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08/03/2001
-
04h27
PEDRO DANTAS e CRISTIAN KLEIN, da Folha de S.Paulo, no Rio
O bancário aposentado Getúlio Mota Neto, que trabalhou na gerência da agência do banco Itaú no Jardim Botânico, na zona sul do Rio, entre 1978 e 1990, disse ontem que o atual presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB), tinha conta naquela agência. Segundo ele, Jader chegou a frequentar o banco.
"Lembro dele (Jader Barbalho) algumas vezes na agência", disse Mota Neto.
De acordo com uma investigação do Banco Central, Jader teria transferido, quando era governador do Pará (83 a 86), dinheiro público do Banpará (Banco do Estado do Pará) para uma conta pessoal na agência Jardim Botânico do Itaú.
Getúlio Mota Neto, 50, afirmou que não se lembrava de detalhes sobre as operações financeiras de Jader porque era apenas um assistente da gerência. Disse, entretanto, que tanto o presidente do Senado quanto o ator Lúcio Mauro, tio de Jader, tinham apenas uma conta cada um.
De acordo com a revista "Veja", Lúcio Mauro teria apresentado o então governador do Pará à gerência da agência -o que tanto Mauro quanto Mota Neto negam. "Quem cuidava da conta de Jader era um gerente chamado Santos", disse Mota Neto, que afirmou não se lembrar do nome completo de Santos. O sucessor de Mota Neto na gerência da agência Jardim Botânico, Luiz Santiago Borges, apontou-o como o gerente-geral na época a que se refere a investigação do BC.
Ator
O ator Lúcio Mauro, 73, negou qualquer participação no esquema de desvios de recursos do qual seu sobrinho e presidente do Senado, Jader Barbalho, está sendo acusado. "A única relação que há é que sou tio dele. Nunca tive conta, nunca tive nada com o Jader", disse o ator.
O ator considerou uma coincidência o fato de Jader, que governava o Pará, ter tido uma conta na mesma agência que a sua, no Rio. Mas depois disse que poderia ter sugerido a agência a Jader.
"Talvez até não tenha sido coincidência e eu tenha falado para ele: "Olha, o banco Itaú me trata muito bem". Mas a conta é dele, não é minha", disse.
Lúcio Mauro afirmou que nunca teve relação com Jader. "Nunca me beneficiei de nada, nunca tive cargo público, nunca recebi coisíssima nenhuma", disse, embora tenha recebido uma passagem de avião para Brasília, após a vitória de Jader na eleição para a presidência do Senado.
"Só vejo o Jader nos acontecimentos políticos da vida política dele porque sou tio e porque gosto dele", disse.
Ex-funcionário confirma conta de senador em agência no Rio
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O bancário aposentado Getúlio Mota Neto, que trabalhou na gerência da agência do banco Itaú no Jardim Botânico, na zona sul do Rio, entre 1978 e 1990, disse ontem que o atual presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB), tinha conta naquela agência. Segundo ele, Jader chegou a frequentar o banco.
"Lembro dele (Jader Barbalho) algumas vezes na agência", disse Mota Neto.
De acordo com uma investigação do Banco Central, Jader teria transferido, quando era governador do Pará (83 a 86), dinheiro público do Banpará (Banco do Estado do Pará) para uma conta pessoal na agência Jardim Botânico do Itaú.
Getúlio Mota Neto, 50, afirmou que não se lembrava de detalhes sobre as operações financeiras de Jader porque era apenas um assistente da gerência. Disse, entretanto, que tanto o presidente do Senado quanto o ator Lúcio Mauro, tio de Jader, tinham apenas uma conta cada um.
De acordo com a revista "Veja", Lúcio Mauro teria apresentado o então governador do Pará à gerência da agência -o que tanto Mauro quanto Mota Neto negam. "Quem cuidava da conta de Jader era um gerente chamado Santos", disse Mota Neto, que afirmou não se lembrar do nome completo de Santos. O sucessor de Mota Neto na gerência da agência Jardim Botânico, Luiz Santiago Borges, apontou-o como o gerente-geral na época a que se refere a investigação do BC.
Ator
O ator Lúcio Mauro, 73, negou qualquer participação no esquema de desvios de recursos do qual seu sobrinho e presidente do Senado, Jader Barbalho, está sendo acusado. "A única relação que há é que sou tio dele. Nunca tive conta, nunca tive nada com o Jader", disse o ator.
O ator considerou uma coincidência o fato de Jader, que governava o Pará, ter tido uma conta na mesma agência que a sua, no Rio. Mas depois disse que poderia ter sugerido a agência a Jader.
"Talvez até não tenha sido coincidência e eu tenha falado para ele: "Olha, o banco Itaú me trata muito bem". Mas a conta é dele, não é minha", disse.
Lúcio Mauro afirmou que nunca teve relação com Jader. "Nunca me beneficiei de nada, nunca tive cargo público, nunca recebi coisíssima nenhuma", disse, embora tenha recebido uma passagem de avião para Brasília, após a vitória de Jader na eleição para a presidência do Senado.
"Só vejo o Jader nos acontecimentos políticos da vida política dele porque sou tio e porque gosto dele", disse.
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