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03/11/2000 - 00h14

Marta vai a Washington para negociar empréstimos

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JULIA DUAILIBI
da Folha de S.Paulo

A prefeita eleita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), disse quinta que deverá ir a Washington, nos Estados Unidos, para tentar negociar empréstimos de instituições internacionais para viabilizar seus planos de governo.

Marta deverá se encontrar por volta do próximo dia 12 com o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Enrique Iglesias. Sobre a viagem, Marta limitou-se a dizer: "Tem a possibilidade, sim, dessa viagem".

Um dos motivos da busca de financiamentos externos é a provável má situação financeira em que se encontra a prefeitura.

Apesar de dizer que só terá conhecimento das finanças municipais após abrir as contas, o PT prevê que o Orçamento de 2001 deve ser aprovado com pouco ou nenhum dinheiro para seus projetos: tanto o presidente da Comissão de Orçamento da Câmara Municipal, vereador Faria Lima (PMDB), como o relator, Miguel Colasuonno (PMDB), pertencem à base de apoio do prefeito Celso Pitta, que rejeita a inclusão de seus projetos sociais no Orçamento do próximo ano.

A equipe de transição formada pela prefeita eleita pretende passar os últimos dois meses da gestão Pitta tomando conhecimento dos trabalhos que estão sendo executados.

"Na quarta-feira, eu me encontro com o prefeito Pitta para pedir a ele que seja montada uma equipe de transição, para discutir com a equipe dele as informações que precisamos ter sobre a questão financeira da prefeitura", declarou Marta.

Na semana que vem, a equipe de Marta vai começar a trabalhar em um escritório provisório instalado na avenida Brasil.

Marta afirmou ontem que não deve inicialmente pedir ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, a renegociação da dívida municipal da prefeitura.

Ela disse que pretende conversar com o ministro em janeiro próximo, mas com outra prioridade: "A idéia não é chegar lá propondo isso (a renegociação da dívida). A idéia é que, dos 13% que São Paulo paga, retorne uma parcela aos projetos sociais".

Marta disse ter entendido "a mensagem do ministro", quando Malan divulgou nota descartando a possibilidade de refinanciamento da dívida paulistana com o governo federal, alegando que essa renegociação fere a nova Lei de Responsabilidade Fiscal.

Para Marta, o seu próprio partido é o que mais se compromete com a manutenção da boa saúde nas contas públicas. "A cidade está violenta e caótica, fruto da política do ministro. Vamos ver se ele tem sensibilidade para isso" (o retorno de parte do dinheiro pago para projetos sociais na cidade).

Durante toda a entrevista com a imprensa, Marta preferiu não fazer comentários sobre determinadas questões do município, como saúde e finanças.

A prefeita eleita ressaltou, porém, que pretende municipalizar o sistema de saúde, para aproveitar os recursos do SUS (Sistema Único de Saúde), que hoje não são repassados à Prefeitura de São Paulo, que adota o PAS (Plano de Atendimento à Saúde).

No começo da noite de quinta, Marta Suplicy e seu marido, o senador Eduardo Suplicy, embarcaram no aeroporto de Congonhas.

O destino não foi revelado pela assessoria de Marta. A prefeita deve voltar no começo da semana que vem para definir os principais nomes de seu secretariado.

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