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16/11/2000 - 07h55

Garotinho deixa o PDT mesmo sem definir nova sigla

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da Folha de S.Paulo

O governador Anthony Garotinho comandou ontem um ato de desfiliação em massa do PDT, dando início ao funcionamento informal de uma outra estrutura partidária, até que defina seu futuro político, que hoje está mais próximo de um ingresso no PSB.

"Estamos acabando de fundar o PSS, o partido dos sem sigla", disse Garotinho aos cerca de 3.000 participantes do ato. "Perdemos uma batalha, mas não perdemos a guerra", afirmou sua mulher, Rosinha Matheus, que, emocionada, abraçou o governador.

"Todos nós estamos muito tristes. No dia 18 de abril eu estaria completando 18 anos de PDT", disse Garotinho, que fez críticas ao presidente do partido, Leonel Brizola. "Se alguém costeou o alambrado para a direita foi o Brizola", disse Garotinho.

Por volta das 18h, Garotinho anunciou no teatro Odylo Costa Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que 11.737 pessoas já haviam preenchido as fichas de desfiliação -que só passam a valer quando forem recebidas pela direção regional do PDT e pela justiça eleitoral.

As fichas só serão entregues no próximo mês, após serem conferidas individualmente por uma comissão. Segundo organizadores do evento, essas fichas de desfiliação já vinham sendo preenchidas desde a semana passada em várias cidades do Estado.

A intenção de Garotinho é que os desfiliados continuem mobilizados em reuniões e assembléias partidárias, que vão preceder um encontro nacional a ser realizado em dezembro, no qual será definida a entrada em um outro partido ou a criação de uma nova legenda.

Os secretários estaduais Fernando William, Augusto José Ariston e Luiz Alfredo Salomão disseram que a preferência do grupo próximo ao governador é entrar no PSB. O próprio Garotinho diz que esse partido é o mais coerente com sua história de "político de centro-esquerda". "Já estamos no PSB, o partido sem Brizola", disse o governador no ato.

"Vamos fazer a política do leite com o petróleo", disse o secretário do Gabinete Civil, Augusto José Ariston, entusiasta da entrada de Garotinho no PSB, mesmo que os socialistas estejam dando precedência à entrada do governador Itamar Franco, que seria o candidato do partido à Presidência em 2002. Nessa hipótese, Garotinho concorreria à reeleição.

O grupo do governador contabiliza que, no Rio, estão se desfiliando do PDT 14 dos 17 deputados estaduais; cinco dos oito deputados federais, além de 33 prefeitos eleitos no interior do Estado, que só devem confirmar a saída do partido em janeiro, quando tomarem posse.


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