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23/02/2001 - 03h36

Oposição pede a quebra de sigilo de EJ e mais 19 pessoas

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

O líder do bloco de oposição no Senado, José Eduardo Dutra (PT-SE), reapresentou ontem no plenário requerimento pedindo a quebra de sigilo bancário do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira e de mais 19 pessoas referente às movimentações feitas no período de janeiro de 1995 a julho de 2000.

"As informações bancárias são importantes seja para retirar de vez esse esqueleto do armário e enterrá-lo -e com isso evitar que o assunto seja instrumento de chantagem hoje ou no futuro- ou para verificar se há ou não consistência nos indícios e na suspeita do envolvimento de Eduardo Jorge na malfadada obra do TRT de São Paulo", disse Dutra.

O mesmo pedido já fora feito pela oposição na subcomissão do Senado encarregada de apurar o desvio de recursos destinados à obra do Fórum Trabalhista de São Paulo. Daquela vez, o requerimento fora encaminhado à Mesa do Senado e enviado ao ministro Pedro Malan (Fazenda).

Malan respondeu que não poderia fornecer os dados solicitados, por se tratar de assunto protegido pelo sigilo bancário.

Ontem o líder da oposição reapresentou o requerimento alegando que houve um fato novo desde então: a aprovação e a sanção da Lei Complementar 105, de janeiro de 2001, que autoriza a quebra de sigilo sobre movimentações financeiras, desde que aprovada pelo Senado.

Em sua defesa, Eduardo Jorge tem dito que já forneceu todas as informações referentes a seu sigilo bancário e telefônico. Na verdade o que ele deu à subcomissão foi uma compilação de extratos bancários. Da maneira como foram apresentados, os dados não possibilitam o cruzamento com outras fontes, o que indicaria sua verdadeira movimentação financeira.

O presidente da Casa, senador Jader Barbalho (PA), disse que irá submeter o requerimento à votação "o mais rápido possível", afirmando defender ""toda investigação de interesse público".

Ao defender a quebra do sigilo de EJ, o senador petista disse que a aprovação do pedido seria ""um favor" ao presidente. Segundo Dutra, enquanto o suposto envolvimento do ex-assessor de FHC não for apurado, o presidente estará sempre sujeito a chantagens.

A iniciativa de Dutra foi pela manhã, antes da divulgação pela "IstoÉ" de suposta gravação de conversa do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) com procuradores da República, onde EJ é citado.
(RAQUEL ULHÔA e MALU GASPAR)
 

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