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24/02/2001 - 04h26

Governo afasta cinco diretores do DNER

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da Folha de S.Paulo

A intervenção no Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), decretada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, disparou o gatilho da reestruturação do órgão.

Ontem foram afastados os cinco diretores da autarquia. O interventor nomeado é Alderico Jefferson Lima, secretário-executivo do Ministério dos Transportes, que vai implantar mudanças no DNER, seguindo uma nova estrutura desenhada em um projeto de lei que tramita no Senado. Nos cálculos do governo, em 45 dias a autarquia será extinta.

No Ministério dos Transportes, ao qual o DNER se reporta, não há dúvidas de que o órgão é suscetível a irregularidades porque concentra atividades complexas, de naturezas diversas e muito dinheiro: em 2000, gastou um R$ 1,8 bilhão, quase a metade do orçamento total do Ministério dos Transportes, de R$ 3,6 bilhões.

O ministro Eliseu Padilha não comentou a nota que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) divulgou ontem. Voltou a insistir, por meio de sua assessoria, que irá interpelar ACM judicialmente para que o senador confirme as ofensas que divulgou pela imprensa.

Nos dois últimos dias, desde a divulgação do teor da conversa entre ACM e procuradores da República, Padilha trocou inúmeras ligações com FHC e os ministros Pedro Parente, da Casa Civil, e Gilmar Mendes, da Advocacia Geral da União. Acertaram em conjunto o tom da resposta do Palácio aos ataques do senador baiano.

O grupo não tem mais dúvidas de que, de agora em diante, ACM vai insistir em colar em FHC o rótulo de presidente "omisso e conivente com a corrupção". A resposta está combinada: o governo apura o que for necessário, mas não vai bater boca com ACM.

Padilha manteve a cúpula do PMDB informada sobre os acertos para abafar a crise.

Decretada a intervenção no DNER, o ministro peemedebista conseguiu do presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), o compromisso de colocar em votação em março o projeto de lei que define a nova estrutura da autarquia.

As atividades hoje desempenhadas pelo órgão serão redistribuídas, ficando divididas entre duas agências, que cuidarão dos transportes rodoviário e aquaviário, e um departamento, que executará novas obras -manutenção ou ampliação da malha rodoviária e construção de terminais portuários ou terrestres.
 

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