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08/03/2001 - 14h41

Leia íntegra do relatório entregue por perito a Comissão do Senado

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da Folha Online

Leia abaixo a íntegra do relatório entregue pelo foneticista Ricardo Molina à Comissão de Fiscalização e Controle do Senado sobre as fitas com a gravação da conversa entre o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e procuradores da República:

1) MATERIAL QUESTIONADO

Aos peritos foi apresentado o seguinte material:

  • uma fita microcassete de áudio, marca Sony contendo uma gravação em seu lado A

    2) OBJET:IVOS PERICIAIS

  • realizar a transcrição do conteúdo da fita questionada
  • verificar a autenticidade da fita questionada

    3) FILTRAGEM

    Tal como apresentada aos peritos, a fita questionada não oferecia condições de ser transcrita, devido ao seu baixo nível de audibilidade e inteligibilidade. Verificou-se que o problema consistia em um desalinhamento da cabeça gravadora do aparelho gravador original.

    Após sanado este problema mecânico, com reajuste do cabeçote, a gravação foi digitalizada e filtrada com sistemas analógicos e digitais, de modo a melhorar a qualidade sonora e a inteligibilidade do sinal gravado.

    As figuras 1 e 2 mostram espectrogramas comparativos extraídos de trechos semelhantes antes e depois do processo de filtragem e ajuste mecânico. Na figura 1 comparam-se trechos com melhor qualidade de aúdio e na figura 2 trechos com baixa audibilidade.

    Observe-se que a relação sinal/ ruído melhora significativamente após o processo de depuração. O procedimento foi decisivo para a realização da transcrição, antes impossível, como se pode constatar na figura 2, na qual fica evidente que, sem o processo de recuperação, trechos de razão sinal/ ruído desfavorável permaneceriam ininteligíveis.

    Todos os procedimentos periciais foram baseados no sinal digitalizado, o qual reproduz fielmente a gravação original. Foi produzido um CD ROM contendo este sinal digitalizado, o qual acompanha o presente Laudo Pericial.


    4) EXAME DE AUTENTICIDADE

    O exame de autenticidade visa a procurar eventuais indícios de edição ou montagem, analógica ou digital, que pudessem, de algum modo, alterar o conteúdo original da gravação, seja por meio de inserção, corte, superposição, mascaramento, ou qualquer outro artifício.

    Diversas análises espectrográficas foram realizadas ao longo de toda a extensão da gravação questionada, de modo a examinar detalhadamente o comportamento do ruído de fundo. Desta forma, é possível detectar pequenas descontinuidades eventualmente associadas a tentativas fraudulentas de manipulação do conteúdo.

    A figura 3 exemplifica este procedimento, apresentando um espectrograma de um trecho da fita questionada. Observe-se que o padrão do ruído de fundo permanece coerente, sem alterações bruscas. As linhas horizontais sinuosas são os harmônicos do trecho de fala contido no gráfico.

    O exame espectrográfico não detectou, ao longo da gravação do diálogo principal, qualquer descontinuidade que pudesse estar associada à tentativa de edição e/ ou montagem. A fita questionada, portanto, pode ser considerada autêntica, para todos os fins periciais.

    5) TRANSCRIÇÃO

    A transcrição do material questionado foi realizada independentemente pelos três peritos signatários deste documento. Após a conclusão de cada uma das transcrições, os resultados foram cruzados, de modo a verificar a eventual existência de pontos divergentes. Tais pontos foram então examinados em conjunto, pelos três peritos, visando a esclarecer possíveis dúvidas.

    A gravação questionada, embora tenha aumentado significativamente a audibilidade após os procedimentos de filtragem, possui ainda alguns trechos de baixa inteligibilidade, tal como é habitual nas gravações realizadas em condições adversas (gravador oculto, distante dos interlocutores, etc).

    É importante, entretanto, fazer uma distinção entre os conceitos de audibilidade e inteligibilidade. A audibilidade diz respeito exclusivamente à relação sinal/ ruído, enquanto a inteligibilidade depende de outros fatores menos diretamente dependentes da qualidade do sinal físico. Em outras palavras, um determinado trecho, mesmo apresentando uma relação sinal/ ruído desfavorável, pode, eventualmente, possuir boa inteligibilidade, dependendo, entre outros aspectos, da combinação específica de fonemas, da maior contextualização semântica do trecho, etc.

    Cabe também ressaltar que a compreensão de trechos mais críticos pode só ser possível em situação de laboratório, com equipamento e condições acústico-ambientais adequadas.

    A separação dos interlocutores foi feita com base perceptual, empregando, contudo, critérios de ordem fonetica e fonológica bem estabelecidos. As vozes presentes na gravação questionada apresentam características bastante particulares, as quais permitem, na maior parte dos casos, definir com clareza cada um dos interlocutores.

    O diálogo principal envolve cinco alegados interlocutores: o Senador Antonio Carlos Magalhães, seu assessor Fernando César Mesquita, e os procuradores Luiz Francisco de Souza, Guilherme Schelb e Eliana Torelly.

    As características dialetais e outras diferenças fonatórias permitiram uma separação eficiente dos interlocutores durante a transcrição. Observe-se que poucos erros de troca de interlocutor poderiam ser cometidos no material em questão, tendo em vista as particularidades de cada uma das vozes. Há apenas quatro vozes masculinas, sendo que cada uma delas possui um conjunto significativo de traços que podem ser utilizados como critérios robustos de decisão.

    Assim, por exemplo, a fala do procurador Luiz Francisco de Souza, pode ser claramente destacada das demais, em função da sua frequência fundamental alta e taxa de articulação elevada. Da mesma forma, a voz do Senador Antonio Carlos Magalhães pode ser diferenciada, além das características dialetais, com base em uma leve disfonia e na produção característica das fricativas anteriores.

    Para os interlocutores masculinos Fernando César Mesquita e Guilherme Schelb bastaram critérios de exclusão, visto que, conhecidos os padrões dos outros dois interlocutores, estes não poderiam ser confundidos, em função de suas evidentes diferenças dialetais.

    Para a voz feminina, a única possibilidade de confusão seria com a voz da secretária, presente em alguns momentos da gravação. Erros neste sentido não poderiam ser cometidos, no entanto, em face da diferença de amplitude entre as duas vozes femininas. Com efeito, a secretária posicionava-se muito mais próxima do aparelho gravador, situação que fornece à sua voz gravada um nível muito mais alto de energia acústica.


    Codificação empregada na transcrição:
    palavras entre parênteses: inteligibilidade duvidosa
    números entre colchetes: número aproximado de palavras ininteligíveis no trecho palavras separadas por barras: transcrições alternativas

    LEGENDAS
    ACM: Antonio Carlos Magalhães
    LF: Luiz Francisco de Souza
    FCM: Fernando César Mesquita
    GS: Guilherme Schelb
    ET: Eliana Torelly
    *: voz não passível de classificação

    LADO A
    Ruído ambiente - Ambiente aberto

    Interrupção da gravação

    *: Marcão... Marcão... Marcão... João...

    Interrupção da gravação

    Ruído ambiente - Som de cigarra de garagem

    *: Isso
    LF: Assim, né?
    *: Isso
    LF: E já tá gravando, então?
    *: Tá gravando

    Interrupção da gravação

    Ruído ambiente
    Ruído de passos
    Interrupção da gravação

    Ruído ambiente
    Interrupção da gravação


    FCM: Aquele prédio que tá construindo, vocês vão pra lá ou vão continuar aqui?
    ET: Não, aquele prédio (...)
    FCM: Ah, porque vocês são da Procuradoria do Distrito Federal
    ET: Não, é... lá... pra lá só vão os procuradores
    *: Ah, bom...
    FCM: Olha, aquele prédio todo só [2/3] (procurador), que que é isso?!
    *: (...)

    Som de batidas na porta

    *: [2/3]
    FCM: Oi, tá tudo bem?
    *: Ah, como está?
    FCM: Tudo bem?
    *: (obrigado)

    Som de batidas na porta

    ET: Oi, Fernando (...)
    FCM: Tudo bem, eu fico aqui
    GS: Ah, não, não, tudo bem, eu fico aqui
    ACM: (esse prédio) [2/3], ganhou até placa... (...) conheço esse prédio (...) da Procuradoria da República (... )
    GS: [1] política.... precária, né... nós temos, senador, é... a tese... com... digamos, agora, em prol da.... temos as opções [2/3].. e com medidas provisórias...
    FCM: Não seja modesto... declarar improbidade administrativa [3/4]...
    GS: É, então...é... é uma medida provisória, que, assim, até a Procuradoria...

    Pequena falha da gravação

    GS:... Brasília (nos) atingiu assim... é.. diretamente, né?
    ET: Sob encomenda!
    GS: Sob encomenda, né? então, nós procuramos, senador, até contactamos o ministro do Supremo, [1/2] ... o presidente do Superior Tribunal Federal e... até também outros, porque... é... sem termos que trazer (ajuda)... é... não é o verdadeiro, e a (...) pessoal... a despeito de algumas vezes ela [1/2] diretamente... [1/2] até e o senhor sabe que o PFL, por exemplo, tá cheio de grampo
    FCM: Ô...
    GS... E político até, então... sendo acionado ... então, há um (sistema) aí... é... o próprio PFL é... pôs (ações) de (indenização) que consideramos democráticas... todas as pessoas atingidas por investigações recorreram [1/2], mas, no fundo, senador, é... os argumentos...
    *: [2/3]
    GS: [2/3]... hoje é... ela... ela... não tá compensando
    LF: [4/5]
    GS: Mas, senador, isso aí não... não... não nos incomoda
    ACM: Não tem problema
    GS: Não, não tem... eu acho... eu acho que é até democrático... que... que isso...
    LF: (só) que... [6/7] ... tirar a ação, a gente precisa falar... fariam acordos (institucionais) [5/6]... é até melhor, né?
    GS: Mas eu acho [1/2], senador, que o que importa efetivamente pra nós é... é... é o... é o... é discutir os argumentos, a nossa atuação, eh, de forma nacional... o senador Edson Lobão... [1/2] ele se pegou....a questão das ações, nós temos dificuldade de explicar, senador, as fundamentações do que ocorreu efetivamente, e isso é muito importante, porque, às vezes, quem não tá (lidando) nesse processo fica sabendo só aquilo que o jornalista divulga... e o jornalista tem uma dificuldade, dentro do respeito que eu tenho pela categoria, às vezes, de traduzir a [2/3]
    ACM:É, eles fazem edição
    FCM: Eles fazem aquilo que interessa a eles e a alguns [1/2]
    ET: E aquilo que vai dar é assim que vai dar (notícia)
    ACM: Vai dar (notícia)
    GS: E aí trouxe, senador, pra nós... eu achei um grande... (desde) aquele nosso trabalho, que é um trabalho racional, dirigido... até aí olha a justiça, né?... nós temos muito mais denúncias do que imaginam que nós temos, porque pensam que tu... todas as denúncias e fatos... é... é... relevantes chegam à Procuradoria que... seja trazendo ao público, e não é... e poderíamos exemplificar facilmente, né?
    *: (...)
    ACM: Haja visto aquele caso...
    GS: Então [2/3]
    ACM Aquele caso, por exemplo, que veio (do Jader), caiu pra vocês? é bom até vir pra vocês?
    ET: Não...
    LF: Eu acho...
    *: É com o Brindeiro?
    ET: É com o Brindeiro.
    LF: Eu acho que... ao Brindeiro, os casos assim que são mais polêmicos
    GS: Eles agem...
    ET:... por isso (ele ligou)
    ACM: Não veio pra vocês?
    LF: Não, nunca vem... doutor Brindeiro...
    ACM: É inacreditável!
    LF: ... doutor Brindeiro [5/6]...
    ACM: Não passa nada!
    LF:... e não conversa... então, o senhor marca uma audiência, enfim, pra falar com ele e ele (...)
    VF: Duas horas eu tenho um colega que vai me esperar aqui (fora)
    LF:... ele tem umas (fases) que
    *: O doutor Brindeiro...
    GS: [2/3] do Brindeiro conseguiu uma coisa...
    ACM:... de errado
    (FCM) É unanimidade contra
    ET: Ele desagrada todo mundo
    (ACM): O governo não gosta dele, os procuradores não gostam dele e a sociedade não gosta dele
    ET: É verdade...e não agradou ninguém
    ACM: Por quê? porque ele não é decente, ele não é corajoso, porque ele é covarde!
    LF: E não quer, não sabe conversar, não tem liderança nenhuma
    ACM: Não sabe conversar... e a conversa dele além de tudo (é de um petista)... quando a gente vai lá e conversa com ele [2/3]
    ET Risos
    *: [1/2], quando ele fica determinado...
    LF:... foi vergonhosa... toda (...) comunicasse um procurador chefe [2/3]... o Procurador Geral não sabe... essa é uma coisa institucional
    *: Doutor Schelb
    LF: É impossível.... é impossível por causa do doutor Brindeiro... inexistem outros assuntos, né? e... ninguém manda, porque não [3/4]
    FCM: (é ter) [1/3] na primeira instância, não é?
    GS: A atuação de um Procurador Geral é [2/3]
    LF: (...)
    FCM: Ele percebeu que, como eu vinha abrindo isso aí, esse negócio...
    ACM: [3/4]
    LF: Ele defende que não pode investigar, senador
    *: [5/6]
    LF: E ele tem que dedender isso, porque não cabe ao Ministério Público investigar bem... tudo (defendido), aí então o [3/4]
    ET: Porque, é... como o doutor Guilherme tá falando, tem o aspecto final e o aspecto...
    *: Tá, o conselho de ética (nasceu)...
    GS: Passa outra vez (na Justiça)
    *: [6/7]
    (GS): Tem que cobrar!
    *: [4/5]
    LF: (...) aí então eu... eu não posso... (...)
    *: Eu acho... se eu não cobrar, quem que assume?
    *::... e vou cobrar isso
    (FCM):... (Florêncio) (ficou) com seu dinheiro
    *: Vou cobrar, eu vou... onde tiver que fazer [1/2] eu faço, entendeu
    *: Porque não adianta fiscalizar no Tribunal de Contas [3/4]
    GS: Esse negócio do (grampo), eu quero saber.... tem sido uma tese...que é ilegal
    *: [2/3]
    GS:... isso é ilegal... tudo bem
    (ACM): Ainda [2/3] que tem [1] ilegal
    GS: Nós vamos também apurar o grampo, se é verdadeiro ou não
    LF: Isso é instrumento político.. o interventor [2/3] improbidade
    *: É improbidade
    ACM:...quer dizer, então, (você) quer fazer as coisas, eu quero também ... eu não queria dispensar... (pedindo documento)... (Sudam) (...) nesse negócio do (DNER) (...)
    GS: [2/3]
    ACM: O único caso, que ainda lá na audiência (...)
    GS: [4/5] apareceu que era oitenta e seis milhões
    LF: Isso senhor vai mandar pra (...)
    (ACM): Agora, a juíza... deu parecer
    GS: Foi aqui, inclusive, na sala do (Geraldo) mesmo
    ACM: (...) (ação) ao Brindeiro levando em conta o DNER e o Banco [1/2]
    *: Fez um ano [3/4]
    ACM: (pelo) DNER... então, (recusado), (viremos)
    *: (...)
    ACM: Até agora foi o [1/2] que não [2/3]
    GS: Teve a ...
    FCM :nós vamos para o Correio Braziliense
    LF: Acho que a [3/4] tem autoridade [5/6]
    FCM: É exatamente
    ACM: [1/2] depois
    GS: Ela recebeu o dissídio...
    (ACM): (deu a mão)
    (LF): É... o senhor podia mandar um ofício para [2/3], e a gente só queria...
    é... entrar no caso... pedir vistas... e isso ia entrar
    *: (carta) de [1/2]
    ACM: Eu não posso me indispor com a (delegacia) [2/3]
    LF: O senhor pedia uma [3/4]... esses (processos) são rápidos, porque... esse caso aí, pelo menos, tá (conhecido)
    ACM: Certo
    FCM: Esse aí eu já estava com o empenho pronto pra pagar, aí...
    GS: Estava só (no número), já na...
    *: (...)
    FCM: Estava, já estava com o empenho pronto
    (GS): Quebrou o (exercício) hoje... agora, a Advocacia da União disse que é fictícia
    ACM: A Advocacia, não... (volta) tudo igual
    GS: [2/3]... depois vai tudo fazer advocacia, então, quer dizer... os casos do (DNER) estão todos na Advocacia da União
    ACM: (isso não anda nada)...
    ET: é, mas for por isso que nós entregamos (pro relator) de improbidade [2/3]
    ACM: Isso
    GS: É, e o...
    ET: E... e [1/2] o ministro dos transportes, [1/2] Eliseu Padilha que causou essa... essa confusão toda, essa retaliação direta contra a gente
    (GS): Agora essa reunião... essa ação de improbidade...
    ACM:...é boa, porque eu vou.... ele vai me interpelar... eu chamei ele de Eliseu Quadrilha...
    ET: Ah, sim... é, eu li ontem na [1/2]
    *: [3/4]
    ET: Risos
    ACM: ... eu vou... eu vou confirmar
    FCM: Todo mundo no Nordeste tem quadrilha
    ACM: Mas a quadrilha dele é essa mesmo... eu vou...
    FCM: E aí (chumbo nele)
    ACM: Não, não posso aparecer agora... [1/2]... "taca" um processo, que eu vou pedir exceção da verdade. Aí vou provar a robalheira dele toda
    *: [5/6]
    LF: Mas a gente pode ir atrás desse processo e de outros, isso tudo é muito fácil
    ACM: Vou listar vários casos... amanhã eu vou listar vários casos, entendeu? mas como a imprensa (...) a imprensa vai querer que eu jogue todos de uma vez só...
    GS: Hum, hum...
    ACM:... e a imprensa monta outros
    ET: Cai numa vala comum, né?
    LF: O melhor colunista do país...
    *: [6/7]
    (GS): Dois ou três, amanhã, [1/2]
    ET: De maior impacto
    ACM: Guarda o de maior impacto... guarde para depois do carnaval, os outros, e tal... (...)
    VF: (...)
    VF: Tudo jóia, e a senhora?
    GS: Depois nós falamos (...) o que que eu vou fazer?
    LF: Eu vou saber isso na conversa com o secrET:ário
    VF: [1/2]
    ACM: Ah, é?
    LF: (ele tem que manter)
    VF: Quer dinheiro?... não, qualquer pão
    LF: (...)
    GS: Agora, senador, com esse (texto)...
    FCM: Não adianta encontro, não
    ACM: Eu acho...
    GS: [2/3]
    VF: Como é que foi?
    GS: [3/4] não ia suspender
    VF: Nosso feriado [3/4]
    ACM: Vai sumir o cheque do Jader do
    *: Ministério Público Estadual...
    VF: [2/3]
    ACM: [2/3]
    VF: E a {1/2], o que que é?
    ACM: E o banco Itaú (protestou) o Banco Central
    *: Se Deus quiser...
    VF: Tem um monte de amigo meu...
    ACM: Entro com ação popular ou... com uma CPI
    LF: Procure uma ação popular preparatória cautelar[6/7]... pra preparar [1/2]
    VF: Fechado!
    LF: Aditamento, não, né? [2/3] o procurador daqui, Ubiratan, aí ele vai e
    [1/2] uma vez
    GS: Pode [1/2]
    LF: O importante na minha representação é (...) a representação é que vai dizer [3/4] ele entra com a ação?
    ACM: A gente passa pelo Senado [1/2]
    GS: Nós (poderíamos/preferíamos) fazer [1/2]
    LF: Ele tá (tentando) tirar o Ubiratan
    *: (mas aí bate/vai dar empate)
    (FCM): Com deliberações [3/4]
    ACM: [4/5]
    VF: Aqui
    LF: [2/3] na Justiça e na narrativa do fato... após narrar o fato tem que (apreender) documentos que... é... pode até botar: há indícios de que tal coisa aconteça...
    *: [3/4]
    LF:...aí depois assim... aí o senhor pede providências... a providência o senhor diz: que o documento tal tá na... tá com [1/2] cidadão fulano, ou então fulano de tal... aí então o Ministério Público manda [1/2] e requisita esse documento e [2/3] à PG
    ACM: [2/3]
    GS: [1/2]
    LF: É... ao procurador Ubiratan (Campelo), [1/2] que é melhor...
    *: (...)
    LF: ...aí tem que ver sobre (a perícia) (...) mas o que importa no caso do grampo é que dá pra fazer, assim, um narrativo e tem que ir na Previdência e...
    GS: Tem que ter um [1/2]
    LF: E é o mesmo procedimento... e o caso do (...)
    GS: [2/3] (houve/ouve) a opinião
    (ACM): O Banco do Estado (...) tinha aqueles negócios lá no [1/2], botaram na conta pessoal dele
    FCM: dentro da(s) [1/2]
    LF: [6/7]
    FCM: Foi 88, 88
    LF: (...) é... aconteceu no Acre o mesmo esquema com o PMDB do (Acre)
    GS: Doze anos...
    ET: É ... passou (...)
    VF: [2/3]
    GS: Incriminou praticamente [5/6]
    FCM: [1], que é prefeito, hoje
    ACM: É um covarde
    LF: [3/4]
    (GS): Mas não aí o... a questão da improbidade, porque a improbidade...
    FCM: Improbidade [2/3] por causalidade...
    GS: Senador, tem até um capítulo muito importante pra nós conversarmos com o senhor... nós acompanhamos recentemente o...
    ACM: [3/4]
    GS: (recebe) algumas...
    ET: Sim mas a... mas a...
    GS: ... não nesse argumento (não prescreve)
    LF: [3/4]
    GS: (esta) com o tempo não prescreve
    ET: (...) tá com medo de (não ter)
    GS: Mas senador, é muito importante essa questão da improbidade porque nós acompanhamos, até recentemente, um caso, entre aspas, bombástico nos Estados Unidos... o Presidente da República tá sendo investigado por promotores independentes e se nós observarmos a história dos países democráticos, as autoridades, quando se trata de atos de improbidade, são sempre investigadas por promotores procuradores em primeira instância... e o que que nós estamos observando hoje no Congresso? uma reação contra essas... todas as medidas nossas... e nós queremos propor muito mais porque tem muito mais pra ser proposto... outra (que) infelizmente...

    Som de batidas na porta
    GS:... lamentamos, mas... e que é exatamente senador a... a idéia de que é... que falta ações de improbidade e o Congresso hoje quer tirar essas ações de improbidade...da primeira instância...
    GS: ...da primeira instância, dos procuradores independentes, vamos dizer assim
    ACM: Lá ou aqui?
    GS: O Congresso quer que... aqui no Brasil há um projeto para o Senado hoje, o relator é o senador... é o Edson Lobão, que quer criar o foro privilegiado, que que vai acontecer, senador?
    ACM: Não vai acontecer mais nada
    GS: Não vai acontecer mais nada, porque a postura do... do doutor Brindeiro de ser ouvidos, e dos procuradores...
    ACM: Todos lá querem agradar o governo
    GS: ... e vão... vão ficar... nós não queremos agradar ninguém, nosso dever aqui...
    ET: A gente cumpre o nosso dever
    GS: ... não devemos nada a ninguém...
    ET: Fizemos concurso público
    GS: ... e... e.... e esse é o perfil da classe e isso cria independência
    ET: (não) temos compromisso (compromisso com ninguém)
    GS: e por que senador? porque essas ações [2/3]...não somos nós que...
    ACM: Mas isso aí a gente qualifica
    GS: ...isso é importante, senador
    FCM: (...)
    ACM: ele vai ficar do lado do [1]
    LF: (...) terceirização...
    GS: [1/2] justiça e economia
    ACM: [3/4]
    VF: [4/5] vai passar na sexta
    *: (...)
    VF: porque quarta feira que tem reunião no [1/2] num Fórum de [1]
    ACM: (...) que é assessor do doutor Ivan
    VF: Não tem chave aqui, não tem
    GS: E o senhor acha que [2/3]
    ACM: [3/4]
    ET: Ele reconhece [4/5]
    VF: Eu não tô a fim...
    FCM: Aquele relatório do Cade
    GS: ... que o ministério (admitiu)...
    FCM: O [1/2] me ligou e mandou o disquete pra mim... aí então nós demos pro [1/2]
    GS: Tentaram engavetar
    *: Eles deram todas lá, eu dei [1/2]
    (FCM): foi... é... exatamente eu dei pra Estado de São Paulo, né? você deu pro (Joelmir)
    LF: Não... (para o Jornal do Brasil)
    FCM: Ah! acabou a [1/2], né?
    FCM: Agora as gravações que a gente fez...
    VF: Tem nove...
    FCM: ... foi muito bom resultado
    (ACM): fazendo um balanço, é (...) e a quem noticiou
    VF: Sorte do [1/2]
    ACM: [4/5] (encoraja/tem coragem) a turma dele (...)
    FCM: [3/4] um negócio assim... com José Lourenço é terrível... e aí aquele negócio do... esse negócio lá do... da Sudam que... que... que eles tomaram e deram (seguimento), tem um cara junto com o Jader, do sistema político do Jader [1/2] praticando [2/3]
    GS: E isso tá lá no (Congresso)?
    LF: E isso tem [1/2] ampla defesa do patrimônio público
    *: (...)
    LF: (a administração)...
    FCM: Como é que a gente pode pedir?
    GS: Pedir pro Brindeiro...
    LF: (...)
    *: (...)
    LF: O [1/2] (ajuntaria), aí, no caso, ele pediria aqui [3/4]
    GS: Chegar em você?
    LF: Não, mas eu acho que tá com (tempo) pra admitir
    *: [4/5]
    ACM: (Delmário/ é o Mário)
    LF: Resultado de investigação
    *: [2/3]
    LF: É assim: a gente vai fazer uma...
    ACM: agora, eu gosto (de ser) político também [5/6]
    LF: Esse aí [6/7] quando a apresenta a ação...
    GS: Por quê?
    LF: É...
    ACM: Mas vão das as vistas
    LF: Não aqui!
    GS: É na Procuradoria?
    LF: (é assim)....só que quem faz (pedidos) aqui é duas pessoas quem fez a investigação e quem tá sendo investigado... quem tá sendo investigado, só os documentos que [2/3] só esse aí, então...
    GS: Até porque tem quebra de sigilo bancário, né?
    LF: Espera enquanto não se (cumpre) a [1/2]
    GS: É, mas pra que o senhor tivesse a possibilidade de...
    LF: Há coisas (que)...
    ACM: [4/5]
    LF: Agora, se tem quebra de sigilo bancário, nada impede também que entre com uma ação popular, como fez [2/3] é... cautelar preparatória de uma ação popular pra tra/... pra buscar provas e aí [1/2] pra cada ação... isso de todo mundo... aí vai junto
    FCM: Nós estamos fazendo é... nós estamos fazendo lá um requerimento de informação ao... ao Procurador... então não é um requerimento de informação, é uma representação?
    LF: É uma representação
    FCM: Uma representação pedindo...
    LF: Pra se obrigar o Procurador [3/4]
    FCM: Procurador Geral?
    LF: Ah... aí no caso do Procurador Geral?...
    FCM: Não, não, qual é o caminho?
    GS: Sudam [3/4]
    LF: O caso da Sudam... com que procurador tá?...
    FCM: O caso da Sudam, pelo que eu sei tá subindo, tá com Mário... com Mário e Raquel
    LF: Certo, é só [2/3]
    FCM: Isso que me falaram
    LF: [6/7] agora, é assim ó: se vocês não tem o controle dessa situação, aí eu acho que vale a pena fazer uma outra representação, (eu faço pro senhor) sem [5/6] a gente liga pra ele, certo?
    GS: Será que (isso) passa?
    FCM: [2/3] (e uma pequena) ajuda... o que o senador tá querendo é pedir à Procuradoria... Ministério Público... Procuradoria da República...que é pedido de informações e cópias dos documentos...
    LF: Eu sei, mas isso que eu tô dizendo
    FCM: Tá?... das investigações e essa gravação que incrimina diretamente o grupo político do Jader
    LF: Eu sei, mas veja, aí que tá a questão, veja: se o senador estivesse [3/4], tudo bem... como senador, eu até acho que envolvido do cargo de senador...
    GS: Talvez merecesse esta [1/2]
    LF: é... até acho que nesse... esse grupo, né?... conseguir [1] senadores pra fazer uma... uma denúncia [4/5]... aí nesse caso, se fizer o pedido, acredito que vai mandar...
    FCM: [5/6] a coisa pronta?
    LF: Mas se quiser... se quiser fazer de tal forma que não seja [4/5] e de
    decidir, apresenta...
    FCM: quer dizer que então não é um requerimento de informação, é uma representação a... a...
    LF: É...
    FCM: Usando o termo certo, é uma representação...
    GS: É uma representação
    LF: É
    GS: Uma comunicação
    LF: É... é uma (provocação)
    FCM: Pedindo então a... a...
    GS: A investigação
    FCM: A investigação da Sudam
    GS: Pelo que se tomou conhecimento
    ACM: [9/10]
    GS: Em relação às denúncias que o senhor tomou conhecimento
    VF: E tem [4/5]...
    LF: Mas, veja, quando o senhor relata um fato...
    VF: Uma hora...
    LF: ... e vem com representação
    VF: [5/6] Piracicaba [2/3]
    LF: Se quiser mandar como pedido de informação...
    VF: ... não...
    LF: ... acredito que há uma boa chance de estar com [1/2] de senador, pela questão de que (mesa) ele é (encontrado)
    (FCM): (documento) em geral...
    VF: ... no mesmo dia da audiência
    ACM: Mas ele não pode dizer que [3/4]
    GS: Não... não...
    LF: Não, (não tem porque ele não dar)
    ACM: Ele é autônomo?
    GS: Autônomo... porque é isso senador que é importante, que aqui até [2/3]
    FCM: Então vai (direto)... mas aí não sei se cai... é... bom... aí eu... o senador, como senador, ele pode se dirigir... ele... não tem que ser o [2/3]
    GS: Não... não...
    FCM: Tem que ser...
    GS: Pode ser...
    FCM: ... (pelo cargo)
    LF: (...) se mandar pro Schelb)
    VF: Paraná...
    FCM: Ah! tá... vocês...
    LF: O procurador que tá (indo com ele), não interessa
    GS: Senão as investigações não têm força nenhuma
    FCM: Ah! tá...
    ET: Essa... essa documentação da Comissão de ET:ica, que está lá, ela poderia ter sido enviada também pra primeira instância, porque a parte criminal...
    (GS): Improbidade
    ET: ... ela é exclusiva do Procurador Geral, agora a parte de improbidade, não... agora como nós, senador, não podemos nos dirigir ao senador, só [2/3] com o doutor Brindeiro, então eles... eles podem mandar diretamente
    FCM: Só que o nosso...
    LF: Não sei, não tenho idéia
    GS: Vamos até verificar isso
    FCM: E essa peça que é a...
    GS: ... gravação
    ACM: Essa gravação...
    *: [4/5]
    FCM: Nós soubemos dessa gravação e nós soubemos que quem (queria) era [4/5]... a primeira informação que eu tive, pelo [1/2], [2/3]
    (LF): [2/3]
    (FCM): Quer dizer aí... o... aí o (Mário Antonio) (agora) faz...
    ACM: (...) (entra) o senado
    LF: Não, ele falou comigo que ele estava meio envergonhado porque eles tinha um (trato) com ele... dentro da Procuradoria deve ter impugnação...
    FCM: Mas sabe o que que é, senador, é porque...
    LF: (precisa) ver se tá com ele...
    ACM: O (Luiz) [1] é amigo dele
    (GS): Mas é porque a informação que nós tivemos...
    FCM: Já foi muita informação...
    ACM: Parece que o Brindeiro também tá cerceando vocês [3/4]
    GS: [3/4]
    LF: Às vezes ele faz isso, mas [1/2] é com a gente, quem que é indicado... nós temos muitos procuradores que têm atuação nacional... [1] (Santoro) é um procurador que, em geral, [2/3] adjunto... poque ele se desloca muito, e aí eu sei que o Brindeiro (...)
    FCM: É.. mas a questão é a seguinte: que... o... o... quando eles encontraram indícios de que ([3/4]) do senador, é... segundo a informação que nós temos (eles)... eles teriam que ter comunicado ao Brindeiro...
    LF: Ham...
    FCM: ... que havia... eles não comunicaram, então o Brindeiro poderia vir em cima deles, colocando uma correição em cima deles
    GS: Não... não...
    FCM: Não, né?
    GS: Não...
    FCM: Não, né? essa foi a informação que passaram pra...
    GS: Não, não teria esse
    ACM: Não, hoje é [1/2] e todo mundo [1/2]
    GS: Não, mas (nem) teriam um assim, um... formalmente, sabe, uns
    mecanismos...
    LF: (...) não tem um [1/2]
    FCM: É... então não é... então é essa a informação que deram...
    LF: (...)
    FCM: fizeram também um apelo pra... estavam investigando, investigando e eu não queria atrapalhar a investigação, eu tenho gravado, isso tudo é informação que eu tenho... a gravação existe e autorizada pela justiça, né?
    ACM: E a gravação é autorizada...
    FCM O que o cara fala que é... aliás quem deu essa primeira informação foi um... uma autoridade...
    GS: [1/2] senador
    LF: Deixa eu só falar uma coisa, [2/3]...

    Som de toque de telefone
    LF: ... [3/4] de uma gravação telefônica, e fica com [1/2]...

    Som de toque de telefone
    LF: [4/5] eu recomendo uma ação cautelar, popular, né? e entra com [3/4] se o Jader processar o senador, ele, na prova dele...
    GS: ...pode apresentar
    LF: ... pode pedir
    *: Tem que ter prova?
    LF: (...) e aí [3/4] um processo contra ele (...)
    ET: Não é melhor [1/2]?
    GS: Não... não é o melhor claro, né?
    FCM: É só na defesa, né?
    LF: É melhor [1/2]... entrar com uma ação cautelar na justiça... ação
    popular...
    ET: Tá
    LF: ... essa ação é preparatória de ação popular, uma ação [1/2] e investigar, pra ver se ajuiza ou não a ação principal, e aí, sendo assim, o senador teria direito
    (FCM): Mas o medo é que eles sumam com esse processo
    LF: Não, nesta Procuradoria não vai ser...não vai sumir
    GS: A gente pode até [2/3]
    FCM: Mas Brindeiro não pode pegar isso não?
    LF: Também não, porque ele pode (fazer/pedir) uma cópia
    FCM: [2/3]
    LF: Brindeiro pode pedir uma cópia pra investigar [3/4]
    GS: (...)
    LF: Por exemplo... a mesa do senado, o senhor acha que atenderia? (...)
    FCM: É, isso é uma questão...
    LF: Mas deixa eu te perguntar uma coisa: a mesa do senado...
    FCM: ... o requerimento tem que ser aprovado todinho
    LF: É...
    FCM: E a mesa não muda
    ACM: [1/2]
    GS: Hostil, né?
    LF: Não e tem outra coisa também...
    ACM: Mas se ela não aceita...
    *: Sim
    ACM: ... tem um (problema de integridade)
    GS: [3/4]
    FCM: Pois é...
    GS: Mas é... é o... a omissão tem... às vezes é melhor... infelizmente... se omite... mas eu acho que há mecanismos, que eu acho que é ideal, da ação popularé o mecanismo (...)
    LF: Não, é, ação cautelar da ação popular, tá certo, representar no Ministério Público, tá certo, porque, ele, senador...
    ACM: E aí não tem nada que por a mesa
    LF: Não...
    GS: Nada, pra duas, não
    LF: [2/3]
    LF: É isso que eu falei
    GS: ... mas o senhor poderia... eu acho que é sempre melhor através da mesa, né?
    LF: Não precisa falar com secretário [2/3]
    GS: [3/4]
    FCM: É que a ... a mesa é uma mesa dirigida pelo Jader, todos os integrantes da mesa...
    GS: Vão ser...
    FCM: São pessoas que podem ser controladas pelo Jader
    GS: E a resposta direta da mesa também, tem isso, né?
    LF: Não, [2/3]
    GS: Mas pelo menos a resposta vem pela mesa
    LF: É
    ACM: Mas também aí ele compra... esse cara... [6/7]
    LF: Pois é, mas eu acho que (...) a mesa não pode quebrar o sigilo de algum telefone... [3/4] a mesa teria que entrar com pedido de informação...
    ACM: [4/5]
    LF: ... [1/2] o procurador é quem [1/2]... agora eu acho que o melhor caminho mesmo é... seria uma ação cautelar de ação popular (...) prepara uma ação popular (...)
    FCM: [1/2] então o caminho.... o caminho é...
    LF: O melhor caminho é... a... é... é uma ação cautelar preparatória de ação popular
    FCM: Ação... cautelar
    LF: Cautelar...
    ACM: ... cautelar... preparatória de ação popular...
    LF: Isso
    FCM: Cautelar preparatória...
    LF: Isso... de ação prepa/... de ação popular
    FCM: De ação popular?
    LF: É... e inclusive, senador, esse é o melhor modo de fazer (...) porque tendo uma ação popular, em regra, o Ministério Público é... é.. ele tem que ser intimado pra acompanhar a ação popular e (a gente) pode entrar com uma ação de improbidade [2/3]
    ACM: A ação popular, eu posso fazer através do advogado...
    LF: Isso
    ACM: Será que tem (...)
    LF: É... e se perder não paga nem honorários, porque tá isento de honorários
    GS: Ainda mais que é cautelar...
    FCM: Deixa eu ver então... é nessa ação cautelar preparatória de ação popular que o senador...
    ACM: Aí o que é que eu posso...
    FCM: ... pede a...
    LF: Pede as provas que quiser
    ACM: Todas!
    GS: As provas obtidas...
    LF: É, mas nós temos que ver isso daí
    GS: Seria só uma ação do [2/3]
    LF: é... uma... é... eu recomendo que esses pedidos (...) aí o senhor entra com cinco ou seis preparatórias, cada uma delas...
    GS: Cada caso... cada separada da outra...
    LF: É... aí...
    FCM: Cada uma independente...
    GS: Cinco ações separadas?
    LF: É
    GS: Cada caso o senhor vai ter uma ação cautelar então, por exemplo, no caso da Sudam pode até haver mais de uma... foi o caso... é... [2/3] a fita... o caso da Sudam...
    LF: [2/3] é o local do dano (...)
    GS: Porque o foro geral daqui...(...)
    LF: Porque eu acho que... isso a gente vê como tá
    ACM: [5/6]
    GS: O (Tarso/ Tasso) pode dar uma orientada
    LF: Não... em regra, o senhor vai conseguir
    *: [2/3] eu posso inclusive...
    GS: ...recorrer da ação popular
    LF: pode... (...) e diz: é... tive informação que consta o seguinte fato, ponto... aí. depois... no final o senhor põe: para que sejam verificados tais fatos, se existem ou não, (...) antes do juiz analisar a ação cautelar (...)

    Som de toque de telefone
    GS: ... não é muito comum
    LF: É

    Som de toque de telefone
    GS: Pode mostrar até um... um cuidado...
    VF: (...)
    LF: (...)
    GS: Ver que tratamento se quer, o que o senhor quer...
    FCM: Gravações telefônicas, é... é... depoimentos...
    VF: Como é que foi lá hoje?
    ACM: É pra (atestar/testar)...
    GS: Procuradoria...
    VF: [4/5]
    FCM: Houve uma... a... houve uma... uma... o Ministério Público na Amazônia, ele está investigando todas as denúncias sobre a Sudam, não é isso? no meio dessas investigações [1/2] descobriu... é... pegou um empresário, suspeito, e nas gravações telefônicas esse empresário fala sobre a vida dos políticos...
    ACM: ...e, no meio, o Eduardo Jorge...
    VF: E a maioria lá, como é que foi?
    ACM: É pior do que a do [1/2]
    VF: Ah, é?
    LF: O grau de... de [1/2] é infinito, ele tem...
    GS: O senhor diz que ele não... ele não resiste ...
    FCM: O governo [1]...
    GS: ... e quebrava, o senhor diz o ...
    ACM: ... Fernando
    VF: (...)
    GS: O senhor diz quebrar o sigilo...
    FCM: ... telefônico do Eduardo Jorge
    GS: É pra onde ele fez ligações, certo?
    FCM: Pede uma consultoria...
    ACM: Porque não... quebrar o sigilo de noventa e quatro?...
    GS: É isso mesmo
    VF: E a bolsa?
    ACM: ... e agora!
    VF: [4/5] tá bom, ué... ... e matemática?
    *: ... contratações...
    VF: ... e Matemática?
    ACM: [3/4]
    FCM: Aí ele caía...
    VF: e as outras?
    ACM: [3/4]
    GS: De 94 pra cá?
    ACM: Exercício de noventa e quatro
    GS: Já no Ministério da...
    ACM: Antes de... de ele assumir...
    GS: ... da Fazenda
    LF: Mas o senhor acha que [2/3] (vai ficar) onde?
    ACM: (...)
    GS: (rolava grana)
    LF: [3/4]
    GS: O... e da Secretaria Geral também
    LF: O Nicolau estava agindo em São Paulo
    GS: Porque ele devia ficar muito solto, né?
    ACM: Problema deles é telefone, mais do que [1]
    GS: (...) e o projeto técnico, eles estavam incumbidos disso tudo, não é?
    FCM: Os dois?
    GS: Será?... será?... mas também é um chute no escuro, né, a gente tem que ter muito cuidado viu, senador? porque, um tiro desses que não acerte o alvo
    FCM: É viável, tem muita gente querendo enfraquecer o (governo)
    GS: [3/4]
    ACM: O falatório (piora) [1]
    VF: Qual é? (...)
    ACM: Mas também é importante (dessa forma)
    VF: Ah, é?
    GS: É bom não deixar que passe algumas coisas, que, às vezes, a... se a [1/2] for grande e interna...
    ACM: Pois é, mas aí...
    GS: ... eles fazem um discurso (inteiro) ...
    ACM: Mas aí... você (se engana)
    FCM: Faz no peito também, que nem no PT (...)
    VF: Mas não tem um gabarito oficial, não?
    FCM: [2/3] tem que ter [2/3]
    LF: É mais fácil [1/2] cada (dúvida)
    FCM: Mas veja bem
    *: O cara quando fez a devolução ali...
    ACM: Eu vou fazer um discurso calmo...
    LF: [2/3] pra Polícia Federal (...)
    VF: Tá...
    FCM: É, e outra coisa...
    VF: Eu tenho a impressão da Fernanda lá da... [1/2]
    ACM: Não errei....[2/3]
    VF: Vem cá, não dá pra você ver com... com ela ou com... com alguém?
    FCM: [5/6]
    VF: (...) garanto o [1/2] da irmã dela... saber qual é? (...)
    VF: Por isso que eu lhe disse [5/6]
    *: [3/4]
    VF: Aí achei o [1] e depois devolvo
    *: (sei dizer) que Fernando (não cai)
    ACM: [6/7].. tava lá a confusão...
    FCM: Um (dele/deles) vai entrar... [3/4]
    ACM: [7/8]
    VF: Só essa
    ACM: ... mais garantido
    VF: [3/4] nem dá pra conversar
    FCM: É porque eu já acho que não seja igual... [7/8]
    VF: Então, pega com ela lá, se estiver lá [3/4]
    *: (...)
    VF: Por causa disso?
    ACM: Vão levando (assim)
    VF: Ué, mas... a... a... adianta chorar?!
    FCM: Ditadura é fogo!
    VF: Agora tem que tocar o barco pra frente
    GS: [4/5]
    VF: É, vamos pra frente, que atrás tem muita gente
    FCM: Nos mínimos detalhes (não dá)... tem que montar a volta da (AGU/ Geru) [3/4]
    VF: -Ham...
    *: (...)
    FCM: Se bem que... [2/3] não tem mais... não tem mais Procuradoria [1/2], agora tudo é Advocacia Geral da União... muitas pessoas (...)
    ACM: [3/4]
    FCM: [4/5] isto é uma ação de improbidade administrativa...[3/4]... continuam todas no (DNER)
    GS: Senador, o problema é que o advogado
    FCM: E o precatório?
    VF: Ham...
    FCM: Precatório é a primeira...
    *: O precatório não [2/3]
    GS: Mas o senhor vê, senador, o [1/2] agora é...
    VF: Negócio da natação, aí, viu?
    *: (...)
    VF: Precisa ver o que aconteceu aí [3/4]
    GS: [4/5]
    VF: Tá bom, então, tchau [1/2]... tchau
    ACM: Me avisa que vai ser publicado
    GS: Imagina agora.
    VF: [2/3] aqui em cima!
    ACM: Vou na Justiça do Trabalho, com disquET:e...
    *: (...)
    GS: ... e teve sem grandeza... ele foi o primeiro a utilizar medida provisória em benefício próprio
    VF: [4/5] (...)
    FCM: Ele era sócio do Padilha no escritório... e o Padilha [2/3]
    GS: Só que no dossiê (...) corrupção [3/4]
    LF: Se eu fizer toda documentação, eu acredito que... (...)
    VF: (...)
    GS: Envolvendo órgão federal
    FCM: A ação, pelo menos tem uns... umas... umas dezessete...
    ACM: ...mais ou menos irregularidades graves
    FCM: Tem de tudo... tem de tudo
    GS: Tráfico de armas, drogas...
    FCM: Isso aí, a gente denuncia exatamente pelo [1/2]

    Som de toque de telefone
    (...)
    VF: Gabinete, boa tarde... é a (Susi)... a Su/... a Lúcia tá de férias... é só com ela?
    GS: Porque também... toda a vez que um órgão federal...que fiscaliza uma atividade e há uma omissão nesse órgão e ele tem sede em Brasília [3/4]
    VF: O que que... que que é que você quer?
    LF: Viu a conta do Banco Central
    GS: Então: Banco central, onde foi a fraude BMF, Banco Marka, FonteCidam...
    ACM: A fraude já começa em São Paulo
    GS: Mas quem foi o orgão que afiançou?
    *: O Banco Central!
    GS: As decisões foram tomadas aqui
    VF: Porque eles não vão (te ver)?
    GS: Aí nós [1/2], por quê?
    VF: é... qual que é seu telefone?

    Som de toque de telefone
    *: (...)

    Som de toque de telefone
    *: (...)

    Som de toque de telefone
    FCM: ... foi na Bahia... estava fazendo uma CPI pra investigar...

    Som de toque de telefone
    FCM:... a (Codeba) (...) aí...

    Som de toque de telefone
    VF: já falou com ele sobre esse assunto?
    *: (...)

    Som de toque de telefone
    *: José Carlos...
    VF: não [5/6]

    Som de toque de telefone
    *: (...)

    Som de toque de telefone
    *: (...)

    Som de toque de telefone
    VF: nove, nove, cinco, cinco, quatro, dois, sete, oito
    FCM: [4/5]

    Som de toque de telefone
    VF: Ham... ham...

    Som de toque de telefone
    VF: [2/3]
    VF: Atende o celular...

    Som de toque de telefone
    VF: Ah, é?... oh, ele no momento não está no gabinete, mas assim que ele retornar eu vou passar o recado pra ele e depois ele te liga... vou conversar com ele...

    Som de toque de telefone
    VF: É...
    VF: Já li o ofício
    GS: ... ou no Ministério Público, ou na Polícia, mas no (Judiciário) é inadmissível...

    Som de toque de telefone
    GS: ...isso aí é uma coisa que joga por terra tudo, tudo acaba!
    VF: Hum... OK ...hum, hum... mas... qual o número do ofício aí? ham, é... o assunto do ofício é isso? então, tá...
    FCM: [7/8] vocês tem conclusões?
    GS: É complicado
    LF: Sempre tem...
    VF: Sei... ham, ham... (...)
    VF: Sabe por que? porque eu não sei onde tá esse documento que passou pra ele? (...)
    GS: Eu acho que...
    VF: Então deve tá com ele...
    ACM: (...) conjuntural, e acabou...
    VF: Qualquer coisa eu te ligo, tá [1]?
    GS: É, aí catalisou, né?
    ET: Por isso que aquele conceito (...)
    VF: Tá bem, (Ana), tá... um abraço, tchau
    ET: Quando...
    VM: E aí, [1]
    VF: Tudo bom
    *: (...)
    ACM: ...o Amazonas do [1]
    VF: (...)
    *: (...)
    FCM: O [1] foi nomeado presidente do Tribunal Regional Eleitoral
    LF: Mas quem (...)
    GS: Que é onde estava o Eduardo Jorge
    FCM: É... também no Amazonas, aquele mesmo desembargador, Daniel, é o mesmo que morreu com problema no [1/2]
    VM: (...)
    FCM: (...) é uma polêmica entre ele e o [1/2]
    GS: De grilagem
    *: (...)
    GS: Senador, poderia... é... [1/2] a investigação porque é uma investigação até... é... [5/6]... que nos causa muita... dentro da (Sebrae)... o senador fez aquela investigação...e a Abin, pelos... pela denúncia dos colegas do Rio de Janeiro em relação ao ... ao grampo do (BNDES)...
    ACM: Foi outro estado?
    GS: E a Abin, na verdade, foi [2/3]... é um órgão, que hoje, até por decisão do presidente do tribunal, [3/4] vai suspender a oitiva da diretora geral... tá?
    VF: É, não é... (pelo menos) não....é (o) que não tem (restrição)
    GS: E que ela fosse ouvida... quer ouvida... o que é algo assim, completamente fora do comum
    ACM: Diretora da Abin?
    GS: É, a diretora da Abin
    VF: [3/4]
    *: (...)
    GS: Abin, diretora geral da Abin, é aqui perto
    *: (...)
    GS: (...) ela foi chefe da (...) e o que que ocorre? (...) e o que nós pretendemos é que existe um aparelho que está fora de controle [2/3]
    LF: (...) o responsável... toda responsável com as [1/2]
    GS: A (integridade) interna de Brasília... nós estamos... Brasília (está sitiada)... então nós fomos conversar... apesar de (pegar) nessas ações, nós fomos conversar com o espírito aberto... mostrando até a situação do meio ambiente... e da [3/4] que vai vai inviabilizar a capital da República, vai inviabilizar... eu tô com um procedimento para apuração da qualidade da água e eu estou temendo que nós vamos ter uma surpresa, porque a água, os lençois freáticos da água, os recursos hídricos de Brasília estão se contaminando... porque as ocupações... umas até... as ocupações de áreas de preservação ambiental... o lixo contamina... não tem como tirar? bom, o [2/3], em relação a isso, nos trouxe a certeza de que... não, já tá tudo sendo feito... se o senhor ler a denúncia do... do.. do grampo do BNDES, o senhor vê que a própria cúpula da Abin foi conivente com aquela chantagem e descobriu-se materialmente... a pessoa que descobriu as fitas disse que descobriu as fitas...
    FCM: Debaixo de um viaduto
    GS: ...em um telefonema anônimo no seu gabinete...
    FCM: Debaixo do viaduto
    GS: Debaixo do viaduto... quebrou-se o sigilo telefônico, o telefone daquele gabinete onde o (presidente) está não recebeu nenhuma ligação, a não ser da sua própria casa... nas quatro horas...

    Som de toque de telefone
    GS: ...duas antes de ter recebido a ligação do orelhão... então, quebrou o (sigilo telefônico)... o [1/2] do sigilo que mostrou... a Abin estava... de olho, e eu fiquei preocupado, por quê? porque um órgão de informações (...)
    VF: Gabinete, boa tarde... quem gostaria?
    GS: Em um país democrático com instituições democráticas fortes, parlamento fortíssimo (...) comanda tudo isso, completamente fora das suas obrigações, exagerando... o senhor imagina uma Abin, um órgão que pertence ao (planalto) e em um país como nosso ainda com tanta desonestidade... então, essa investigação (...)
    FCM: (...) informações [2/3] do governo...
    GS: Hoje, nós... o que nós queremos, hoje? é... ouvir a... a... direção geral, que é investigar...
    FCM: Essa é a [1] do senador...
    GS: ... é investigar... se a... se houve a denúncia de ter acusado... grampeando o doutor Luiz, grampeando jornalistas, grampeando, é... políticos, nós temos que investigar isso
    LS: O que a gente queria mais é que [3/4]... é que tenha condições de ir em [1/2] (...)
    GS: Almirante Flores...
    LF: (...) ligar pro presidente...
    GS: Aí é o poder total!
    LF: (...) se fose só cuidar do ministério [1] teria muita tranquilidade para poder (...)
    GS: O almirante Flores revelou ter medo, receio da formação da própria Secretaria de Assuntos Estratégicos... o receio dele de que com a vinculação da... do Serviço de Informações da Presidência... é... um receio que aquilo pudesse se tornar um superpoder, vinculando...
    *: (...)
    FCM: se fosse aqui, isso aqui, como é que... esse negócio da Abin [4/5]
    GS: O senador talvez... é.... repetir... a informação, né senador, o caso da Abin... acho que a gente têm muito pouco, têm as denúncias de jornal... é isso que nós temos... e são denúncias que têm... a gente vê... o BNDES foi uma denúncia popular... é... no caso aqui nosso em Brasília nós constatamos lá, (diariamente)... gente, então, quer dizer, eu acho que interessa à própria sociedade dizer quais os limites que ela deseja para...
    FCM: [2/3]
    GS: ... bem claramente, porque ações, instrumento de [1/2], instrumento de [1/2] política... que é um órgão que tem... é... é um órgão muito feroz, porque ele quebra sigilo telefônico sem ordem judicial... eles dizem que não tem aparelho pra quebra, não tem um aparelho pra escuta telefônica... fantástico, né?
    VF: Qualquer detetive [4/5]...
    GS: Qualquer detetive tem, e em um órgão como este... e ainda mais agora, com o Ministério não podendo investigá-los, então quem que investiga?
    ACM: (...) são informações (...) pela memória (...) no tempo que eu era ministro... no meu tempo o SNI ia lá e botavam operários... saem de macacão como operários (...) o serviço da telefônica (...)
    LF: [5/6]
    ACM: ... e eles entram lá de macacão... (...)
    FCM: É o general Ivan... e hoje eles fazem...

    Som de toque de telefone
    VF: É isso mesmo
    FCM: (...)

    Som de toque de telefone
    FCM: Aqui em casa tinha um cara da Telefônica...
    VF: Gabinete, boa tarde... gabinete do doutor Luiz Francisco
    FCM: Eu entrei... o cara mexeu na caixa de telefone que estava perto da escada [4/5]... só que minha caixa [1/2], ela, quando ele bota o grampo ela dispara... dispara duas ou três vezes, né? dispara a ... a central, então desarma e (bota) o grampo... lá no Senado é... é.... é digital também
    ET: Aqui a gente nem tem idéia (...)
    FCM: Porque aqui é sistema analógico
    *: [1/2] é analógico...
    FCM: Se o grampo é analógico é a maior facilidade, não dá mais [2/3] mas analógico?... o celular... o celular, ele... ele forma um [1/2]... então, o cara atrás, ele tem um aparelho, que é seqüencial, então eles vão vendo a... a frequência que você tem e fixa a ... a linha, agora, não pode ser muito longe... não pode ser de muito longe... é muito difícil, porque o celular, ele opera em várias frequências... mas ele [2/3]... ele bota uma pessoa atrás do seu carro, com um aparelho e ali, ele tem uma mesinha que na mesinha... Risos... (não tem jeito)...quando eu era [5/6]... aquele negócio da ouvidoria contra [1/2] geral da República [2/3] o governo... oh, eles grampeavam, faziam o diabo, só que eu tinha mais informação do pessoal da Polícia Federal que era contra do que deles... é... é um...
    GS: Já tinha...
    FCM: Não, tinha o SNI
    ACM: O SNI já atuava
    FCM: O SNI [2/3]
    GS: Ah, sim, quando o senhor foi...
    FCM: Ouvidor, né?
    FCM: É, e aí eu fui... uma vez eu levei pro General Ivan uma denúncia de um cara... lembra de uma cara que matou [4/5]...
    ET: (...)
    FCM: ... aí, uma vez... o cara era um [3/4] contrabando de armas e tal... aí, deu uma surra na mulher, quebrou a mulher toda, e aí o irmão da mulher liga me procurou dizendo que ela estaria disposta a dar um depoimento contando todas... todas as bandalheiras do marido... aí, eu falei: tá bom... aí marcamos tudo certinho... aí fui no general Ivan e falei: Ivan, tem isso aqui e tal, pá, pá, pá, pá, pá, pá... no outro dia, aí o general Ivan manda chamar um coronel da PM, que eu tive um atentado... estava indo pra casa, aí veio uma caminhonete e pá, bateu atrás do meu carro [4/5] aí [2/3] general Ivan, (...) no outro dia... veio um carro tentando me... e tal... (tudo lá dentro)... agora, só queria saber uma coisa assim, o negócio da... da... o negócio do... da.... da Amazônia, lá... da Sudam...então, a... a gente faria, então, uma... uma....uma ação cautelar preparatória de ação popular...então o senador... é... solicitaria...
    LF: [3/4] (duas coisas) representação, pedido de informação...
    FCM: Isso...
    LF: E...é...
    ACM: (isso aí entrando)...
    LF: Três [1/2] de informação
    FCM: Uma representação, pedido de informação
    LF: E ainda não contamos aí pedido de informação... faça os três e o senhor manda pra cá
    GS: E a gente [5/6]
    LF: É...com o Ubiratan
    LF: - Para a secretária - Mariana! Mariana!
    VF: Senhor!
    *: (...)
    ACM: [3/4]... eles vão... eles vão... aí eles vão destacar
    GS: (...)
    FCM: Aquele negócio da Sudam, o relatório da... aquele relatório da [1/2], o ministro botou...

    Som de toque de telefone
    FCM: Como é que está essa questão lá do DNER? foi uma pessoa de dentro do DNER (...)

    Som de toque de telefone
    FCM: Aí nós demos (...)

    Som de toque de telefone
    VF: Gabinete, boa tarde... quem gostaria?
    FCM: E a gente sabia que o cara que deu informação pra gente, ele tinha um (particular) (...)
    VF: Não, mas no momento ele não se encontra na sala, quer deixa algum recado pra ele?
    FCM: Era tudo distribuído, o dinheiro (...)
    VF: Não, é que ele tá num outro gabinete, e tá com uma reunião, vai ficar uma meia hora, mais ou menos
    FCM: O que nós soubemos é que tem um cara, que tá chantageando o Jader, tem umas gravações do DNER... tá chantageando o [1] do Jader (...)
    ACM: (...)
    FCM: Ele me procurou, chorou na minha casa e disse que estava [5/6].. o pagamento era (...)
    LF: Ah, ele, além de empresário, pagava (comissão)?
    ACM: ...empresário
    FCM: Pagava comissão
    ET: Mas ele pagava em dinheiro ou pagava em cheque?
    GS: Dinheiro, dólar?
    FCM: Dólar! ... não, mas esse [1] que está (...)
    ACM: (...) a história do dinheiro [3/4]
    LF: Por que (...)
    ACM: Nenhum queria dar, e aí surgiu
    ET: É como o esquema do TRT não é? que ia dar pro (CONDEPHAT) [3/4]...
    GS: (...)
    ACM: Não era nada de mais
    ET: É
    FCM: [6/7]
    GS: O Luiz Estevão vai tentar anular a cassação dele no Senado
    FCM: O Jader e o Renan...
    ACM: A opinião pública quebra o Senado!
    LF: [4/5]
    ACM: Vai e quebra o Senado... o povo vai e quebra
    ET: Mas, por quê, senador? (...)
    GS: Mas, senador, Brasília tá tão contaminada!
    ACM: Não há apoio político
    FCM: Só caiu por causa do senador!
    VF: Quê?
    FCM: [6/7]
    GS: E agora quer nos enfrentar (...)
    ACM: Tem que ter uma fase de denúncias
    FCM: (...)
    ACM: (a alegação) [2/3]
    LF: (não há nenhuma alegação) (ele tá preparando)
    FCM: Ele... ele votar lá não era...
    *: (...)
    FCM: Eu vazei todas as informações [5/6]... todo o sigilo bancário e telefônico dele eu dava pra imprensa, porque o que a gente não desse, o negócio ia ficar escondido, porque ele tinha... tinha gente lá, né?
    ET: É...
    FCM: Aí... as ligações dele pro Nicolau aquelas coisas todas... não?
    ET: (não) ia ter poder de ameaçar, não
    ACM: Não?! é (Renan)...
    ET: Funcionário, político...
    *: É o que eu sei... é o que eu sei...
    *: Luiz Estevão...
    ACM: Luiz Estevão...
    ACM: (...)
    GS: Senador, agora é muito grave...
    *: [1]
    ACM: Que a maior qualidade [2/3]
    LF: É, (nós oficiamos/noticiamos) (o Fernando Gomide) [7/8]
    ACM: (que, ao meu ver, ele não move pé/oficiar, a meu ver, ele não move pé)
    LF: É o negócio do...
    ACM: [3/4]...
    VM: (lembro)...
    ACM: ... Heloísa Helena votou nele...[1/2]... [1/2]... eu tenho todos que votaram nele
    LF: Mas por que votou nele? [3/4]
    (ACM): Renan que tratou isso... (foi e bateu, bateu...)
    LF: [5/6]
    GS: Mas por que que ele fez isso?
    ACM: O (Luiz) Eduardo há muito tempo [5/6] (denunciar/ denunciado) o PT
    *: [1/2]
    *: (pior que reza a vida inteira)
    GS: ah, tá...
    *: (cassando)... depois ela (veio) [2/3] ... testou o conhecimento... (meio mole), dizendo: doutor...
    *: Admitiu que o (voto dele é comprado)
    *: [3/4] Não pode falar isso que Luiz Estevão pode querer anular e vai acabar dizendo que quebrou... violou o sigilo da... da... votação
    ACM: Não...
    GS: Senador, o... o Luiz Estevão e o Eduardo Jorge estão preocupados... a Presidência da República também
    LF: Falei (isso aí)
    ACM: [2/3] o Prodasen, já lhe dei o nome [1/2]
    LF: Claro...
    GS: Nilson ou Wilson?
    ET: Nilson é... esse... este
    *: Nilson de quê?
    LF: Esse aí que eu sei...
    GS: Não vai passar
    ET: Ele tem... ele tem um currículo e tanto, ele já foi... ele já foi assessor (...)
    LF: .... assessor administrativo do Palácio
    ACM: (se ele for)
    *: Eu vou...
    (ACM): Porque aquele material...
    *: Não dei conta [4/5]
    LF: Mas aí entra um outro aspecto
    GS: Nós fizemos quebra (e o projeto vai andar), porque é tanta coisa que a gente pára os outros casos, Fernando
    ACM: [2/3]
    ET: É...
    GS: Eu já tô com a quebra (deles)
    LF: Do Sérgio Otero
    GS: Do Sérgio Otero, de várias pessoas na fogueira... de grupo de [1/2]
    ACM: (o Congresso) [1/2]
    GS: Esse... esse é um perigo, senador
    ACM: Tive uma audiência (...)
    *: (...)
    (GS): Aquele negócio do Nilson...
    LF: Que ele é um homem do Luiz Estevãoinclusive... ele era...
    FCM: Ele foi chefe de gabinete do Luiz Estevão... foi chefe de gabinete do Luiz Estevão e...
    GS: E envolvido diretamente com a fraude do Serpro... eu não tenho
    ET: Ele era do conselho fiscal do (Serpro) (...)
    ACM: Eu acho que o Jader não (compra/conta)... e com o Jader, nessa primeira fase [1/2]
    LF: Fiz e já mandei
    LF: Como é que vai ser?
    *: (...)
    LF: Ele estava é... pronto pra ser nomeado
    GS: E o [1]
    LF: Tá trabalhando... tá trabalhando lá na [3/4]...
    LF: (...)
    ET: (...)

    Fim da gravação aos 57:51,603 minutos

    Campinas, 08 de março de 2001

    Prof. Dr. Ricardo Molina de Figueiredo
    Primeiro perito Relator

    Donato Pasqual Junior
    Segundo perito Relator

    Profa. Dra. Helena de Souza Britto
    Terceiro Perito Relator


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