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05/11/2000
-
09h33
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo
A partir de janeiro, uma insólita aliança entre PT e PFL irá governar pelo menos três municípios brasileiros. Duas das coligações foram feitas de forma "clandestina" pelo PT, sem aprovação da Executiva Nacional.
A única aliança autorizada pela cúpula petista foi em Medianeira (PR), cidade de 36.385 habitantes. O sinal verde foi dado porque na cidade o prefeito petista Luiz Suzuke, 50, já governa com um vice do PFL.
"A coligação se dá estritamente no âmbito municipal. Continuamos a divergir na política estadual e nacional", afirma Suzuke. A aliança, segundo ele, nasceu da necessidade de derrotar adversários locais do PMDB.
O petista diz que o PFL de Medianeira é "diferente". "Temos ótimo relacionamento. A coligação ajuda a abrir portas junto ao governo estadual (do PFL)."
Seu vice, Euclides Gasparini, 47, afirma que a aliança foi possível porque o PT na cidade é "moderado". "O acordo, no âmbito do município, se dá em torno de projetos", declara. No município vizinho de Serranópolis do Iguaçu, de 4.636 habitantes, a aliança é inédita.
O atual prefeito, o petista Nilvo Antônio Perlin, 40, também conseguiu a reeleição. No lugar de ter vice petista, como acontece hoje, ofereceu vaga ao PFL. "O PFL sempre me apoiou na Câmara. Fizemos uma aliança por uma proposta de trabalho comum", diz ele, que define o partido aliado como "neoliberal, mas não fisiológico".
Na cidade de Divinópolis do Tocantins (TO), que tem 5.479 habitantes, a situação é inversa: o prefeito eleito é do PFL e o vice, do PT. A coligação foi feita contra o atual prefeito, do PSDB.
"Não gostamos nem um pouco do PFL, que é um partido neoliberal e fisiológico. Aqui pelo menos eles são bem-intencionados", diz o secretário-geral do PT da cidade, Paulo Aires.
Aires diz que continuará sendo oposição ao governador Siqueira Campos (PFL), que controla 95% dos municípios. "Não queremos cargo. Estamos na coligação para fiscalizar o PFL."
O coordenador do Grupo de Trabalho de Eleições do PT, João Paulo Cunha, diz que o partido deverá "tomar medidas" quanto às alianças em Serranópolis e Divinópolis.
Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.
PT e PFL vão governar juntos três cidades
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da Folha de S.Paulo
A partir de janeiro, uma insólita aliança entre PT e PFL irá governar pelo menos três municípios brasileiros. Duas das coligações foram feitas de forma "clandestina" pelo PT, sem aprovação da Executiva Nacional.
A única aliança autorizada pela cúpula petista foi em Medianeira (PR), cidade de 36.385 habitantes. O sinal verde foi dado porque na cidade o prefeito petista Luiz Suzuke, 50, já governa com um vice do PFL.
"A coligação se dá estritamente no âmbito municipal. Continuamos a divergir na política estadual e nacional", afirma Suzuke. A aliança, segundo ele, nasceu da necessidade de derrotar adversários locais do PMDB.
O petista diz que o PFL de Medianeira é "diferente". "Temos ótimo relacionamento. A coligação ajuda a abrir portas junto ao governo estadual (do PFL)."
Seu vice, Euclides Gasparini, 47, afirma que a aliança foi possível porque o PT na cidade é "moderado". "O acordo, no âmbito do município, se dá em torno de projetos", declara. No município vizinho de Serranópolis do Iguaçu, de 4.636 habitantes, a aliança é inédita.
O atual prefeito, o petista Nilvo Antônio Perlin, 40, também conseguiu a reeleição. No lugar de ter vice petista, como acontece hoje, ofereceu vaga ao PFL. "O PFL sempre me apoiou na Câmara. Fizemos uma aliança por uma proposta de trabalho comum", diz ele, que define o partido aliado como "neoliberal, mas não fisiológico".
Na cidade de Divinópolis do Tocantins (TO), que tem 5.479 habitantes, a situação é inversa: o prefeito eleito é do PFL e o vice, do PT. A coligação foi feita contra o atual prefeito, do PSDB.
"Não gostamos nem um pouco do PFL, que é um partido neoliberal e fisiológico. Aqui pelo menos eles são bem-intencionados", diz o secretário-geral do PT da cidade, Paulo Aires.
Aires diz que continuará sendo oposição ao governador Siqueira Campos (PFL), que controla 95% dos municípios. "Não queremos cargo. Estamos na coligação para fiscalizar o PFL."
O coordenador do Grupo de Trabalho de Eleições do PT, João Paulo Cunha, diz que o partido deverá "tomar medidas" quanto às alianças em Serranópolis e Divinópolis.
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