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01/09/2008 - 11h15

Abate humanitário minimiza perdas econômicas, apontam estudos

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da Revista da Folha

Não é só a preocupação com o bem-estar animal que está por trás do abate humanitário. Estudos no Brasil e no exterior revelam que ele minimiza as perdas econômicas. Se o animal estiver estressado na hora do abate, sua carne poderá ser de qualidade inferior. Pesquisas mostram que até 50% dos bois chegam ao abate com pelo menos um hematoma. Com isso, o produtor perde, em média, 400 g de carne, que é retirada da carcaça por ser inadequada ao consumo.

Joel Silva/Folha Imagem
Abate humanitário minimiza perdas econômicas, pois estresse diminui qualidade da carne, apontam estudos no Brasil e no exterior
Abate humanitário minimiza perdas econômicas, pois estresse diminui qualidade da carne, apontam estudos no Brasil e no exterior

Os hematomas têm origem no manejo inadequado, envolvendo as equipes das fazendas, dos frigoríficos e dos transportadores.

Entre suínos, levantamento da veterinária Charlí Ludtke mostra que o uso de bastão elétrico aumentou em 13% um defeito de qualidade na carne, o PSE (sigla em inglês para ''pálida, mole e que não retém água"), causado pelo estresse intenso.

Governo, produtores e frigoríficos reconhecem que o abate humanitário é uma tendência. "Não podemos menosprezar o trabalho de ONGs que se preocupam com o sofrimento animal", diz Nelmon Costa, 52, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura.

Os EUA, o Japão e o Canadá cobram dos exportadores uma ação humanitária.

A União Européia editou uma norma que, a partir de 2012, vai impedir a importação de animais criados em sistema que não permita seu total conforto. Daí a preocupação brasileira vir ganhando corpo.

O país é um dos maiores vendedores de carne do mundo. Lidera o ranking bovino, com 1,4 milhão de toneladas (US$ 4,4 bilhões), e o de frango, com 3,2 milhões de toneladas (US$ 4,6 bilhões). Entre os exportadores de carne suína, ocupa a quarta posição: 605,2 mil toneladas (US$ 1,2 bilhão), segundo o Ministério da Agricultura. Apesar dos avanços, o governo reconhece que melhoras devem ser feitas. De uma coisa ninguém mais duvida: o bem-estar animal está em pauta na agenda mundial.

 

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