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24/01/2001
-
03h16
LÉO GERCHMANN, da Agência Folha, em Porto Alegre
O governo petista do Rio Grande do Sul está bancando cerca de metade dos gastos do Fórum Social Mundial, evento que pretende reunir cerca de 10 mil pessoas em Porto Alegre a partir de amanhã para debater as alternativas ao modelo econômico vigente.
Em entrevistas, a organização do evento faz questão de propagandear total independência de governos e partidos, baseando-se em ONGs. Mas, economicamente, o fórum depende do governo.
Segundo o vice-governador Miguel Rossetto (PT),o Estado gastará de R$ 900 mil a R$ 1 milhão com a infra-estrutura. O valor total das despesas é estimado em pouco mais que R$ 2 milhões.
Os gastos do Estado serão divididos em R$ 400 mil para a PUC-RS (que dará a estrutura do seu centro de eventos), R$ 170 mil em passagens para convidados (muitos deles estrangeiros), R$ 300 mil para atividades culturais e R$ 100 mil em divulgação. Ou seja, uma valor total provável de R$ 970 mil.
"Não temos condições, ainda, de darmos valores precisos, mas a estimativa é que gastemos menos de R$ 1 milhão, valor irrisório para a magnitude do evento. Fazemos a parte logística e nos responsabilizamos pela agenda política", disse. Um balanço deve ser publicado nos próximos dias.
Adversários do PT, como Leonel Brizola (PDT), acusam o governo gaúcho de ter "se apropriado" do fórum e pedem investigação dos gastos. Na Assembléia Legislativa, o deputado estadual Alexandre Postal (PMDB) disse "estranhar" o fato de os valores estarem sendo divulgados "sob pressão".
Rossetto usa uma argumentação capitalista para o investimento no evento: "Temos estudo segundo o qual a movimentação de dinheiro com o fórum será de R$ 8 milhões, incluindo a rede hoteleira, transportes, aeroporto, rodoviária, serviços e outros setores. Tudo isso gera, também, ICMS".
O subsídio governamental varia. No caso da PUC, há um desconto de 30% nos custos envolvendo espaço físico, equipamentos e funcionários que prestarão serviços. Outros espaços que serão utilizados, como várias salas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), foram cedidos gratuitamente.
A Prefeitura de Porto Alegre vai arcar com R$ 290 mil, incluindo sinalização, informações turísticas, contratação de pessoal específico, recepção no aeroporto, tradutores e segurança.
As ONGs contribuem como patrocinadoras ou no momento das inscrições. A expectativa é que, ao todo, haja quase 3.000 delegados.
Cândido Grzybowski, diretor-geral do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e coordenador do evento, listou algumas ONGs colaboradoras: Novid e a Icco (R$ 600 mil), Fundação Ford (R$ 90 mil) e Human Right Center (R$ 30 mil).
Anti-Davos: Governo petista financia metade do fórum social
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O governo petista do Rio Grande do Sul está bancando cerca de metade dos gastos do Fórum Social Mundial, evento que pretende reunir cerca de 10 mil pessoas em Porto Alegre a partir de amanhã para debater as alternativas ao modelo econômico vigente.
Em entrevistas, a organização do evento faz questão de propagandear total independência de governos e partidos, baseando-se em ONGs. Mas, economicamente, o fórum depende do governo.
Segundo o vice-governador Miguel Rossetto (PT),o Estado gastará de R$ 900 mil a R$ 1 milhão com a infra-estrutura. O valor total das despesas é estimado em pouco mais que R$ 2 milhões.
Os gastos do Estado serão divididos em R$ 400 mil para a PUC-RS (que dará a estrutura do seu centro de eventos), R$ 170 mil em passagens para convidados (muitos deles estrangeiros), R$ 300 mil para atividades culturais e R$ 100 mil em divulgação. Ou seja, uma valor total provável de R$ 970 mil.
"Não temos condições, ainda, de darmos valores precisos, mas a estimativa é que gastemos menos de R$ 1 milhão, valor irrisório para a magnitude do evento. Fazemos a parte logística e nos responsabilizamos pela agenda política", disse. Um balanço deve ser publicado nos próximos dias.
Adversários do PT, como Leonel Brizola (PDT), acusam o governo gaúcho de ter "se apropriado" do fórum e pedem investigação dos gastos. Na Assembléia Legislativa, o deputado estadual Alexandre Postal (PMDB) disse "estranhar" o fato de os valores estarem sendo divulgados "sob pressão".
Rossetto usa uma argumentação capitalista para o investimento no evento: "Temos estudo segundo o qual a movimentação de dinheiro com o fórum será de R$ 8 milhões, incluindo a rede hoteleira, transportes, aeroporto, rodoviária, serviços e outros setores. Tudo isso gera, também, ICMS".
O subsídio governamental varia. No caso da PUC, há um desconto de 30% nos custos envolvendo espaço físico, equipamentos e funcionários que prestarão serviços. Outros espaços que serão utilizados, como várias salas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), foram cedidos gratuitamente.
A Prefeitura de Porto Alegre vai arcar com R$ 290 mil, incluindo sinalização, informações turísticas, contratação de pessoal específico, recepção no aeroporto, tradutores e segurança.
As ONGs contribuem como patrocinadoras ou no momento das inscrições. A expectativa é que, ao todo, haja quase 3.000 delegados.
Cândido Grzybowski, diretor-geral do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e coordenador do evento, listou algumas ONGs colaboradoras: Novid e a Icco (R$ 600 mil), Fundação Ford (R$ 90 mil) e Human Right Center (R$ 30 mil).
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