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16/05/2007
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07h46
Em editorial intitulado "As fraquezas do papa", o jornal alemão Süddeutsche Zeitung comenta nesta quarta-feira o discurso final de Bento 16 no Brasil para afirmar que o "culto Joseph Ratzinger mostra fraquezas assustadoras em assuntos histórico-políticos".
O jornal se refere à declaração do papa de que os povos indígenas na América Latina estavam "à espera do cristianismo" e de que a nova crença "não foi uma imposição" sobre os povos pré-colombianos.
"Então provavelmente no início de outubro de 1492, entre o México e a Terra do Fogo as pessoas ficavam olhando para o mar, pensando 'Onde estão eles? Quando é que nós índios finalmente vamos poder ser cristãos?'", ironiza o jornal.
Segundo o jornal, Bento 16 acabou "neutralizando o pedido de desculpas feito por João Paulo 2º pelas atrocidades cometidas em nome de Jesus contra os moradores da América Central e do Sul".
Indignação
O jornal alemão diz que "ao espiritualizar o resultado de morte, assassinato e exploração", o papa acabou passando a mensagem de que "no final das contas, os sobreviventes aceitaram Cristo, e tudo bem".
O editorial diz que o papa causou indignação entre os povos indígenas, assim como causou a revolta de muçulmanos com o discurso de Regensburg.
"É difícil separar com precisão crença, responsabilidade histórica e política, como Bento 16 parece acreditar. Não costuma dar certo, quando um clérigo vira político", diz o Süddeutsche Zeitung.
"Mas também não basta canonizar um franciscano beato, que fazia as pessoas engolirem pedacinhos de papel com preces para curá-las", conclui o editorial.
O diário espanhol "El País" também destaca a polêmica desatada pelas declarações do papa, afirmando que "os indígenas brasileiros se declararam na segunda-feira terem se sentido ofendidos pelas afirmações de que a igreja havia purificado os índios e que voltar às suas religiões originais seria um retrocesso".
O jornal espanhol observa que as declarações de Bento 16 foram qualificadas como "arrogantes e desrespeitosas" por líderes das comunidades indígenas.
Papa mostrou "fraquezas" no Brasil, diz jornal alemão
da BBC BrasilEm editorial intitulado "As fraquezas do papa", o jornal alemão Süddeutsche Zeitung comenta nesta quarta-feira o discurso final de Bento 16 no Brasil para afirmar que o "culto Joseph Ratzinger mostra fraquezas assustadoras em assuntos histórico-políticos".
O jornal se refere à declaração do papa de que os povos indígenas na América Latina estavam "à espera do cristianismo" e de que a nova crença "não foi uma imposição" sobre os povos pré-colombianos.
"Então provavelmente no início de outubro de 1492, entre o México e a Terra do Fogo as pessoas ficavam olhando para o mar, pensando 'Onde estão eles? Quando é que nós índios finalmente vamos poder ser cristãos?'", ironiza o jornal.
Segundo o jornal, Bento 16 acabou "neutralizando o pedido de desculpas feito por João Paulo 2º pelas atrocidades cometidas em nome de Jesus contra os moradores da América Central e do Sul".
Indignação
O jornal alemão diz que "ao espiritualizar o resultado de morte, assassinato e exploração", o papa acabou passando a mensagem de que "no final das contas, os sobreviventes aceitaram Cristo, e tudo bem".
O editorial diz que o papa causou indignação entre os povos indígenas, assim como causou a revolta de muçulmanos com o discurso de Regensburg.
"É difícil separar com precisão crença, responsabilidade histórica e política, como Bento 16 parece acreditar. Não costuma dar certo, quando um clérigo vira político", diz o Süddeutsche Zeitung.
"Mas também não basta canonizar um franciscano beato, que fazia as pessoas engolirem pedacinhos de papel com preces para curá-las", conclui o editorial.
O diário espanhol "El País" também destaca a polêmica desatada pelas declarações do papa, afirmando que "os indígenas brasileiros se declararam na segunda-feira terem se sentido ofendidos pelas afirmações de que a igreja havia purificado os índios e que voltar às suas religiões originais seria um retrocesso".
O jornal espanhol observa que as declarações de Bento 16 foram qualificadas como "arrogantes e desrespeitosas" por líderes das comunidades indígenas.
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