Publicidade
Publicidade
25/02/2001
-
03h33
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Senado espera receber na próxima quinta-feira do procurador da República no Distrito Federal Luiz Francisco de Souza a fita com declarações do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmando que teve acesso ao resultado da votação secreta da cassação do mandato do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF).
A comissão de inquérito do Senado que vai apurar se é possível fraudar o sigilo do sistema de votação eletrônica do plenário da Casa foi criada ontem por ato do primeiro secretário, senador Carlos Wilson (PPS-PE), e tem 30 dias para entregar o relatório.
Segundo Carlos Wilson, há pressa na investigação, e o resultado pode ser antecipado.
Sem a fita, não há provas de que ACM tenha confessado a violação do sigilo da votação, motivo principal da representação por quebra de decoro parlamentar contra o senador que será formalizada por partidos de oposição na quinta.
Perícia
O Senado vai solicitar uma perícia da Unicamp (Universidade de Campinas) para verificar a possibilidade técnica de vulnerabilidade do painel eletrônico. Se isso for confirmado, o sistema de votação terá de ser modificado.
Enquanto a auditoria não for concluída, o painel ficará lacrado e as votações do plenário serão feitas por cédula.
""Esperamos receber o laudo técnico o mais rápido possível. O importante é o Senado poder usar o painel sem riscos", afirmou o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
Também foi criada ontem a comissão de inquérito que irá apurar se houve da parte do ex-diretor da Secretaria de Comunicação Social do Senado Fernando César Mesquita vazamento para a imprensa de informações protegidas por sigilo bancário e telefônico guardadas pela CPI do Judiciário.
O próprio Mesquita teria confirmado o vazamento no mesmo encontro de ACM com os procuradores Luiz Francisco de Souza, Guilherme Schelb e Eliana Torelly. Trechos da conversa foram publicados pela revista ""IstoÉ", mas até agora não apareceu a fita com a gravação.
O processo administrativo disciplinar contra Mesquita, que continua assessorando ACM no Senado, dependerá fundamentalmente de depoimentos de técnicos e jornalistas que fizeram a cobertura da CPI do Judiciário.
A revelação das declarações de ACM aos procuradores caiu como uma bomba em Brasília, na véspera do Carnaval.
Eduardo Jorge
Entre outras coisas, o senador disse, segundo a revista, que os procuradores deveriam pedir a quebra do sigilo bancário do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira referentes às movimentações bancárias dos anos de 94 e 98.
ACM afirmou que esses dados comprovariam o envolvimento de EJ no desvio de recursos destinados à obra do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo. "Se pegar o Eduardo Jorge, chega ao presidente", disse o senador aos procuradores.
Uma terceira providência determinada por Jader Barbalho foi o encaminhamento da reportagem da ""IstoÉ" ao corregedor do Senado, para que seja examinado se houve quebra de decoro por parte de ACM e recomendar as providências cabíveis.
Por enquanto o corregedor é o senador Romeu Tuma (PFL-SP), mas seu mandato está no fim e o substituto será eleito em plenário.
Senado quer fita para apurar quebra de sigilo de votação
Publicidade
O Senado espera receber na próxima quinta-feira do procurador da República no Distrito Federal Luiz Francisco de Souza a fita com declarações do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmando que teve acesso ao resultado da votação secreta da cassação do mandato do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF).
A comissão de inquérito do Senado que vai apurar se é possível fraudar o sigilo do sistema de votação eletrônica do plenário da Casa foi criada ontem por ato do primeiro secretário, senador Carlos Wilson (PPS-PE), e tem 30 dias para entregar o relatório.
Segundo Carlos Wilson, há pressa na investigação, e o resultado pode ser antecipado.
Sem a fita, não há provas de que ACM tenha confessado a violação do sigilo da votação, motivo principal da representação por quebra de decoro parlamentar contra o senador que será formalizada por partidos de oposição na quinta.
Perícia
O Senado vai solicitar uma perícia da Unicamp (Universidade de Campinas) para verificar a possibilidade técnica de vulnerabilidade do painel eletrônico. Se isso for confirmado, o sistema de votação terá de ser modificado.
Enquanto a auditoria não for concluída, o painel ficará lacrado e as votações do plenário serão feitas por cédula.
""Esperamos receber o laudo técnico o mais rápido possível. O importante é o Senado poder usar o painel sem riscos", afirmou o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
Também foi criada ontem a comissão de inquérito que irá apurar se houve da parte do ex-diretor da Secretaria de Comunicação Social do Senado Fernando César Mesquita vazamento para a imprensa de informações protegidas por sigilo bancário e telefônico guardadas pela CPI do Judiciário.
O próprio Mesquita teria confirmado o vazamento no mesmo encontro de ACM com os procuradores Luiz Francisco de Souza, Guilherme Schelb e Eliana Torelly. Trechos da conversa foram publicados pela revista ""IstoÉ", mas até agora não apareceu a fita com a gravação.
O processo administrativo disciplinar contra Mesquita, que continua assessorando ACM no Senado, dependerá fundamentalmente de depoimentos de técnicos e jornalistas que fizeram a cobertura da CPI do Judiciário.
A revelação das declarações de ACM aos procuradores caiu como uma bomba em Brasília, na véspera do Carnaval.
Eduardo Jorge
Entre outras coisas, o senador disse, segundo a revista, que os procuradores deveriam pedir a quebra do sigilo bancário do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira referentes às movimentações bancárias dos anos de 94 e 98.
ACM afirmou que esses dados comprovariam o envolvimento de EJ no desvio de recursos destinados à obra do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo. "Se pegar o Eduardo Jorge, chega ao presidente", disse o senador aos procuradores.
Uma terceira providência determinada por Jader Barbalho foi o encaminhamento da reportagem da ""IstoÉ" ao corregedor do Senado, para que seja examinado se houve quebra de decoro por parte de ACM e recomendar as providências cabíveis.
Por enquanto o corregedor é o senador Romeu Tuma (PFL-SP), mas seu mandato está no fim e o substituto será eleito em plenário.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice