29/10/2000 - 20h29

Marta Suplicy é a 50ª pessoa a ocupar a prefeitura de SP

da Folha de S.Paulo

Marta Teresa Smith de Vasconcellos Suplicy é a 50ª pessoa a ocupar a Prefeitura de São Paulo no período republicano e a 15ª a ser eleita diretamente. É também a segunda mulher a ocupar o posto (a primeira foi Luiza Erundina).

São Paulo passou a ser administrada por prefeitos em 1899, após aprovação de uma lei pela Assembléia Legislativa no ano anterior. Até então, o Executivo era gerido por quatro intendentes, cada um deles responsável por um setor.

No período imperial, o município já havia sido governado por prefeitos entre 1835 e 1838, mas com atribuições mais limitadas. Até a República, as Câmaras controlavam de fato a administração.

Dos 49 políticos que antecederam Marta, alguns ocuparam o posto por mais de uma vez, como Francisco Prestes Maia (1938-1945 e 1961-1965), Jânio Quadros (1953-1954 e 1986-1988) e Paulo Maluf (1969-1971 e 1993-1996).

Muitos exerceram a função por breves períodos, como os 11 interventores que se sucederam após a Revolução de 1930, entre dezembro daquele ano e abril de 1938 (dos quais três ocuparam o cargo mais de uma vez) ou o atual vice-prefeito Regis de Oliveira, que ficou no posto apenas 19 dias.

Marta será a 15ª pessoa a ser eleita diretamente para o cargo. Na República Velha, foram cinco prefeitos eleitos: Antonio da Silva Prado (em 1907), Raymundo da Silva Duprat, Washington Luís Pereira de Souza, Firmiano Morais Pinto e José Pires do Rio.

Após um longo período sem eleições diretas, Jânio Quadros foi novamente eleito em 1953. Seguiu-se a eleição de Lino de Mattos (55), de Adhemar de Barros (57), de Prestes Maia (61) e de José Vicente Faria Lima (65).

Os prefeitos da capital só voltariam a ser eleitos diretamente com o fim do regime militar, em 1985. O primeiro deles foi Jânio Quadros (86-88), seguido de Luiza Erundina (89-92), Paulo Maluf (93-96) e Celso Pitta (97-2000).

O município de São Paulo tem uma população residente estimada de 10.009.231 habitantes. O Orçamento para 2001 prevê uma despesa de R$ 7,9 bilhões. A dívida total chega a R$ 15 bilhões.

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