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27/01/2001
-
17h40
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
da Agência Folha,em Porto Alegre
A sociedade da informação, com suas novas tecnologias, produz mais empregos do que elimina, conforme a OIT (Organização Internacional do Trabalho). Pelo menos para as economias desenvolvidas e alguns setores naquelas ditas emergentes.
Países onde a Internet tem grande difusão apresentam um crescimento no nível de emprego e na produtividade. O emprego nessa área registra um crescimento anual da ordem de 6% nos Estados Unidos e de 3,9% na União Européia, de acordo com o relatório.
O organismo ligado à ONU, divulgou neste sábado no Fórum Social Mundial o seu relatório anual, lançado na semana passada em Genebra (Suíça).
O assessor especial da OIT Gerry Rodgers, que apresentou os dados do relatório e participou do fórum, disse que os efeitos da economia da informação são positivos. Sua avaliação contrasta com a divulgada na Suíça, segundo a qual a revolução tecnológica está tirando empregos de países em países menos desenvolvidos.
"As pessoas que perdem o emprego não são as mesmas que ganham os novos (empregos). É um problema. Mas há muitos empregos secundários que se criam, no setor de software e de serviços. O que se necessita é de uma política social coerente, que responda aos que perdem o emprego. A sociedade, no seu conjunto, ganha com as novas tecnologias'', disse.
Rodgers declarou que o Brasil, como a Índia e Cingapura, tem sido bem-sucedido no desenvolvimento de softwares, capacitando-se, nesse aspecto, para se inserir no mercado global.
O assessor ressaltou que há uma maior interdependência do trabalho, dando como exemplo o caso de bancos de Genebra que têm seu sistema de segurança por vídeo controlado por trabalhadores que vivem no norte da África.
O representante da OIT afirmou ser falsa a idéia de que os empregos na área da nova tecnologia são instáveis. "Verificamos que as empresas precisam de funcionários que permaneçam no trabalho, que tenham estabilidade''. De acordo com ele, a troca de emprego é um "problema'' no Brasil.
Rodgers destacou que na região do Vale do Silício, nos Estados Unidos, surge uma "nova tendência'' no mundo do trabalho, na qual os sindicatos estão assumindo o treinamento dos trabalhadores para os capacitarem a novos cargos.
O assessor da OIT alertou que as novas tecnologias também podem ameaçar as pessoas e o seu ambiente de trabalho, em vez de melhoraram suas vidas. Ele enfatizou que as políticas públicas devem assegurar o funcionamento das novas tecnologias para todos.
Novas tecnologias criam mais empregos do que eliminam, diz OIT
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da Agência Folha,em Porto Alegre
A sociedade da informação, com suas novas tecnologias, produz mais empregos do que elimina, conforme a OIT (Organização Internacional do Trabalho). Pelo menos para as economias desenvolvidas e alguns setores naquelas ditas emergentes.
Países onde a Internet tem grande difusão apresentam um crescimento no nível de emprego e na produtividade. O emprego nessa área registra um crescimento anual da ordem de 6% nos Estados Unidos e de 3,9% na União Européia, de acordo com o relatório.
O organismo ligado à ONU, divulgou neste sábado no Fórum Social Mundial o seu relatório anual, lançado na semana passada em Genebra (Suíça).
O assessor especial da OIT Gerry Rodgers, que apresentou os dados do relatório e participou do fórum, disse que os efeitos da economia da informação são positivos. Sua avaliação contrasta com a divulgada na Suíça, segundo a qual a revolução tecnológica está tirando empregos de países em países menos desenvolvidos.
"As pessoas que perdem o emprego não são as mesmas que ganham os novos (empregos). É um problema. Mas há muitos empregos secundários que se criam, no setor de software e de serviços. O que se necessita é de uma política social coerente, que responda aos que perdem o emprego. A sociedade, no seu conjunto, ganha com as novas tecnologias'', disse.
Rodgers declarou que o Brasil, como a Índia e Cingapura, tem sido bem-sucedido no desenvolvimento de softwares, capacitando-se, nesse aspecto, para se inserir no mercado global.
O assessor ressaltou que há uma maior interdependência do trabalho, dando como exemplo o caso de bancos de Genebra que têm seu sistema de segurança por vídeo controlado por trabalhadores que vivem no norte da África.
O representante da OIT afirmou ser falsa a idéia de que os empregos na área da nova tecnologia são instáveis. "Verificamos que as empresas precisam de funcionários que permaneçam no trabalho, que tenham estabilidade''. De acordo com ele, a troca de emprego é um "problema'' no Brasil.
Rodgers destacou que na região do Vale do Silício, nos Estados Unidos, surge uma "nova tendência'' no mundo do trabalho, na qual os sindicatos estão assumindo o treinamento dos trabalhadores para os capacitarem a novos cargos.
O assessor da OIT alertou que as novas tecnologias também podem ameaçar as pessoas e o seu ambiente de trabalho, em vez de melhoraram suas vidas. Ele enfatizou que as políticas públicas devem assegurar o funcionamento das novas tecnologias para todos.
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