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01/03/2001 - 15h55

PT quer apuração contra FHC e desiste de atacar ACM

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da Folha Online

O presidente nacional do PT, deputado federal José Dirceu (SP), divulgou há pouco nota "O Brasil precisa de um novo governo e de uma nova maioria", na qual defende que o centro da luta da oposição é a apuração das denúncias contra o governo FHC, feitas pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA).

Para o líder petista, ACM cometeu "crime de prevaricação ao obstruir, ocultar e não denunciar as irregularidades que, agora, afirma que o governo praticou".

Leia, a seguir, a íntegra da nota:

"O Brasil precisa de um novo governo e de uma nova maioria

Os últimos acontecimentos envolvendo o senador Antonio Carlos Magalhães só confirmam o grau de decomposição moral e política da coalizão que governa o país, formada pelo PSDB, PMDB e PFL, e coloca, de forma clara, a necessidade de uma nova coalizão política para governar o Brasil.

A verdade nua e crua é que ACM participou do condomínio que governa, desde sua formação. Mais do que isso, foi seu principal articulador e, com o PMDB, exerceu o poder não só na Bahia, como na República.

Participou ativamente de todo processo de obstrução - na verdade, o dirigiu em muitos momentos - das investigações à respeito das principais denúncias contra o governo de Fernando Henrique Cardoso. Seu partido, o PFL, foi o principal sustentáculo da política de reformas neoliberais do governo e seu grau de fidelidade ao presidente é superior ao do próprio partido de FHC.

Nenhum dos escândalos do governo FHC foi investigado por CPIs: compra de votos na reeleição, privatizações, projeto Sivam, grampo da Telebrás, o caso Eduardo Jorge, o Caixa-dois da campanha. E ACM foi o principal fiador e articulador da rejeição dos pedidos de CPIs que o PT e a oposição apresentaram.

Os métodos empregados pelo PMDB para conquistar, aliado ao PSDB, a presidência da Câmara dos Deputados não são monopólio daquele partido, haja vista o que acontece na Bahia diariamente sob a direção de ACM. No fundo, o que se disputa é a hegemonia e o controle do centro do poder entre o PFL e o PSDB, agora aliado ao PMDB, que tão bem serviu, no passado recente, aos desígnios do PFL para eleger ACM presidente do Senado e do Congresso.

ACM apenas verbaliza a decomposição moral e política da aliança que reelegeu FHC e que o apoiou durante todo seu governo, daí a violência da reação governista e de certa mídia "chapa branca". A realidade é que ACM fala a verdade que precisa ser investigada por uma Comissão Parlamentar Mista da Câmara e do Senado.

O fato é que a forma autocrática e arrogante de ACM, e mesmo suas bravatas e calúnias, já desmentidas, contra a Senadora Heloísa Helena, não nos devem fazer perder o centro de nossa luta: a apuração de todas as denúncias contra o governo FHC e a participação do PFL e de ACM, que cometeu, no mínimo, crime de prevaricação ao obstruir, ocultar e não denunciar as irregularidades que, agora, afirma que o governo praticou.

A nação está assistindo uma cena explícita de como se exerce e como se disputa o poder no Brasil e precisa se convencer de que, mais do que uma reforma política, para impor a fidelidade partidária e o financiamento público das campanhas, há a urgente necessidade de uma radical reformulação institucional, que feche o verdadeiro balcão de negócios em que se transformou o Congresso e o Executivo. Mas nada acontecerá se a sociedade não eleger um outro governo e uma outra maioria no Congresso Nacional."

As informações são do site do PT.
 

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