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26/01/2001
-
03h53
da Folha de S.Paulo
A presença de Porto Alegre em Davos não se limitou a uma relativa semelhança de discursos: o encontro do Fórum Social Mundial na capital gaúcha acabou sendo citado em vários momentos, até mesmo pelo presidente da Suíça, Moritz Leuenberger.
Depois de cobrar participação de todos os atores da sociedade, inclusive representantes das ONGs (organizações não-governamentais), Leuenberger disse que, exatamente por isso, deveria ser dada atenção à conferência de Porto Alegre, basicamente um reduto de ONGs.
Mas a simpática alusão do presidente suíço foi complementada por uma crítica. Leuenberger acha que a participação das ONGs "não basta para lhes conferir uma legitimidade maior que aquela de governos eleitos".
E fulminou: "Os proponentes da antiglobalização não são necessariamente menos influenciados por interesses particulares, sobretudo aqueles que vêm das regiões mais ricas do mundo".
É uma maneira, habitual em lideranças governamentais, de contestar o suposto monopólio das ONGs sobre as boas causas.
Essa não foi a única menção ao papel das ONGs e de outras organizações da sociedade civil, como sindicatos.
Um comunicado ontem divulgado pelo Fórum Econômico Mundial lembra que a participação delas no encontro anual de Davos aumentou de 46 no ano passado para 59 este ano.
O pessoal das ONGs presente a Davos participará de mais de 30 sessões, inclusive algumas plenárias, o que, em tese, lhes dá a chance de expor seus pontos de vista.
O Fórum nega que seja contra ou a favor da globalização. Diz que apenas fornece "uma plataforma para que lideranças empresariais e governamentais e representantes da sociedade civil discutam tanto os efeitos positivos como os negativos da globalização".
Mas o comunicado faz uma diferença entre organismos sociais que buscam o diálogo e aqueles que "usam a violência e táticas de confronto para atrair a atenção da mídia".
(CLÓVIS ROSSI)
Presidente suíço faz elogio e crítica a ONGs
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A presença de Porto Alegre em Davos não se limitou a uma relativa semelhança de discursos: o encontro do Fórum Social Mundial na capital gaúcha acabou sendo citado em vários momentos, até mesmo pelo presidente da Suíça, Moritz Leuenberger.
Depois de cobrar participação de todos os atores da sociedade, inclusive representantes das ONGs (organizações não-governamentais), Leuenberger disse que, exatamente por isso, deveria ser dada atenção à conferência de Porto Alegre, basicamente um reduto de ONGs.
Mas a simpática alusão do presidente suíço foi complementada por uma crítica. Leuenberger acha que a participação das ONGs "não basta para lhes conferir uma legitimidade maior que aquela de governos eleitos".
E fulminou: "Os proponentes da antiglobalização não são necessariamente menos influenciados por interesses particulares, sobretudo aqueles que vêm das regiões mais ricas do mundo".
É uma maneira, habitual em lideranças governamentais, de contestar o suposto monopólio das ONGs sobre as boas causas.
Essa não foi a única menção ao papel das ONGs e de outras organizações da sociedade civil, como sindicatos.
Um comunicado ontem divulgado pelo Fórum Econômico Mundial lembra que a participação delas no encontro anual de Davos aumentou de 46 no ano passado para 59 este ano.
O pessoal das ONGs presente a Davos participará de mais de 30 sessões, inclusive algumas plenárias, o que, em tese, lhes dá a chance de expor seus pontos de vista.
O Fórum nega que seja contra ou a favor da globalização. Diz que apenas fornece "uma plataforma para que lideranças empresariais e governamentais e representantes da sociedade civil discutam tanto os efeitos positivos como os negativos da globalização".
Mas o comunicado faz uma diferença entre organismos sociais que buscam o diálogo e aqueles que "usam a violência e táticas de confronto para atrair a atenção da mídia".
(CLÓVIS ROSSI)
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