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08/12/2000
-
04h48
SÍLVIA CORRÊA, da Folha de S.Paulo
O PFL decidiu instalar um governo paralelo para fiscalizar a administração da petista Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo.
A estratégia de oposição, tradicional na Inglaterra, sempre foi defendida pelo próprio PT, que montou uma equipe nesses moldes quando foi derrotado nas eleições presidenciais de 1989.
O "prefeito paralelo" do PFL será o deputado federal Marcos Cintra, vice-presidente da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Cintra concorreu este ano à Prefeitura de São Paulo pelo PL, legenda da qual ainda é o presidente estadual, mas está de transferência acertada para o PFL -de onde saiu em 1991 para ir para o PDS de Paulo Maluf (hoje, PPB).
O governo paralelo pefelista funcionará na sede estadual da legenda, na Vila Mariana (zona sudoeste de São Paulo).
Os trabalhos serão feitos pelo Instituto Tancredo Neves, órgão de pesquisa ligado ao PFL, do qual Cintra será o presidente.
O deputado toma posse no instituto em janeiro e deve começar imediatamente os trabalhos.
Os "secretários paralelos", de acordo com Cintra, serão técnicos do instituto e parlamentares do PFL. "São pessoas que provavelmente ocupariam as secretarias se tivéssemos sido eleitos. Nesse caso, porém, a escolha não contém fatores políticos", afirma.
O governo paralelo terá um site na Internet e fará reuniões mensais para acompanhar as medidas tomadas pela gestão petista.
"O objetivo será sempre comparar o que eles estão fazendo e o que nós teríamos feito", diz Cintra. "Faremos auditorias operacionais na administração a partir dos dados que a nossa bancada levantar. Mas vamos usar também técnicas petistas e pedir informações ao amigos que
trabalham no governo", continua ele.
Nova candidatura
Cintra não esconde o motivo que o faz trocar o PL pelo PFL: quer ser novamente candidato à prefeitura em 2004, mas sem as limitações de um partido pequeno.
Para isso, segue os passos da petista Marta Suplicy, que presidiu o Instituto Florestan Fernandes (entidade de pesquisa ligada ao PT) antes de se candidatar.
O governo paralelo é, para ele, uma forma de se mostrar credenciado para a disputa.
O anúncio da mudança de legenda será feito oficialmente amanhã, em São Paulo, pelo presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen. O PL passará a ser presidido no Estado pelo deputado federal Wanderval Lima dos Santos, bispo da Universal.
PFL cria governo paralelo para vigiar gestão de Marta
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O PFL decidiu instalar um governo paralelo para fiscalizar a administração da petista Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo.
A estratégia de oposição, tradicional na Inglaterra, sempre foi defendida pelo próprio PT, que montou uma equipe nesses moldes quando foi derrotado nas eleições presidenciais de 1989.
O "prefeito paralelo" do PFL será o deputado federal Marcos Cintra, vice-presidente da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Cintra concorreu este ano à Prefeitura de São Paulo pelo PL, legenda da qual ainda é o presidente estadual, mas está de transferência acertada para o PFL -de onde saiu em 1991 para ir para o PDS de Paulo Maluf (hoje, PPB).
O governo paralelo pefelista funcionará na sede estadual da legenda, na Vila Mariana (zona sudoeste de São Paulo).
Os trabalhos serão feitos pelo Instituto Tancredo Neves, órgão de pesquisa ligado ao PFL, do qual Cintra será o presidente.
O deputado toma posse no instituto em janeiro e deve começar imediatamente os trabalhos.
Os "secretários paralelos", de acordo com Cintra, serão técnicos do instituto e parlamentares do PFL. "São pessoas que provavelmente ocupariam as secretarias se tivéssemos sido eleitos. Nesse caso, porém, a escolha não contém fatores políticos", afirma.
O governo paralelo terá um site na Internet e fará reuniões mensais para acompanhar as medidas tomadas pela gestão petista.
"O objetivo será sempre comparar o que eles estão fazendo e o que nós teríamos feito", diz Cintra. "Faremos auditorias operacionais na administração a partir dos dados que a nossa bancada levantar. Mas vamos usar também técnicas petistas e pedir informações ao amigos que
trabalham no governo", continua ele.
Nova candidatura
Cintra não esconde o motivo que o faz trocar o PL pelo PFL: quer ser novamente candidato à prefeitura em 2004, mas sem as limitações de um partido pequeno.
Para isso, segue os passos da petista Marta Suplicy, que presidiu o Instituto Florestan Fernandes (entidade de pesquisa ligada ao PT) antes de se candidatar.
O governo paralelo é, para ele, uma forma de se mostrar credenciado para a disputa.
O anúncio da mudança de legenda será feito oficialmente amanhã, em São Paulo, pelo presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen. O PL passará a ser presidido no Estado pelo deputado federal Wanderval Lima dos Santos, bispo da Universal.
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