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10/05/2007
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07h39
Embora tenham uma visão política similar, a relação entre o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o ministro da Economia, Gordon Brown, foi mais marcada por desavenças.
Blair e Brown encontraram-se pela primeira vez em junho de 1983, quando foram eleitos para a Câmara dos Comuns no Parlamento britânico.
Os dois dividiram um escritório, desenvolvendo uma relação que mudaria a direção do Partido Trabalhista.
Alguns colegas descreviam Blair como sendo o mais 'afável' e Brown, o mais 'estudioso'.
Acordo
A morte do líder trabalhista John Smith, em maio de 1994, foi a virada na relação entre Blair e Brown.
Blair pedia a modernização do partido e era o favorito para vencer a eleição para a nova liderança da legenda à frente de Brown e outros candidatos.
Em 31 de maio daquele ano, Blair e Brown tiveram o famoso encontro no restaurante Granita, em Londres, onde Brown teria concordado em deixar o caminho livre para o colega.
Também teria sido acertado que um dia Blair renunciaria a favor de Brown -partidários de Blair, no entanto, disseram que tal acordo nunca existiu.
Com uma vitória histórica sobre John Prescott e Margaret Beckett, Tony Blair foi eleito líder do Partido Trabalhista em julho de 1994.
Rivalidade
A rivalidade entre Blair e Brown tornou-se um grande foco de atenção no Reino Unido, embora as rixas raramente tenham se tornado públicas.
As discórdias ficaram na boca dos respectivos partidários, como Peter Mandelson e Alistair Campbell, do lado de Blair, e Charlie Whelan, por Brown.
À medida que os trabalhistas foram perdendo popularidade em seus três mandatos, aumentaram os rumores de que Brown estaria irritado com a recusa de Blair em definir a sua data de renúncia.
Algumas desavenças aprofundaram-se, como a entrada do Reino Unido na zona do euro -defendida por Blair e criticada por Brown.
Em 2004, o vice-premiê britânico, John Prescott, disse que os ministros estavam discutindo sobre seus futuros caso Blair renunciasse.
Mas, ainda naquele ano, o primeiro-ministro afirmou que completaria o seu terceiro mandato.
Às vésperas das eleições em 2005, Blair e Brown não estariam mais conversando.
Em agosto de 2006, ao retornar de suas férias, o primeiro-ministro disse novamente que não daria uma data para a sua saída.
Um mês depois, surgiram relatos de um "encontro acrimonioso" entre Blair e Brown em que a sucessão foi discutida.
Após a reunião, oito membros do gabinete que pediam a renúncia do premiê se afastaram de seus cargos.
Aliados de Brown negaram que os pedidos de demissão seriam parte de um complô a favor do ministro da Economia.
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Relação entre Blair e Brown foi marcada pela rivalidade
da BBCEmbora tenham uma visão política similar, a relação entre o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o ministro da Economia, Gordon Brown, foi mais marcada por desavenças.
Blair e Brown encontraram-se pela primeira vez em junho de 1983, quando foram eleitos para a Câmara dos Comuns no Parlamento britânico.
Os dois dividiram um escritório, desenvolvendo uma relação que mudaria a direção do Partido Trabalhista.
Alguns colegas descreviam Blair como sendo o mais 'afável' e Brown, o mais 'estudioso'.
Acordo
A morte do líder trabalhista John Smith, em maio de 1994, foi a virada na relação entre Blair e Brown.
Blair pedia a modernização do partido e era o favorito para vencer a eleição para a nova liderança da legenda à frente de Brown e outros candidatos.
Em 31 de maio daquele ano, Blair e Brown tiveram o famoso encontro no restaurante Granita, em Londres, onde Brown teria concordado em deixar o caminho livre para o colega.
Também teria sido acertado que um dia Blair renunciaria a favor de Brown -partidários de Blair, no entanto, disseram que tal acordo nunca existiu.
Com uma vitória histórica sobre John Prescott e Margaret Beckett, Tony Blair foi eleito líder do Partido Trabalhista em julho de 1994.
Rivalidade
A rivalidade entre Blair e Brown tornou-se um grande foco de atenção no Reino Unido, embora as rixas raramente tenham se tornado públicas.
As discórdias ficaram na boca dos respectivos partidários, como Peter Mandelson e Alistair Campbell, do lado de Blair, e Charlie Whelan, por Brown.
À medida que os trabalhistas foram perdendo popularidade em seus três mandatos, aumentaram os rumores de que Brown estaria irritado com a recusa de Blair em definir a sua data de renúncia.
Algumas desavenças aprofundaram-se, como a entrada do Reino Unido na zona do euro -defendida por Blair e criticada por Brown.
Em 2004, o vice-premiê britânico, John Prescott, disse que os ministros estavam discutindo sobre seus futuros caso Blair renunciasse.
Mas, ainda naquele ano, o primeiro-ministro afirmou que completaria o seu terceiro mandato.
Às vésperas das eleições em 2005, Blair e Brown não estariam mais conversando.
Em agosto de 2006, ao retornar de suas férias, o primeiro-ministro disse novamente que não daria uma data para a sua saída.
Um mês depois, surgiram relatos de um "encontro acrimonioso" entre Blair e Brown em que a sucessão foi discutida.
Após a reunião, oito membros do gabinete que pediam a renúncia do premiê se afastaram de seus cargos.
Aliados de Brown negaram que os pedidos de demissão seriam parte de um complô a favor do ministro da Economia.
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