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09/02/2001 - 03h37

Vitória de Jader pode levar à saída de ACM

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OTÁVIO CABRAL, da Folha de S.Paulo

O PFL baiano já prepara o lançamento da candidatura do atual presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (BA), ao governo do Estado em 2002.

A idéia ganhou corpo com a iminente derrota política do senador baiano na eleição para a presidência do Senado, que ocorre no próximo dia 14.

Lideranças do PFL na Bahia não descartam a hipótese de ACM se licenciar de seu mandato de senador para percorrer a Bahia em campanha, caso se confirme a vitória de Jader Barbalho (PMDB-PA), seu desafeto pessoal.

Nesse caso, sua vaga em Brasília seria preenchida pelo seu filho Antonio Carlos Júnior, que é seu primeiro suplente. Licenciado ou não, ACM deve lançar sua pré-candidatura após o Carnaval.

Derrota
Além da busca de votos, a licença seria motivada pela possível perda de poder político de ACM no Senado. Ele confidenciou a aliados que não teria motivação para ficar no Parlamento sujeito às ordens de Jader.

Nesta semana, os 24 deputados estaduais do PFL na Bahia se reuniram para discutir o quadro político local e traçar a estratégia da possível campanha.

Na reunião, a candidatura de Antonio Carlos Magalhães foi dada como certa.

A preocupação é mobilizar as bases no interior e evitar novas defecções rumo ao PMDB entre deputados e vereadores.

Nos últimos meses, cinco deputados estaduais trocaram o PFL pelo PMDB, que faz oposição ao governo estadual.

Anteontem, o deputado federal Benito Gama, que já foi um dos principais líderes do carlismo, fez o mesmo. Com o aval do presidente Fernando Henrique Cardoso, o deputado federal deixou o PFL, de ACM, e se filiou ao PMDB, de Geddel Vieira Lima e Jader Barbalho.

Oposição
O crescimento da oposição ao governador César Borges -e, consequentemente, a ACM- assusta os pefelistas.

A bancada oposicionista cresceu de 16 para 21 deputados, um terço da Assembléia. Há pré-candidatos fortes na oposição, como o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima, e o deputado federal Jaques Wagner (PT).

A avaliação é que apenas um nome forte pode conter esse crescimento e evitar a derrota do carlismo em 2002, principalmente porque o PFL deve ficar isolado em um eventual segundo turno. E o nome mais forte possível do grupo é o próprio ACM.

Além da possível derrota no Senado, o nome de ACM ganha evidência devido à baixa força eleitoral de dois pré-postulantes ao cargo. O ministro Rodolpho Tourinho (Minas e Energia) é considerado um bom quadro técnico, já foi secretário da Fazenda de Antonio Carlos Magalhães e de Paulo Souto, mas não é político.

Já o deputado federal licenciado e atual secretário da Educação, Eraldo Tinoco, tem restrições dentro do próprio partido e pouca penetração em regiões importantes do Estado.

Paulo Souto, atual senador e governador entre 93 e 96, é considerado um bom nome, mas também está afastado da cúpula do grupo, pois teve de se afastar do governo para dar lugar a Luís Eduardo Magalhães e, depois da morte do filho de ACM, perdeu a chance de disputar a reeleição.

Reeleição
César Borges, que tem boa popularidade, dificilmente terá condições legais de concorrer a mais um mandato, pois na gestão anterior assumiu o governo nos últimos seis meses, quando Paulo Souto renunciou ao cargo para concorrer ao Senado.

A maior dificuldade do grupo será acomodar os pré-candidatos ao governo que terão de dar lugar a ACM. As conversas iniciais dentro do PFL indicam a possibilidade de Borges e Tourinho concorrerem ao Senado.
Souto continuaria em Brasília, onde tem mais quatro anos de mandato a cumprir. E Tinoco concorreria novamente à Câmara.
 

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