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18/09/2009 - 16h41

Líderes oposicionistas foram agredidos em manifestação em Teerã, dizem sites

da BBC Brasil

O líder da oposição iraniana Mir Hossein Mousavi e o ex-presidente Mohammad Khatami teriam sido agredidos na capital do Irã, Teerã, nesta sexta-feira, durante a maior manifestação popular contra o governo em dois meses.

Milhares de manifestantes oposicionistas entraram em choque com forças de segurança iranianas durante a realização de um tradicional evento anual de apoio aos palestinos, o comício do Quds (Dia de Jerusalém).

A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.

O governo não tem permitido que a oposição realize protestos contra o resultado das eleições presidenciais de junho, que reelegeram o presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Apesar de avisos de que o evento não deveria ser usado para fazer manifestações contra o pleito, a TV estatal mostrou que muitos dos presentes se vestiam de verde, a cor da oposição iraniana.

A agência de notícias oficial Irna disse que Mousavi foi forçado a deixar o local após seu carro ter sido atacado.

Já o site reformista Parlemennews diz que Khatami chegou a ser jogado ao chão por simpatizantes do governo, antes da intervenção policial.

Ahmadinejad

Correspondentes dizem que cresce entre os círculos de direita a ideia de que os líderes oposicionistas deveriam ser detidos, da mesma forma que centenas de seus simpatizantes têm sido.

Apesar de, em termos concretos, os oposicionistas não terem conquistado muito desde o início dos protestos, analistas dizem que a imagem de turbulência interna não é o que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, deseja transmitir ao mundo.

Nesta sexta-feira, na Universidade de Teerã, Ahmadinejad criticou a criação de Israel, além de contestar a versão oficial do Holocausto nazista.

Reino Unido e EUA criticaram as declarações do presidente iraniano.

Rafsanjani

Pela primeira vez nos últimos 30 anos, o sermão do Dia de Jerusalém não foi feito pelo ex-presidente Hashemi Rafsanjani.

Rafsanjani costuma ser visto como um dos pilares do sistema de poder islâmico no Irã, afirma o ex-correspondente da BBC em Teerã, Jim Muir.

O ex-presidente, no entanto, discretamente simpatiza com a oposição.

Este ano, Rafsanjani foi afastado dos comícios e substituído por um pregador de linha dura.

Depois das eleições presidenciais, a polícia reprimiu violentamente os protestos da oposição, causando mortes e prendendo centenas de pessoas.

A oposição alega que o resultado das eleições foi fraudado.

 

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