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Sérvia debate pedido de desculpas por massacre na Bósnia
da BBC Brasil
O Parlamento da Sérvia começou a debater, nesta terça-feira, uma resolução condenando o massacre de Srebrenica em 1995 --o pior incidente da Guerra da Bósnia (1992-1995).
O texto contém um pedido de desculpas da Sérvia não ter feito mais para evitar a tragédia.
O massacre de cerca de 8 mil bósnios muçulmanos foi cometido por forças sérvias da Bósnia --aliadas ao então presidente sérvio Slobodan Milosevic.
Também nesta terça-feira, um tribunal rejeitou uma tentativa de parentes das vítimas de responsabilizar as Nações Unidas pelo massacre.
Encarando o passado
A resolução parlamentar está sendo debatida depois de Belgrado negar por anos que o massacre sequer tenha ocorrido, disse o correspondente da BBC na Sérvia Mark Lowen.
Segundo Lowen, o atual governo pró-ocidente sérvio acredita que a resolução poderá ajudar o país a ser visto de uma forma favorável no exterior, mostrando que está determinado a encarar o passado, buscando reconciliação regional e sua entrada na União Europeia.
A resolução foi criticada por muçulmanos da Bósnia e da Sérvia porque não descreve o massacre como um ato de genocídio. O episódio já foi reconhecido como genocídio pelo Tribunal Internacional para Crimes de Guerra da Antiga Iugoslávia, em Haia.
Os nacionalistas sérvios também fizeram ressalvas à resolução, afirmando que ela também deve denunciar os crimes cometidos pelos croatas e pelos bósnios muçulmanos durante o conflito.
Acredita-se que, apesar da oposição dos nacionalistas, a resolução tenha apoio o suficiente para ser aprovada.
Em uma tentativa de aproximar os nacionalistas, o governo prometeu outra resolução no futuro, condenando todos os crimes na antiga Iugoslávia.
Protetorado
O líder dos sérvios da Bósnia durante a guerra, Radovan Karadzic, está sendo julgado em Haia, mas o general sérvio da Bósnia acusado de ter planejado o massacre, Ratko Mladic, permanece foragido.
Vários sérvios da Bósnia foram condenados por seu papel nas mortes em Srebrenica, onde homens e meninos muçulmanos bósnios foram separados de suas famílias e executados a tiros.
Durante a guerra na Bósnia, Srebrenica foi designada protetorado da ONU, cuja segurança era mantida por tropas holandesas.
Por isso, os advogados dos parentes das vítimas também tentaram responsabilizar o governo holandês e a ONU por não terem evitado o massacre.
Mas a Corte de Apelações de Haia manteve nesta terça-feira a decisão de uma outra corte, que em 2008 afirmou a imunidade da ONU no caso --alegando que ela é essencial para que a organização continue a realizar seu trabalho no mundo.
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