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22/02/2001
-
17h25
da Folha Online
As acusações contra o governo federal, ministros e políticos feitas pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), publicadas em edição extra da revista "IstoÉ", já produziram uma forte reação em Brasília. Até o momento, há um pedido de cassação contra ACM, feito pelo PT, uma nota oficial condenando as novas acusações, do presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen (SC), e um possível pedido de revisão da cassação do senador Luiz Estevão.
A revista "IstoÉ", em edição especial, traz reproduções de conversas entre ACM e procuradores da República. Entre outras acusações, o senador diz que dificultou a quebra do sigilo bancário de EJ por solicitação do presidente Fernando Henrique Cardoso.
ACM reuniu-se com os procuradores da República no Distrito Federal Luiz Francisco de Souza, Guilherme Schelb e Eliana Torelly para reacender investigações sobre o ex-secretário da Presidência Eduardo Jorge. O alvo principal da ação de ACM, na verdade, seria o governo Fernando Henrique Cardoso.
O senador teria dito aos procuradores que a quebra do sigilo bancário do ex-secretário da Presidência entre os anos de 1994 e 1998 "pegaria" Eduardo Jorge.
O senador teria feito acusações contra os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim e Ellen Gracie Northfleet, o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha (PMDB-RS), a senadora Heloísa Helena (PT-AL), o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, e o governador de Tocantins, Siqueira Campos (PFL).
ACM teria revelado aos procuradores uma nova irregularidade. Ele disse que sabe como cada senador votou no episódio que cassou o ex-colega Luiz Estevão por falta de decoro parlamentar. O voto, no entanto, foi (ou deveria ter sido) secreto.
PFL
O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), divulgou há pouco uma nota oficial em que o partido faz uma reprimenda pública ao senador ACM e presta solidariedade ao presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em cinco parágrafos, o dirigente do PFL diz que o presidente Fernando Henrique age corretamente "e está acima de qualquer suspeita". "Sua trajetória de estadista na vida pública brasileira será engrandecida por todos os seus concidadãos", destaca.
Segundo a nota, o PFL reprova a ida de Antônio Carlos Magalhães aos procuradores Luiz Francisco de Souza e Guilherme Schelb, que estão sendo processados pelo PFL uma vez que teriam cometido atos lesivos ao partido no período eleitoral.
Bornhausen diz que o senador deveria ter procurado o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, "um profissional sério, correto e cumpridor dos deveres".
PT
O líder do PT na Câmara, deputado federal Walter Pinheiro (BA), acaba de anunciar que o partido pedirá a cassação de ACM.
"O senador cometeu crime, pois violou votação sigilosa e sonegou informações sobre irregularidades no governo."
Pinheiro referiu-se à votação secreta da cassação do senador Luiz Estevão (PMDB-DF) e a acusações contra ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira.
Luiz Estevão
Após a reportagem da revista "IstoÉ", o senador cassado Luiz Estevão anunciou que irá entrar com uma ação na Justiça pedindo a revogação do processo de sua cassação.
Para Estevão, a votação de sua cassação poderia ser invalidada após as revelações de ACM, já que o sigilo da votação teria sido quebrado.
ACM, segundo as gravações, teria revelado, entre outras coisas, que a senadora Heloiza Helena (PT-AL) votou contra a cassação de Luiz Estevão, ao contrário do que tinha sido divulgado à época. Heloiza Helena, porém, desmentiu as acusações.
Em nota, divulgada por sua assessoria, ACM nega que tenha feito acusações ao governo federal.
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A revista "IstoÉ", em edição especial, traz reproduções de conversas entre ACM e procuradores da República. Entre outras acusações, o senador diz que dificultou a quebra do sigilo bancário de EJ por solicitação do presidente Fernando Henrique Cardoso.
ACM reuniu-se com os procuradores da República no Distrito Federal Luiz Francisco de Souza, Guilherme Schelb e Eliana Torelly para reacender investigações sobre o ex-secretário da Presidência Eduardo Jorge. O alvo principal da ação de ACM, na verdade, seria o governo Fernando Henrique Cardoso.
O senador teria dito aos procuradores que a quebra do sigilo bancário do ex-secretário da Presidência entre os anos de 1994 e 1998 "pegaria" Eduardo Jorge.
O senador teria feito acusações contra os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim e Ellen Gracie Northfleet, o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha (PMDB-RS), a senadora Heloísa Helena (PT-AL), o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, e o governador de Tocantins, Siqueira Campos (PFL).
ACM teria revelado aos procuradores uma nova irregularidade. Ele disse que sabe como cada senador votou no episódio que cassou o ex-colega Luiz Estevão por falta de decoro parlamentar. O voto, no entanto, foi (ou deveria ter sido) secreto.
PFL
O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), divulgou há pouco uma nota oficial em que o partido faz uma reprimenda pública ao senador ACM e presta solidariedade ao presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em cinco parágrafos, o dirigente do PFL diz que o presidente Fernando Henrique age corretamente "e está acima de qualquer suspeita". "Sua trajetória de estadista na vida pública brasileira será engrandecida por todos os seus concidadãos", destaca.
Segundo a nota, o PFL reprova a ida de Antônio Carlos Magalhães aos procuradores Luiz Francisco de Souza e Guilherme Schelb, que estão sendo processados pelo PFL uma vez que teriam cometido atos lesivos ao partido no período eleitoral.
Bornhausen diz que o senador deveria ter procurado o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, "um profissional sério, correto e cumpridor dos deveres".
PT
O líder do PT na Câmara, deputado federal Walter Pinheiro (BA), acaba de anunciar que o partido pedirá a cassação de ACM.
"O senador cometeu crime, pois violou votação sigilosa e sonegou informações sobre irregularidades no governo."
Pinheiro referiu-se à votação secreta da cassação do senador Luiz Estevão (PMDB-DF) e a acusações contra ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira.
Luiz Estevão
Após a reportagem da revista "IstoÉ", o senador cassado Luiz Estevão anunciou que irá entrar com uma ação na Justiça pedindo a revogação do processo de sua cassação.
Para Estevão, a votação de sua cassação poderia ser invalidada após as revelações de ACM, já que o sigilo da votação teria sido quebrado.
ACM, segundo as gravações, teria revelado, entre outras coisas, que a senadora Heloiza Helena (PT-AL) votou contra a cassação de Luiz Estevão, ao contrário do que tinha sido divulgado à época. Heloiza Helena, porém, desmentiu as acusações.
Em nota, divulgada por sua assessoria, ACM nega que tenha feito acusações ao governo federal.
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