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28/03/2001 - 13h44

Jader apresenta relatório sigiloso do BC sobre desvios no Banpará

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), apresentou hoje na reunião da bancada do partido o relatório do Banco Central sobre apuração de desvio de dinheiro no Banpará (Banco do Estado do Pará), durante a sua gestão no governo do Estado (1983-1987). A reunião, que começou por volta das 12h, ainda não terminou.

Ontem, Jader recebeu um ofício do presidente do BC, Armínio Fraga, dizendo que o relatório seria enviado ao Ministério Público do Pará e que não poderia ser divulgado por conter informações sigilosas. A decisão do BC evitou expor Barbalho, pois o teor do relatório continuou em sigilo.

Segundo o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que participa da reunião, os documentos não provam o envolvimento de Jader com o desvio de dinheiro.

"Se existia um documento inocentando Jader, porque o governo insinuou a culpabilidade negando a exposição, dizendo que tinha mandado para o Ministério Público do Pará. É um jogo muito estranho e mais um motivo para o PMDB assinar a CPI", afirmou Requião.

Requião foi o único senador peemedebista contrário à indicação de Jader Barbalho como candidato do partido à presidência da Casa. Hoje, o senador estava usando um broche com um trombone, símbolo usado pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) para firmar sua posição contrária ao governo.

Segundo Requião, Jader recebeu o relatório do governo, mas não soube dizer se foi por intermédio do presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem o presidente do Senado esteve reunido nesta manhã.

CPI

O senador paranaense, que também participa da reunião da bancada peemedebista, defendeu a criação da CPI. "É dever do partido assinar o requerimento propondo a (instalação) da CPI da corrupção."

O encontro irá definir a posição dos parlamentares do partido em relação ao apoio à comissão. O PMDB tem 27 senadores, sendo que seis deles já assinaram o documento.

O senador José Fogaça (PMDB-RS) afirmou que a decisão sobre assinar ou não o requerimento deve ser individual: ou seja, o partido pode liberar os parlamentares para definirem junto com suas bases qual posição irá tomar. Fogaça foi um dos senadores que assinaram o requerimento.

O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) disse que a posição dele é de assinar a CPI, mas vai respeitar a decisão da bancada e defende que todos os parlamentares devem segui-la. "A maioria vai tirar uma posição e nós vamos respeitar."

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