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26/01/2010 - 16h50

Embaixada do Brasil em Honduras deve voltar à normalidade segunda-feira

da BBC Brasil

Depois de mais de quatro meses abrigando o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, a embaixada brasileira em Tegucigalpa vive agora a expectativa da saída do hondurenho, e espera poder começar a retomar seus serviços básicos já na próxima segunda-feira (1º).

De acordo com o encarregado de negócios Francisco Catunda Resende, diplomata brasileiro que é o responsável pela embaixada desde a entrada de Zelaya, em 21 de setembro, o clima entre os hóspedes da representação brasileira é de "otimismo", com Zelaya "animado" e já fazendo os preparativos para sua saída, que deve acontecer já nesta quarta-feira.

Zelaya, que foi deposto da Presidência de Honduras em 28 de junho, deve ser beneficiado por um salvo-conduto emitido pelo novo presidente do país, Porfírio Lobo, que toma posse nesta quarta-feira (20). O documento permitirá que Zelaya e sua família deixem a representação brasileira e sigam para a República Dominicana.

Em entrevista por telefone à BBC Brasil, o diplomata Francisco Catunda afirmou que o Brasil não se envolverá diretamente na saída de Zelaya, e que seu "único papel" é o de permitir que o presidente deposto deixe a embaixada. Atualmente, nove pessoas, incluindo Zelaya e sua mulher, Xiomara, estão abrigados no prédio.

"Nossa missão é ficar com o presidente até o fim. Depois disso, a responsabilidade será do governo dominicano e das autoridades hondurenhas", disse Catunda, que divide um plantão de 24h por dia com outro diplomata brasileiro na embaixada.

Vigilância

Mais de quatro meses depois da entrada de Zelaya na embaixada, o quarteirão onde está o prédio continua cercado por militares fortemente armados, que restringem o acesso ao local com pelo menos três barricadas e impedem fotografias e filmagens. Apesar da forte vigilância, Catunda afirmou que o governo brasileiro não teme eventuais episódios de violência no momento da retirada de Zelaya, embora permaneça "atento".

Os detalhes de como será a saída de Zelaya da embaixada ainda não estão claros e assessores do presidente deposto procurados pela BBC Brasil evitaram dar declarações.

Em entrevista à rádio Globo de Honduras reproduzida por outros veículos hondurenhos, Zelaya também evitou dar maiores detalhes sobre a operação, mas teria dito que haveria "muitas possibilidades" de que ele seja visto pelo povo antes de sair. "Não tenho detalhes porque quem está tratando disto é o novo governo" disse o líder deposto.

Em casa

De acordo com o diplomata Francisco Catunda, a expectativa é de que, após a saída de Zelaya, a embaixada volte a normalizar os serviços consulares básicos. Acordos de cooperação de contatos políticos, no entanto, continuarão suspensos enquanto o Brasil não reconhecer oficialmente o governo do novo presidente hondurenho, Porfírio Lobo.

Segundo Catunda, durante os quatro meses em que a embaixada abrigou os hóspedes, os serviços consulares em Honduras funcionaram em esquema de plantão da própria casa do diplomata. Ele conta que, por exemplo, o serviço de contabilidade da representação diplomática se mudou provisoriamente para o antigo quarto de seu filho.

"Neste período, nenhum brasileiro ficou sem passaporte", diz o diplomata, que afirma que os serviços consulares mais complexos, que não podem ser feitos pela sua casa, estão sob a responsabilidade da embaixada brasileira em El Salvador.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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