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02/11/2000 - 03h41

Itamar prevê 3 nomes de oposição para 2002

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RANIER BRAGON, da Agência Folha, em Belo Horizonte

O governador Itamar Franco (sem partido) disse ontem em Juiz de Fora (MG) acreditar que a oposição lançará três candidatos à Presidência da República, em 2002 -um de esquerda, que seria o líder petista Lula, e dois "progressistas", que seriam ele mesmo e o ex-ministro Ciro Gomes.

Segundo Itamar, esses nomes devem disputar a sucessão de Fernando Henrique Cardoso com o candidato que o Palácio do Planalto lançar.

A análise contribui para a tese de que a oposição não conseguirá se unir em torno de um único nome para a sucessão de FHC. No começo da semana, o PT reforçou a possibilidade de lançar candidato próprio à Presidência, devido ao êxito que obteve nas eleições municipais, principalmente nos grandes centros urbanos.

Itamar e dirigentes do PT, incluindo Lula e o presidente nacional do partido, José Dirceu, vinham mantendo entendimentos visando uma aliança para a eleição presidencial. As conversas haviam começado no início do ano passado, quando o ex-presidente assumiu o governo mineiro e anunciou a moratória das dívidas interna e externa do Estado.

O governador reconheceu recentemente ter fracassado "na tentativa de montar uma grande frente de centro-esquerda a partir de Minas". Ele afirmou que vai responder ainda neste mês ao convite do PSB para que ele ingresse na legenda e seja candidato à Presidência da República.

Em relação às declarações feitas ontem em Brasília pelo presidente nacional do PSB, Miguel Arraes, de que Itamar já teria aceito o convite do partido, o governador afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda pretende conversar com o vice-governador Newton Cardoso (PMDB) e com o restante do que ele chama de "PMDB autêntico" -a ala mineira do partido que faz oposição ao governo federal.

O objetivo da conversa é garantir o apoio político desse grupo a uma possível candidatura de Itamar pelo PSB. O governador já descartou sua volta ao PMDB, legenda que abandonou em dezembro por discordar da posição de apoio ao governo federal defendida por sua executiva nacional.

Itamar voltou ontem a defender uma assembléia constituinte exclusiva no Brasil em 2001, como forma de alterar a situação econômica do país. Segundo sua proposta, o projeto resultante da constituinte entraria em
vigor juntamente com o mandato do próximo presidente.

O governador comentou também a proposta da prefeita eleita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), de renegociação das dívidas das prefeituras com a União.

"O que o governo conceder a Marta, vai ter que conceder a Minas. Afinal de contas, já estou nessa luta há quase dois anos."

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