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08/02/2001 - 05h37

Bornhausen pode ser alternativa do PFL

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RAQUEL ULHÔA, da Folha de S.Paulo

Se uma terceira via articulada pelo PFL não se tornar viável até o dia 14 de fevereiro, data das eleições para a direção da Câmara e a do Senado, o presidente do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), poderá disputar a presidência do Senado com os candidatos do PMDB, Jader Barbalho (PA), e da oposição, Jefferson Péres (PDT-AM).

O próprio Bornhausen se colocou como última alternativa do PFL para concorrer no Senado, em jantar que reuniu a bancada de senadores do partido na casa do líder, Hugo Napoleão (PI), na quarta-feira passada.

Na avaliação dos pefelistas, Bornhausen provavelmente sairia derrotado -principalmente por não atrair votos da oposição-, mas manteria o seu partido unido. Por isso, ele se ofereceu na reunião para, em último caso, ir para o "sacrifício".

Preocupação
Em contraste com o pessimismo dos próprios pefelistas, a hipótese de lançamento da candidatura do presidente do PFL é a única que preocupa os aliados de Jader, segundo a Folha apurou.

Isso porque Bornhausen mantém bom trânsito com o Palácio do Planalto e é respeitado no Senado, tendo chance de obter votos no PMDB e no PSDB, além de todos os 21 do PFL.

Bernardo Cabral (PF-AM), que declarou publicamente apoio ao candidato da oposição, Jefferson Péres, pelo fato de serem do mesmo Estado, disse na reunião da bancada que votará no candidato do seu partido, caso seja lançado um pefelista.

Jader tem confidenciado a amigos que há setores do Palácio do Planalto "conspirando" com o PFL para derrotá-lo. O candidato aponta os ministros Aloysio Nunes Ferreira (secretário-geral da Presidência), Pedro Parente (chefe da Casa Civil) e Pimenta da Veiga (Comunicações).

PMDB
O presidente do PMDB lançou uma ofensiva para obter apoio dos senadores do PSDB que discordavam de sua candidatura. Ontem, a conversa foi com os irmãos tucanos Álvaro e Osmar Dias, do Paraná.

Um dos argumentos de Jader é que, eleito, ele será "um homem de paz" e porá fim ao confronto com o atual presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Foi o senador baiano quem vetou o apoio dos pefelistas à candidatura de Jader.

No jantar, os senadores pefelistas analisaram as dificuldades políticas do lançamento de um candidato de outro partido governista, como o do tucano Lúcio Alcântara (CE), opção ainda não totalmente descartada.

Apoio de Tasso
O PFL tentaria buscar apoio do governador do Ceará, o tucano Tasso Jereissati, para interferir a favor da candidatura de Lúcio Alcântara.

Mas o próprio senador cearense reconhece que enfrentaria dificuldades políticas lançando seu nome à presidência do Senado porque prejudicaria a candidatura do deputado Aécio Neves (MG) à presidência da Câmara.

O PSDB tem acordo com o PMDB para apoiar Jader no Senado em troca do
apoio dos peemedebistas a Aécio na Câmara.

Outro nome considerado ontem pelos pefelistas, embora com pouca chance eleitoral, era o de Arlindo Porto (PTB-MG), que foi ministro da Agricultura do governo Fernando Henrique Cardoso. "Não vou lançar minha candidatura, mas não vou eliminar a hipótese", disse Arlindo à Folha.

Dos 21 senadores do PFL, o único ausente no jantar foi Mozarildo Cavalcanti (RR), por problemas pessoais.

A bancada pefelista reafirmou o compromisso de votar unida qualquer que seja a opção articulada pela cúpula. A única dúvida é Bernardo Cabral, que diz votar em Péres, caso não seja lançado um pefelista.
 

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