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Abbas vê "provocação" em decisão de Israel sobre locais santos
da BBC Brasil
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, classificou a intenção israelense de incluir dois locais sagrados do território palestino ocupado da Cisjordânia na lista do patrimônio nacional do país como uma "provocação". Segundo Abbas, a decisão pode dar início a uma guerra religiosa entre judeus e muçulmanos.
"Uma provocação assim não contribui para o processo de paz. Isso pode provocar uma guerra religiosa", disse Abbas em discurso no Senado belga.
Os planos do governo do premiê israelense Binyamin Netanyahu, divulgados no domingo (21), já geraram protestos na Jordânia, Egito e Síria. O Hamas, grupo rival do Fatah de Abbas, também criticou a medida.
A ANP convocou uma greve de três dias, a partir da última segunda-feira na cidade bíblica de Belém em protesto contra a ideia. Uma grande manifestação foi marcada para a sexta-feira.
Planos polêmicos
Netanyahu anunciou domingo que o pedido de inclusão do Túmulo dos Patriarcas de Hebron e do Túmulo de Raquel, em Belém, teria sido feito pelo partido ultraortodoxo Shas e já teria sido aprovado. "Em um tempo de crescente globalização e superficialidade, estamos criando pontos para unir pais e filhos e aproximar os filhos do povo, da terra e da herança judaica e sionista", disse ele, citado pelo portal de notícias Israel News.
Os partidos de direita e os dirigentes dos grupos de colonos judeus em territórios ocupados classificaram a decisão como "histórica".
Mas o principal partido de oposição questionou a inclusão dos dois monumentos na lista de patrimônios nacionais. "Esta é outra tentativa de misturar as fronteiras entre o Estado de Israel e os territórios ocupados. Só é preciso um pouco de pressão da direita e Netanyahu cede", disse o chefe do partido esquerdista Meretz, Chaim Oron.
O ex-ministro de gabinete palestino, Mustafá Barghouti, disse que a decisão representa uma declaração de Israel de que não há esperança para as negociações de paz.
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