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16/02/2001
-
03h23
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Para fazer a reforma ministerial, o presidente Fernando Henrique Cardoso aguarda a reação final de ACM, principal perdedor das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, a recomposição oficial com o PFL e o fim das disputas por postos no Congresso. O presidente detectou insatisfação de ministros que temem perder o cargo e decidiu tranquilizá-los. Segundo um auxiliar, a reforma não é iminente.
Um dos motivos é que FHC avalia que o tamanho da troca dependerá de reações dos perdedores na guerra congressual e de como os vencedores se portarão.
O presidente quer usar as próximas duas ou três semanas para aparar arestas, definir com quais aliados contará e só então definir a extensão das trocas.
Se o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) bater duro no governo, deverá perder um ministério. O mais provável é a queda de Rodolpho Tourinho (Minas e Energia)
FHC aprova o desempenho de Waldeck Ornélas (Previdência). Tourinho e Ornélas foram indicados por ACM, que orientou os dois a não pedir demissão e aguardar que o presidente tome eventualmente essa decisão.
FHC estuda criar a pasta da Infra-Estrutura -resultado da fusão de três ministérios: Transportes, do peemedebista Eliseu Padilha; Minas e Energia, do pefelista Tourinho, e Comunicações, do tucano Pimenta da Veiga.
Se não sair a fusão, um nome cotado para o Ministério de Minas e Energia é o do deputado federal José Carlos Fonseca, pefelista que foi chefe de gabinete de Pedro Malan (Fazenda) e secretário do governador do Espírito Santo, o tucano José Ignácio.
A Folha apurou que o PMDB resistiria à saída de Padilha do governo. FHC considera o ministro leal. E o PMDB avalia que Padilha, sem mandato, é peça chave no esquema de poder do partido para as eleições de 2002.
Outro ministeriável do PMDB é o ex-presidente da Câmara Michel Temer (SP). As chances de ele ocupar a pasta da Justiça já foram maiores.
Apesar de o líder do governo no Congresso, Arthur Virgílio (PSDB-AM), ter sugerido o senador peemedebista José Fogaça (RS) para um ministério, a atual cúpula do PMDB também resiste. A sugestão foi vista como uma tentativa de o governo escolher pelo partido.
(KENNEDY ALENCAR E LUIZA DAMÉ)
Presidente espera reação de vencedores e perdedores
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Para fazer a reforma ministerial, o presidente Fernando Henrique Cardoso aguarda a reação final de ACM, principal perdedor das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, a recomposição oficial com o PFL e o fim das disputas por postos no Congresso. O presidente detectou insatisfação de ministros que temem perder o cargo e decidiu tranquilizá-los. Segundo um auxiliar, a reforma não é iminente.
Um dos motivos é que FHC avalia que o tamanho da troca dependerá de reações dos perdedores na guerra congressual e de como os vencedores se portarão.
O presidente quer usar as próximas duas ou três semanas para aparar arestas, definir com quais aliados contará e só então definir a extensão das trocas.
Se o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) bater duro no governo, deverá perder um ministério. O mais provável é a queda de Rodolpho Tourinho (Minas e Energia)
FHC aprova o desempenho de Waldeck Ornélas (Previdência). Tourinho e Ornélas foram indicados por ACM, que orientou os dois a não pedir demissão e aguardar que o presidente tome eventualmente essa decisão.
FHC estuda criar a pasta da Infra-Estrutura -resultado da fusão de três ministérios: Transportes, do peemedebista Eliseu Padilha; Minas e Energia, do pefelista Tourinho, e Comunicações, do tucano Pimenta da Veiga.
Se não sair a fusão, um nome cotado para o Ministério de Minas e Energia é o do deputado federal José Carlos Fonseca, pefelista que foi chefe de gabinete de Pedro Malan (Fazenda) e secretário do governador do Espírito Santo, o tucano José Ignácio.
A Folha apurou que o PMDB resistiria à saída de Padilha do governo. FHC considera o ministro leal. E o PMDB avalia que Padilha, sem mandato, é peça chave no esquema de poder do partido para as eleições de 2002.
Outro ministeriável do PMDB é o ex-presidente da Câmara Michel Temer (SP). As chances de ele ocupar a pasta da Justiça já foram maiores.
Apesar de o líder do governo no Congresso, Arthur Virgílio (PSDB-AM), ter sugerido o senador peemedebista José Fogaça (RS) para um ministério, a atual cúpula do PMDB também resiste. A sugestão foi vista como uma tentativa de o governo escolher pelo partido.
(KENNEDY ALENCAR E LUIZA DAMÉ)
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