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Colômbia acusa Venezuela de explodir duas pontes na fronteira
da BBC Brasil
Em meio à crescente tensão diplomática entre Colômbia e Venezuela, o governo de Bogotá acusou nesta quinta-feira militares venezuelanos de dinamitarem duas pontes na fronteira entre os dois países.
O ministro da Defesa da Colômbia, Gabriel Silva, disse que um grupo de militares venezuelanos explodiu as pontes para pedestres do município de Ragonvalia, no departamento (Estado) de Norte de Santander, ação que teria deixado "isolados" os moradores da região.
"Uniformizados que chegaram em caminhonetes do lado venezuelano, aparentemente pertencentes ao Exército da Venezuela, localizaram duas pontes de pedestre comunitárias que unem as comunidades dos dois lados [...] e dinamitaram as pontes do lado venezuelano", afirmou Silva a jornalistas em Bogotá.
"Essa ação representa uma violação à lei internacional, à lei humanitária, é uma agressão contra os civis", acrescentou.
O incidente ainda não foi confirmado pelo governo venezuelano. A BBC Brasil procurou os ministérios de Defesa e de Relações Exteriores da Venezuela mas ainda não obteve resposta.
"Desgraçado"
A tensão entre os dois países vem aumentando desde que a Colômbia anunciou um acordo militar com os Estados Unidos que permitirá a militares americanos acesso a sete bases militares em território colombiano. Para o governo de Hugo Chávez, o acordo desestabiliza a região e é parte de um "plano de guerra" contra a Venezuela.
Há duas semanas, Chávez ordenou que militares e civis se preparassem "para a guerra para garantir a paz".
Essas declarações foram interpretadas pelo governo de Álvaro Uribe como uma "ameaça de guerra", o que levou Bogotá a apresentar uma reclamação contra a Venezuela na OEA (Organização de Estados Americanos) e na ONU (Organização das Nações Unidas).
A última troca de farpas entre os dois governos ocorreu na quarta-feira (18), quando Chávez chamou o presidente colombiano, Álvaro Uribe, e o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, de "desgraçados" devido a críticas à Unasul (União de Nações Sul-Americanas). Bermúdez criticou a organização por não ter condenado as declarações de Chávez pedindo que o seu país se preparasse para um conflito.
"Saiu o chanceler da Colômbia dizendo que a Venezuela fala de guerra. Não lhes digo o que me provocava porque estamos no ar. [Mas] vou te dizer, desgraçado, como desgraçado é seu presidente, e desgraçaram a Colômbia!", disse Chávez, durante um ato político transmitido pela TV estatal venezuelana.
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A velha tática de tentar criar um conflito armado para unir a população e desviar a atenção dos problemas crônicos do país pode ser uma saída para o coronel Chavez. Assim, é fácil mandar um helicóptero voar próximo das bases militares adversárias para ver se dão algum tiro e, então, cria-se o maior escarcéu. No fundo, é a autodeterminação dos ditadores que transpassa a vontade popular nessas democracias de fachada, como a venezuelana. Por via-de-regra, o estrago econômico deixado por esse tipo de gente costuma ser bem maior do que o produzido pelos corruptos contumazes. Veja-se o problema econômico que restou em Honduras motivado pela obsessão cega do deposto presidente Zelaia pelo poder.
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