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31/10/2000 - 04h03

Presidente admite grande avanço do PT

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WILSON SILVEIRA, da Folha de S.Paulo

O presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu ontem "que no segundo turno houve um grande avanço do PT em algumas capitais e cidades grandes", pediu humildade aos prefeitos eleitos, sobretudo aos que venceram "por um sopro, um quase-nada", e assegurou que o governo federal não vai discriminar as prefeituras administradas pela oposição.

Em rápido pronunciamento que fez sobre o resultado do segundo turno das eleições, FHC também pediu compreensão aos prefeitos eleitos.

"Do ponto de vista dos que ganharam as eleições, corresponde também uma atitude ao mesmo tempo de compreensão do que o Brasil precisa, portanto não transformar as suas prefeituras em bastião contra isso ou contra aquilo, mas sim transformar as prefeituras no que elas são
legitimamente -um instrumento de melhoria das condições de vida da população."

O presidente repetiu a avaliação que fez do primeiro turno da eleição: "Vê-se que houve um equilíbrio entre os quatro partidos maiores, mas que houve partidos com muita votação mesmo não estando incluídos entre os quatro maiores (...). Então isso mostra que há um quadro político bastante diversificado no Brasil".

Segundo o presidente, "essas eleições foram eleições nas quais o interesse local pesou muito. As decisões foram decisões em função de circunstâncias locais, muito mais do que circunstâncias gerais, nacionais".

Para FHC, isso não quer dizer que não tenha havido mensagens muito nítidas do eleitorado. "Uma me parece bastante clara -que o eleitorado está buscando candidatos que tenham um perfil sintonizado com o momento que nós vivemos, que é de profunda preocupação com a moralidade pública, e eu acho isso muito positivo."

O governo, disse ele, terá "uma atitude de cooperação". "Eu acho que não se deve transformar a política num instrumento de perseguição a tais ou quais que tenham ganho eleitoralmente, contrários ao partido daqueles que estão noutras esferas de poder".

Acrescentou que "não caberá ao governo federal senão zelar para aqueles que efetivamente quiserem dar certo, mantendo uma atitude responsável sobretudo em respeito às finanças públicas e à moralidade pública".

Ao lembrar que muitos resultados foram "apertados", FHC afirmou que quem ganhou não deve ter uma "atitude de menosprezo" com quem perdeu. Essa vitória apertada, segundo FHC, deve corresponder a "um aumento no sentido de responsabilidade".

"Isso não quer dizer que quem tenha tido uma vitória mais folgada possa deixar de ter esse mesmo sentimento. Deve ter esse mesmo sentimento, mas eu creio que se torna mais patente ainda nas situações em que a vitória se deu às vezes por um sopro, um quase-nada".

Por fim, o presidente afirmou que a população "pode esperar do governo federal uma conduta equilibrada, uma conduta sempre orientada no sentido de que as coisas dêem certo".

"Quanto melhores forem os prefeitos, melhor será para o Brasil, independentemente dos partidos a que pertençam", afirmou o presidente.
Ele afirmou também que ninguém pode se queixar de fraude, porque as eleições foram "limpas".

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