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20/02/2001 - 03h41

ACM fala com procuradores e discursa hoje contra PMDB

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da Folha de S.Paulo

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), ex-presidente do Senado, esteve ontem numa reunião reservada com os procuradores da República Luiz Francisco de Souza e Guilherme Schelb e teria prometido entregar a eles representações e provas de corrupção em várias áreas do governo.

ACM chegou por volta das 12h20 e saiu às 13h40. Durante a conversa, criticou a atuação do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, a quem chamou de "engavetador" por não concluir a apuração de denúncias de irregularidades no DNER, na Sudam e nos portos brasileiros.

Estavam também na reunião a procuradora Elyana Torelli e o assessor de ACM Fernando César Mesquita.

O senador não levou nenhum documento ao encontro, mas afirmou que queria recorrer aos procuradores para que as denúncias não ficassem paradas com Brindeiro. Foi orientado a apresentar representações por improbidade administrativa, já que as ações criminais nesses casos são prerrogativas de Brindeiro.

Durante a conversa, ACM afirmou acreditar que há corrupção no governo e comentou com os procuradores alguns pontos de seu discurso de hoje, o primeiro fora da presidência do Senado.

O senador deve poupar o presidente Fernando Henrique Cardoso. ACM dirá que quer colaborar com o governo. O foco será o PMDB, com denúncias contra seu principal desafeto, o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), e o ministro Eliseu Padilha (Transportes).

Questionado ontem sobre o que dirá a respeito de FHC, ACM disse apenas que pretende "citar" o presidente em sua fala.

ACM vai mostrar relatórios do TCU (Tribunal de Contas da União) e das secretarias de controle interno que fiscalizam a atuação de ministérios e órgãos subordinados.

Os assessores de ACM tinham à sua disposição um elenco de supostas irregularidades, apontadas principalmente no DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), na Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e no governo do Pará entre os anos de 1983 e 1987 -quando Jader era governador.

ACM diz que vai mostrar que, ao contrário do que Jader afirma, o atual presidente do Senado tem pelo menos dois processos em andamento contra ele na Justiça.

A assessoria de ACM preparou 17 requerimentos de informação, que poderiam ser total ou parcialmente despachados após o discurso. No conjunto, está um ofício ao Banco Central pedindo esclarecimentos sobre uma investigação conduzida pelo órgão para apurar supostas irregularidades cometidas por Jader na aplicação do dinheiro do governo do Pará.

Também estava nos planos de ACM referir-se, de uma maneira mais detalhada, às investigações que vêm sendo conduzidas pelo Ministério Público no Pará.

Na tarde de ontem, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), convidou ACM a seu gabinete. Entre os assuntos da conversa estava a consulta ao baiano sobre a próxima reunião da Executiva do partido, prevista para dia 8 de março.
 

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