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14/03/2001
-
14h23
SÍLVIA FREIRE
da Folha Online
O procurador Luiz Francisco de Souza afirmou em seu depoimento ao Conselho de Ética do Senado que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) repetiu duas ou três vezes ter uma lista com os senadores que votaram contra a cassação do senador Luiz Estevão, em junho do ano passado.
Na conversa, o senador teria admitido saber como os senadores votaram na cassação de Luiz Estevão e fez acusações de corrupção envolvendo o governo federal.
Souza disse também que os procuradores Guilherme Schelb e Eliana Torelly, que participaram da conversa com ACM, sabiam que estavam sendo gravados. Ele disse que destruiu as fitas do gravador que levava com ele durante a conversa durante uma discussão com os procuradores que não teriam concordaram com a divulgação para a imprensa do conteúdo da conversa.
"Foi um erro", disse há pouco o procurador durante o depoimento. Ele reconheceu que o conteúdo das fitas poderia formalizar as acusações de corrupção feitas por ACM durante a conversa.
Luiz Francisco contou aos senadores que a gravação feita a partir da sala ao lado onde ocorreu a reunião, aconteceu por acaso pois ele não sabia que o gravador deixado lá estava funcionando. Essa fita, que era à princípio inaudível, foi analisada pelo perito Ricardo Molina e degravada. Foi possível a recuperação de 75% do conteúdo da conversa.
Na degravação, não foi possível identificar a palavra "lista" que teria sido dita por ACM em relação a um suposto conhecimento de quais senadores teriam votado contra a cassação, gerando outras interpretações. O senador negou que tenha feito as afirmações e que não teria mencionado a existência de uma lista.
O procurador fez um "mea culpa" e reconheceu que agiu errado em não convocar toda a imprensa para divulgar o teor da conversa que teve com ACM. Ele defendeu, durante seu depoimento, a criação de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para investigar todas as acusações feitas pelo senador aos procuradores da República.
Os outros dois procuradores que participaram da conversa serão ouvidos ainda hoje pelo Conselho de Ética e Decoro da Câmara.
Procurador afirma que ACM tem lista sobre cassação de Estevão
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da Folha Online
O procurador Luiz Francisco de Souza afirmou em seu depoimento ao Conselho de Ética do Senado que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) repetiu duas ou três vezes ter uma lista com os senadores que votaram contra a cassação do senador Luiz Estevão, em junho do ano passado.
Na conversa, o senador teria admitido saber como os senadores votaram na cassação de Luiz Estevão e fez acusações de corrupção envolvendo o governo federal.
Souza disse também que os procuradores Guilherme Schelb e Eliana Torelly, que participaram da conversa com ACM, sabiam que estavam sendo gravados. Ele disse que destruiu as fitas do gravador que levava com ele durante a conversa durante uma discussão com os procuradores que não teriam concordaram com a divulgação para a imprensa do conteúdo da conversa.
"Foi um erro", disse há pouco o procurador durante o depoimento. Ele reconheceu que o conteúdo das fitas poderia formalizar as acusações de corrupção feitas por ACM durante a conversa.
Luiz Francisco contou aos senadores que a gravação feita a partir da sala ao lado onde ocorreu a reunião, aconteceu por acaso pois ele não sabia que o gravador deixado lá estava funcionando. Essa fita, que era à princípio inaudível, foi analisada pelo perito Ricardo Molina e degravada. Foi possível a recuperação de 75% do conteúdo da conversa.
Na degravação, não foi possível identificar a palavra "lista" que teria sido dita por ACM em relação a um suposto conhecimento de quais senadores teriam votado contra a cassação, gerando outras interpretações. O senador negou que tenha feito as afirmações e que não teria mencionado a existência de uma lista.
O procurador fez um "mea culpa" e reconheceu que agiu errado em não convocar toda a imprensa para divulgar o teor da conversa que teve com ACM. Ele defendeu, durante seu depoimento, a criação de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para investigar todas as acusações feitas pelo senador aos procuradores da República.
Os outros dois procuradores que participaram da conversa serão ouvidos ainda hoje pelo Conselho de Ética e Decoro da Câmara.
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