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26/01/2001
-
03h41
da Folha de S.Paulo
A opacidade (ou falta de transparência) na condução pública e privada dos negócios no Brasil custa caro: o equivalente a um adicional de 25% no imposto pago pelas empresas e 6,45 pontos percentuais a mais, como prêmio de risco, nos empréstimos tomados pelo país (e suas empresas).
São números que aparecem no primeiro "Índice de Opacidade", elaborado pela consultoria PricewaterhouseCoopers, presente em 150 países, e divulgado ontem durante o encontro anual 2001 do Fórum Econômico Mundial.
O estudo define opacidade como a falta de "práticas claras e acuradas, formal e amplamente aceitas" em cinco áreas: proteção legal para os negócios; políticas macroeconômicas; relatórios das corporações; corrupção; e desempenho do papel regulatório do governo. Mede, assim, o custo adicional de fazer negócios provocado pela falta de transparência.
O ranking elaborado a partir de tais critérios abrange 35 países. O Brasil, com o índice 61, fica no grupo intermediário, à frente de 15,
atrás de 17 e empatado com o restante (como a Argentina).
Entre os países latino-americanos, o Brasil é menos transparente que Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai.
Das cinco áreas, o Brasil tem o pior resultado em políticas econômicas. O melhor desempenho ocorre em "corrupção".
A consultoria fez uma análise de 20 países para os quais havia dados disponíveis sobre a emissão de bônus para o período 98/99. Resultado: "o peso agregado da opacidade só nesse período foi de mais de US$ 160 bilhões em custos adicionais de empréstimos".
O estudo cita também o peso do que chama de "imposto escondido": se a Colômbia elevasse sua transparência ao nível de Cingapura (o mais transparente na lista), ocorreria efeito equivalente ao da redução de 25% nos impostos cobrados das empresas.
"Ironicamente, esses dados sugerem que, ao instituir reformas domésticas que reduzam a opacidade, os países em desenvolvimento podem obter significativo impulso no investimento externo direto sem sacrificar a receita de impostos", diz James Schiro, executivo-chefe da Price. (CLÓVIS ROSSI)
Opacidade custa caro ao Brasil, diz estudo
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A opacidade (ou falta de transparência) na condução pública e privada dos negócios no Brasil custa caro: o equivalente a um adicional de 25% no imposto pago pelas empresas e 6,45 pontos percentuais a mais, como prêmio de risco, nos empréstimos tomados pelo país (e suas empresas).
São números que aparecem no primeiro "Índice de Opacidade", elaborado pela consultoria PricewaterhouseCoopers, presente em 150 países, e divulgado ontem durante o encontro anual 2001 do Fórum Econômico Mundial.
O estudo define opacidade como a falta de "práticas claras e acuradas, formal e amplamente aceitas" em cinco áreas: proteção legal para os negócios; políticas macroeconômicas; relatórios das corporações; corrupção; e desempenho do papel regulatório do governo. Mede, assim, o custo adicional de fazer negócios provocado pela falta de transparência.
O ranking elaborado a partir de tais critérios abrange 35 países. O Brasil, com o índice 61, fica no grupo intermediário, à frente de 15,
atrás de 17 e empatado com o restante (como a Argentina).
Entre os países latino-americanos, o Brasil é menos transparente que Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai.
Das cinco áreas, o Brasil tem o pior resultado em políticas econômicas. O melhor desempenho ocorre em "corrupção".
A consultoria fez uma análise de 20 países para os quais havia dados disponíveis sobre a emissão de bônus para o período 98/99. Resultado: "o peso agregado da opacidade só nesse período foi de mais de US$ 160 bilhões em custos adicionais de empréstimos".
O estudo cita também o peso do que chama de "imposto escondido": se a Colômbia elevasse sua transparência ao nível de Cingapura (o mais transparente na lista), ocorreria efeito equivalente ao da redução de 25% nos impostos cobrados das empresas.
"Ironicamente, esses dados sugerem que, ao instituir reformas domésticas que reduzam a opacidade, os países em desenvolvimento podem obter significativo impulso no investimento externo direto sem sacrificar a receita de impostos", diz James Schiro, executivo-chefe da Price. (CLÓVIS ROSSI)
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