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16/03/2001
-
16h47
CAMILO TOSCANO
da Folha Online
A cúpula do PFL, presente hoje na entrega do Prêmio Luís Eduardo Magalhães, em São Paulo, está dividida em relação à assinatura do requerimento para instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigue as denúncias de quebra de sigilo da votação no Senado, do caso Banpará (Banco do Estado do Pará), de irregularidades no DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) e do dossiê Caribe.
O principal defensor da CPI é o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Juntamente com ACM está o senador e ex-ministro da Previdência Waldeck Ornélas (PFL-BA), que defende investigações pelo governo, antes da instalação da comissão.
"O governo poderia resolver algumas questões que justificam o pedido de CPI. Por exemplo, a liberação imediata do relatório do Banpará pelo Banco Central", disse Ornélas. "Me considero liberado e estou propenso a assinar."
Outras duas lideranças que estiveram no evento de hoje mostraram-se contrárias à comissão. O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), vê a defesa da CPI como manobra da oposição para conseguir espaço. "A CPI é tentativa de um palco para a oposição. É, principalmente, uma tentativa de conter o avanço da reforma política", disse Bornhausen.
Segundo Bornhausen, o líder do partido no Senado, Hugo Napoleão (PI), já afirmou que a posição do PFL é de não assinar o requerimento, mas, caso algum parlamentar decida fazê-lo, essa decisão será respeitada. Para o presidente do partido, ACM "será o único do partido a assinar".
O recém empossado ministro da Previdência, Roberto Brant, partilha da opinião de Bornhausen. "Acho desnecessária uma CPI. O país tem instituições adequadas para averiguar, verificar e punir pessoas que tenham desvios de conduta e pratiquem atos ilegais", disse o ministro.
Já o líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), mostra-se indeciso frente à questão. Para ele, é necessária uma discussão da bancada para que se defina uma posição do partido. Inocêncio deu a entender que prefere uma posição única do partido, mas que respeitaria as decisões individuais - no caso, o senador Antonio Carlos Magalhães.
"Iremos discutir no âmbito do partido (o apoio à CPI). Hoje temos 70% do partido de um lado e 30% do outro", disse o líder pefelista.
Leia mais sobre a crise no governo
Cúpula do PFL não se define sobre instalação de CPI
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da Folha Online
A cúpula do PFL, presente hoje na entrega do Prêmio Luís Eduardo Magalhães, em São Paulo, está dividida em relação à assinatura do requerimento para instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigue as denúncias de quebra de sigilo da votação no Senado, do caso Banpará (Banco do Estado do Pará), de irregularidades no DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) e do dossiê Caribe.
O principal defensor da CPI é o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Juntamente com ACM está o senador e ex-ministro da Previdência Waldeck Ornélas (PFL-BA), que defende investigações pelo governo, antes da instalação da comissão.
"O governo poderia resolver algumas questões que justificam o pedido de CPI. Por exemplo, a liberação imediata do relatório do Banpará pelo Banco Central", disse Ornélas. "Me considero liberado e estou propenso a assinar."
Outras duas lideranças que estiveram no evento de hoje mostraram-se contrárias à comissão. O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), vê a defesa da CPI como manobra da oposição para conseguir espaço. "A CPI é tentativa de um palco para a oposição. É, principalmente, uma tentativa de conter o avanço da reforma política", disse Bornhausen.
Segundo Bornhausen, o líder do partido no Senado, Hugo Napoleão (PI), já afirmou que a posição do PFL é de não assinar o requerimento, mas, caso algum parlamentar decida fazê-lo, essa decisão será respeitada. Para o presidente do partido, ACM "será o único do partido a assinar".
O recém empossado ministro da Previdência, Roberto Brant, partilha da opinião de Bornhausen. "Acho desnecessária uma CPI. O país tem instituições adequadas para averiguar, verificar e punir pessoas que tenham desvios de conduta e pratiquem atos ilegais", disse o ministro.
Já o líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), mostra-se indeciso frente à questão. Para ele, é necessária uma discussão da bancada para que se defina uma posição do partido. Inocêncio deu a entender que prefere uma posição única do partido, mas que respeitaria as decisões individuais - no caso, o senador Antonio Carlos Magalhães.
"Iremos discutir no âmbito do partido (o apoio à CPI). Hoje temos 70% do partido de um lado e 30% do outro", disse o líder pefelista.
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