula.

Rodada Doha

Ressaltando que a Rodada Doha é uma das maneiras de combater a pobreza no mundo, o presidente brasileiro pediu que empresários de todos os países pressionem seus governos pela retomada das negociações.

Desde julho, as tentativas de liberalizar o comércio mundial em escala global estão suspensas por um entrave entre União Européia e Estados Unidos na questão agrícola.

"Estamos lutando para que os países ricos adquiram a consciência de que, se não houver um acordo na Rodada Doha, não adianta culpar o Iraque. Não adianta tentar achar que as guerras que acontecem pelo mundo serão resolvidas com as ajudas financeiras", disse Lula.

"É na possibilidade de crescimento econômico, na geração de emprego, na distribuição de renda que nós vamos viver num mundo mais tranqüilo."

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