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11/05/2007 - 08h14

Aspirina pode prevenir câncer intestinal, diz estudo

da BBC

A ingestão diária de aspirina pode prevenir o câncer de intestino, segundo uma pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Segundo os autores do estudo, publicado na revista médica "The Lancet", uma dose de 300 mg por dia, durante cinco anos, se mostrou suficiente para reduzir o risco da doença em 74% nos dez a 15 anos subseqüentes.

O uso prolongado da aspirina geralmente não é recomendado por causa do risco de problemas estomacais, mas os cientistas defendem que o medicamento pode ajudar as pessoas com alto risco de desenvolver o câncer de intestino.

"Indivíduos que tiveram alguém na família com a doença não vão ser prejudicados se tomarem aspirina", disse Peter Rothwell, o chefe da equipe de pesquisadores. "Eles podem até apresentar sangramento estomacal, mas vão se beneficiar mais com a redução do risco de câncer."

Voluntários

Os cientistas analisaram os resultados de dois grandes testes realizados no Reino Unido, entre os anos 70 e 80.

Esses testes envolveram mais de 7.500 voluntários, que receberam diferentes doses diárias de aspirina ou um placebo durante cinco a sete anos. Os voluntários foram então acompanhados por até 20 anos, e as mortes por câncer intestinal também eram registradas.

Segundo a equipe de Oxford, são necessários pelo menos dez anos para observar o efeito da aspirina, pois este é o tempo que leva para que formações pré-cancerígenas se desenvolvam em câncer.

Os pesquisadores descobriram ainda que o efeito protetor da aspirina é consistente, independentemente da idade, do sexo ou da origem étnica do paciente.

Recomendação

A cada ano, cerca de 35 mil pessoas são diagnosticadas com a doença no Reino Unido, e outras 16 mil morrem em decorrência dela.

Por isso, entidades que trabalham na luta contra o câncer elogiaram a pesquisa da Universidade de Oxford.

"Este estudo é muito interessante e confirma o que já se sabe sobre a relação entre a aspirina e o desenvolvimento de pólipos e câncer no intestino", disse Rob Glynne-Jones, médico-conselheiro da Bowel Cancer UK.

"Mas estas descobertas não significam que qualquer pessoa deve começar a tomar aspirina nesta quantidade, pois temos que levar em conta os riscos de efeitos colaterais", alertou.

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