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10/02/2001 - 04h20

Para líder do PMDB, ACM é o responsável

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ANDRÉA MICHAEL, da Folha de S.Paulo, em Brasília

O líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), acusou o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (BA), de estar por trás das supostas gravações de conversas entre deputados recentemente filiados ao PMDB.

As fitas revelariam vantagens econômicas oferecidas pela cúpula
peemedebista para que os parlamentares deixassem o PFL.

No final da tarde de ontem, os parlamentares supostamente grampeados contrataram o advogado José Gerardo Grossi.

"Interceptação clandestina de telefonemas é um crime que sujeita o autor ou autores a reclusão de dois a quatro anos", disse o advogado.

Polícia Federal
José Gerardo Grossi planeja acionar a Polícia Federal caso o conteúdo das fitas venha a ser divulgado.

Pedirá a abertura de inquérito para identificar os responsáveis pelo grampo.

"Isso é resultado de uma questão política da Bahia, patrocinada por Antonio Carlos Magalhães e Fernando Cesar Mesquita (secretário de Comunicação do Senado)", sustenta Geddel.

"Eu não tenho dúvida de que essa fita é montada, indigna. Ninguém me mostra. Não posso opinar sobre suposições", disse o peemedebista.

O líder do PMDB disse que a publicidade dada às supostas gravações obtidas pela revista "Veja" seria uma reação de ACM à vinda do deputado Benito Gama, tradicional pefelista baiano, para o PMDB. "Benito tem o direito de não ser chantageado."

Segundo Geddel, Mesquita, assessor direto de ACM, teria participado de uma reunião ontem, utilizando a estrutura do Senado, à qual teriam estado presentes dois deputados da bancada baiana do PFL, além de dois jornalistas de "Veja".

Questionado sobre o fato de ter negociado a vinda dos pefelistas para o
PMDB, Geddel respondeu que fez "negociações políticas, claro", citando como exemplo a recomposição dos diretórios peemedebistas na Bahia.

Negou, no entanto, participação em suposta oferta de vantagens financeiras para a migração pefelista para seu partido.

Reação
O assessor Fernando César Mesquita reagiu com ironia às acusações, feitas por Geddel, de envolvimento na divulgação e na montagem das supostas fitas. "Geddel deve estar delirando. Suas fontes devem ser de alto teor: o doutor Buchana's e o doutor Johnnie Walker", disse, em referência a duas marcas de uísque.

"Ele (Fernando César) virou um empregado desqualificado de ACM que faz jogo sujo, como atacar o filho de Sarney, que o ajudou a ser alguém", respondeu Geddel, referindo-se a divergências entre Fernando Cesar e o ministro Sarney Filho (Meio Ambiente).
 

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