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Para comitê dos EUA, Turquia cometeu genocídio armênio na 1ª Guerra
da BBC Brasil
Um comitê da Câmara do Representantes dos Estados Unidos aprovou, nesta quinta-feira, uma resolução que qualifica de "genocídio" o assassinato em massa de armênios por turcos otomanos durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), apesar da oposição da Turquia e de membros do governo de Barack Obama.
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou a resolução por 23 votos a 22, contrariando o conselho da secretária de Estado, Hillary Clinton, que recomendou que o Congresso evitasse ofender a Turquia com a aprovação da medida. O texto agora vai a plenário.
Logo após o anúncio da aprovação, o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, condenou a decisão que "acusa a nação turca de um crime que não cometeu". Erdogan chamou seu embaixador em Washington para consultas.
A Turquia, um importante aliado dos Estados Unidos na Otan, já havia advertido que a aprovação da resolução poderia prejudicar as relações bilaterais.
Em 2007, a Comissão já havia aprovado uma moção semelhante que acabou sendo arquivada antes da votação na Câmara depois da pressão do governo de George W.Bush.
Obama, no entanto, havia prometido, durante a campanha para Presidência, que classificaria o suposto massacre como genocídio.
O ministro das Relações Exteriores da Armênia, Edward Nalbandian, disse que a aprovação é um "incentivo aos direitos humanos".
"Nós apreciamos muito a decisão", disse ele à agência de notícias Reuters.
"Essa é mais uma prova da devoção do povo americano aos valores humanos e um passo importante para a prevenção de crimes contra a humanidade", afirmou.
Polêmica
A decisão do comitê da Câmara americana causou polêmica porque entrou em um ponto espinhoso da história de turcos e armênios.
Comunidades armênias em várias partes do mundo lutam há décadas para que o suposto massacre de seu povo pelos turcos otomanos entre 1915 e 1922 seja reconhecido como o primeiro genocídio do século 20.
A Turquia reconhece que muitos armênios morreram, mas afirma que as mortes fazem parte do histórico de vítima da Primeira Guerra Mundial.
Em outubro do ano passado, Turquia e Armênia assinaram um acordo para normalizar as relações entre os dois países depois de um século de hostilidade.
A Armênia se tornou uma república da antiga União Soviética em 1920 e manteve relações diplomáticas com a Turquia apenas como parte da URSS.
Desde sua independência, em 1991, o país exige que a Turquia reconheça o que diz ter sido um "genocídio".
Pelo acordo assinado em 2009, um comitê independente de historiadores seria formado para estudar as mortes.
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