Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
05/08/2009 - 08h48

No México, Zelaya defende insurreição pacífica em Honduras

CECÍLIA BARRÍA
da BBC Mundo, na Cidade do México

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta terça-feira, em visita à Cidade do México, que o povo hondurenho tem "direito à insurreição", algo que, segundo ele, é garantido pela Constituição do país.

"Minha posição é que não se utilizem armas e que não se conteste com violência e barbárie como eles estão fazendo conosco. Pacífica e civicamente estamos tomando ações", disse Zelaya, que foi deposto em um golpe no dia 28 de junho.

Entenda a crise política existente em Honduras
Golpe em Honduras repete roteiro do século 20

As declarações foram feitas em uma coletiva de imprensa ao lado do presidente mexicano, Felipe Calderón, que anunciou que assumirá um papel mais ativo na crise hondurenha.

Em uma luta contra o tempo, Zelaya tenta esgotar as vias diplomáticas para conseguir voltar ao cargo.

"O México está decidido a ser uma parte determinante para buscar uma solução no conflito que vive Honduras", disse Calderón.

Ele se comprometeu a promover o Acordo de San José, elaborado pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, uma proposta que tem como um dos principais pontos a restituição de Zelaya no poder.

"Hoje mais do que nunca é imperativo que prevaleça a força de direito e não o direito à força", disse Calderón ao lado do hondurenho.

O governo interino de Honduras, encabeçado por Roberto Micheletti, afirma que a saída de Zelaya foi um mecanismo legal porque ele sabia que havia violado a Constituição ao convocar um referendo para se perpetuar no poder.

O Congresso de Honduras concordou nesta terça-feira analisar uma proposta de anistia parcial a Zelaya, que cubra apenas as acusações políticas contra ele, se as partes voltarem à mesa de negociação em San José, na Costa Rica.

Em entrevista à BBC em Manágua no mês passado, Zelaya havia dito que voltaria a Honduras, porque as negociações na Costa Rica tinham "se esgotado".

Nos dias seguintes, Zelaya chegou a cruzar a pé a fronteira entre a Nicarágua e Honduras, mas se retirou em seguida. Ele prometeu criar milícias no lado nicaraguense da fronteira para preparar seu retorno ao poder.

O assunto das milícias não foi mais abordado por Zelaya, que decidiu embarcar para o México em sua campanha diplomática.

Seguidores de Zelaya ouvidos pela BBC na fronteira disseram que o presidente deposto não conseguiu reunir o número suficiente de pessoas para formar um grupo.

Zelaya anunciou que viajará ao Brasil no próximo final de semana para se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
avalie fechar
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
avalie fechar
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (5675)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página