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30/01/2001
-
19h47
da France Presse
O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, se solidarizou hoje com o ativista francês José Bové e criticou o governo por permitir que a polícia ordenasse a sua saída do país.
"Entendemos que o governo brasileiro agiu de modo autoritário ao permitir que a Policía Federal prenda e intime a sair do país o líder francês José Bové", afirmou Lula.
Bové, que participava do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, acompanhou os 1.500 lavradores do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que invadiram um laboratório da multinacional Monsanto, especializada em biotecnologia, e destruiram uma área onde era cultivada soja transgênica.
A Policía Federal, por ordem do Ministério da Justiça, interrogou Bové na segunda-feira e lhe deu 24 horas para deixar o país, prazo que expirava à meia-noite de hoje, mas que foi revertido por uma decisão de um juiz de Porto Alegre, que lhe concedeu habeas corpus para ficar no país.
Lula também pediu que o presidente Fernando Henrique Cardoso se "desculpasse com o governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, por ter criticado o apoio de sua administração ao importante evento que foi o Fórum Social Mundial de Porto Alegre, que representou um ato de movimentos sociais e de esquerda em oposição ao Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça)".
"Fernando Henrique deveria reconhecer que, definitivamente, assume a posição do Fórum Econômico de Davos ao reproduzir, com a agressão a Bové, a intolerância dos organizadores suíços que, com a ajuda de um batalhão de homens armados, impediram a manifestação livre de representantes da sociedade civil organizada contra a premissa neoliberal que simboliza Davos: a prioridade do econômico em detrimento do social", afirmou Lula.
Leia mais sobre os fóruns no especial
Davos x Anti-Davos
Lula defende Bové e critica governo federal
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O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, se solidarizou hoje com o ativista francês José Bové e criticou o governo por permitir que a polícia ordenasse a sua saída do país.
"Entendemos que o governo brasileiro agiu de modo autoritário ao permitir que a Policía Federal prenda e intime a sair do país o líder francês José Bové", afirmou Lula.
Bové, que participava do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, acompanhou os 1.500 lavradores do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que invadiram um laboratório da multinacional Monsanto, especializada em biotecnologia, e destruiram uma área onde era cultivada soja transgênica.
A Policía Federal, por ordem do Ministério da Justiça, interrogou Bové na segunda-feira e lhe deu 24 horas para deixar o país, prazo que expirava à meia-noite de hoje, mas que foi revertido por uma decisão de um juiz de Porto Alegre, que lhe concedeu habeas corpus para ficar no país.
Lula também pediu que o presidente Fernando Henrique Cardoso se "desculpasse com o governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, por ter criticado o apoio de sua administração ao importante evento que foi o Fórum Social Mundial de Porto Alegre, que representou um ato de movimentos sociais e de esquerda em oposição ao Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça)".
"Fernando Henrique deveria reconhecer que, definitivamente, assume a posição do Fórum Econômico de Davos ao reproduzir, com a agressão a Bové, a intolerância dos organizadores suíços que, com a ajuda de um batalhão de homens armados, impediram a manifestação livre de representantes da sociedade civil organizada contra a premissa neoliberal que simboliza Davos: a prioridade do econômico em detrimento do social", afirmou Lula.
Davos x Anti-Davos
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