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18/05/2007 - 09h45

Socialista apontado ministro na França é expulso de partido

DANIELA FERNANDES
da BBC Brasil, em Paris

O socialista Bernard Kouchner, novo ministro francês das Relações Exteriores, foi expulso do partido nesta sexta-feira pouco tempo depois de ter assumido o cargo.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), François Hollande, anunciou que Kouchner "não é mais membro do partido".

Outros socialistas também criticaram a nomeação. Benoît Hamon, deputado europeu, lamentou que personalidades da esquerda tenham aceitado fazer parte do novo governo e ressaltou que a "o Partido Socialista integra a oposição ao presidente Nicolas Sarkozy".

Para o PS, a estratégia de Sarkozy de criar um governo de base ampla, que inclui socialistas e centristas, visa desestabilizar esses partidos para as eleições legislativas de junho, enfraquecendo a oposição e criando a imagem de que seu governo integra diferentes opiniões da sociedade.

Direitos humanos

Bernard Kouchner era uma figura emblemática dos socialistas por ser muito popular entre os franceses, sobretudo em razão de seu empenho na defesa dos direitos humanos. Ele é co-fundador da ONG Médicos Sem Fronteiras.

Mas muitos analistas dizem que o partido nunca lhe concedeu uma posição de destaque, que correspondesse à sua popularidade.

Uma pesquisa divulgada hoje pelo jornal Le Figaro, do instituto Opinion Way, revela que a nomeação de Kouchner, que já vinha sendo veiculada pela imprensa francesa nos últimos dias, é amplamente aprovada pela grande maioria da população.

De acordo com a pesquisa, 71% dos franceses aprovam a nomeação de Koucher. Entre os que votaram na candidata socialista Ségolène Royal no primeiro turno, o índice de aprovação é de 55%.

Analistas acreditam que a atuação de Kouchner no governo Sarkozy não será muito fácil. O co-fundador da Organização Médicos Sem Fronteiras criticou Sarkozy durante a campanha presidencial.

Kouchner tem conhecidas posições antiamericanas e vai integrar um governo que criou uma nova pasta, o Ministério da Imigração e da Identidade Nacional, que foi duramente criticado pela oposição e grupos de defesa de direitos humanos.

Além de Kouchner, dois outros socialistas integram o novo governo francês. Eric Besson era o secretário econômico do partido e chegou a ser membro da campanha de Ségolène Royal, mas pediu demissão do partido após se desentender com a candidata sobre seu programa econômico. Ele foi nomeado secretário de Estado para a avaliação das políticas públicas.

Jean-Pierre Jouyet, tido como próximo do secretário nacional do PS e de Ségolène Royal, foi nomeado secretário de Estado para os assuntos europeus.

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