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03/11/2000
-
03h30
ANTONIO CARLOS DE FARIA, da Folha de S.Paulo
O governador do Rio, Anthony Garotinho (PDT), admite a possibilidade de vir a apoiar o governador de Minas, Itamar Franco, para a disputa da Presidência da República em 2002.
Segundo análise de colaboradores próximos a Garotinho, que se encontra em viagem à China, a união dos dois governadores teria o atrativo de colocar em sintonia lideranças políticas em Estados com o segundo e terceiro maior número de eleitores, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
A disposição de Garotinho facilita sua possível transferência para o PSB, pois há resistências no partido a que o governador se filie levando o projeto de também ser candidato a presidente.
O convite do PSB para a entrada de Itamar, que está sem partido, foi feito no começo do ano, já prevendo a possibilidade de sua candidatura, enquanto as negociações com Garotinho só começaram há dois meses, após o agravamento de suas relações com o PDT. O governador do Rio vem declarando que sua pretensão imediata é concorrer à reeleição no Rio, mas sem afastar definitivamente a possibilidade de disputar a Presidência. A definição final ficaria a cargo das instâncias partidárias do PSB, caso confirme sua transferência.
O destino político de Garotinho começa a ser definido neste mês, depois que o PDT realizar uma reunião de seu diretório nacional, ainda sem data, na qual os pedetistas farão um balanço das eleições municipais e votarão o pedido de expulsão do governador.
Carlos Lupi, membro da Executiva Nacional do PDT, acredita que a saída de Garotinho está decidida e defende o pedido de expulsão no qual ele é acusado de ter traído o partido ao não apoiar a candidatura de Leonel Brizola à Prefeitura do Rio.
Na reunião do diretório, os pedetistas também devem discutir as estratégias para o lançamento de Itamar Franco por uma frente nacionalista, que vem sendo articulada por Brizola, presidente do PDT, e Miguel Arraes, presidente do PSB. Anteontem, em Brasília, a Executiva Nacional do PSB rejeitou a proposta de fusão do partido com outras legendas. O PDT, que tentava a aproximação com o PSB, mantém negociações com o PTB, partido que saiu do bloco parlamentar de sustentação do governo federal.
"Nossa prioridade política, que entra em pauta a partir de fevereiro de 2001, é a esperança de nos agregarmos ao PDT. Trazer de volta a unidade trabalhista", afirma o deputado José Carlos Martinez (PR), presidente do PTB.
Tentando neutralizar o grupo brizolista que comanda o PDT, Garotinho anunciou a convocação de uma convenção nacional para tentar eleger uma nova direção para o partido.
O encontro seria realizado no dia 23, mas assessores de Garotinho já admitem o fracasso da idéia.
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Garotinho admite eventual apoio ao nome de Itamar
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O governador do Rio, Anthony Garotinho (PDT), admite a possibilidade de vir a apoiar o governador de Minas, Itamar Franco, para a disputa da Presidência da República em 2002.
Segundo análise de colaboradores próximos a Garotinho, que se encontra em viagem à China, a união dos dois governadores teria o atrativo de colocar em sintonia lideranças políticas em Estados com o segundo e terceiro maior número de eleitores, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
A disposição de Garotinho facilita sua possível transferência para o PSB, pois há resistências no partido a que o governador se filie levando o projeto de também ser candidato a presidente.
O convite do PSB para a entrada de Itamar, que está sem partido, foi feito no começo do ano, já prevendo a possibilidade de sua candidatura, enquanto as negociações com Garotinho só começaram há dois meses, após o agravamento de suas relações com o PDT. O governador do Rio vem declarando que sua pretensão imediata é concorrer à reeleição no Rio, mas sem afastar definitivamente a possibilidade de disputar a Presidência. A definição final ficaria a cargo das instâncias partidárias do PSB, caso confirme sua transferência.
O destino político de Garotinho começa a ser definido neste mês, depois que o PDT realizar uma reunião de seu diretório nacional, ainda sem data, na qual os pedetistas farão um balanço das eleições municipais e votarão o pedido de expulsão do governador.
Carlos Lupi, membro da Executiva Nacional do PDT, acredita que a saída de Garotinho está decidida e defende o pedido de expulsão no qual ele é acusado de ter traído o partido ao não apoiar a candidatura de Leonel Brizola à Prefeitura do Rio.
Na reunião do diretório, os pedetistas também devem discutir as estratégias para o lançamento de Itamar Franco por uma frente nacionalista, que vem sendo articulada por Brizola, presidente do PDT, e Miguel Arraes, presidente do PSB. Anteontem, em Brasília, a Executiva Nacional do PSB rejeitou a proposta de fusão do partido com outras legendas. O PDT, que tentava a aproximação com o PSB, mantém negociações com o PTB, partido que saiu do bloco parlamentar de sustentação do governo federal.
"Nossa prioridade política, que entra em pauta a partir de fevereiro de 2001, é a esperança de nos agregarmos ao PDT. Trazer de volta a unidade trabalhista", afirma o deputado José Carlos Martinez (PR), presidente do PTB.
Tentando neutralizar o grupo brizolista que comanda o PDT, Garotinho anunciou a convocação de uma convenção nacional para tentar eleger uma nova direção para o partido.
O encontro seria realizado no dia 23, mas assessores de Garotinho já admitem o fracasso da idéia.
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