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29/03/2001
-
03h37
EDUARDO DE OLIVEIRA e EDUARDO SCOLESE, da Agência Folha
Governadores tucanos e oposicionistas estão seguindo à risca as orientações partidárias em relação à instalação da CPI da corrupção no Congresso. De 24 governadores ouvidos, 13 são contrários à CPI, 8, a favor e 3, todos pefelistas, não quiseram opinar.
Seguindo nota divulgada segunda-feira pelo PSDB, o partido está unido em torno do presidente Fernando Henrique Cardoso e é contrário a "ações oportunistas", tanto da base aliada como dos partidos da oposição ao governo.
Ao lado dos tucanos Tasso Jereissati (CE), Almir Gabriel (PA), José Ignácio (ES), Marconi Perillo (GO), Dante de Oliveira (MT), Geraldo Alckmin (SP) e Albano Franco (SE), três peemedebistas declararam apoio à base governista: Jarbas Vasconcelos (PE), Garibaldi Alves Filho (RN) e Francisco de Assis de Moraes Souza, o Mão Santa (PI). Esperidião Amin (PPB-SC) também é contrário à comissão.
"A CPI é inoportuna. Por seu caráter genérico, só vai paralisar o Congresso e não vai conseguir apurar muita coisa", disse Jarbas.
Já Itamar Franco (PMDB-MG), desafeto político de FHC, afirmou ser a favor da CPI. "É lamentável a decisão da bancada do PMDB no Senado. Mais uma vez se fica na contramão da opinião pública, que quer a CPI. É triste e grave. Dá para pensar e muito. Pensar no PMDB e no por quê do comportamento bastante estranho do senhor presidente da República."
O quadro mais diferenciado está no PFL, com um a favor da CPI, dois contra e outros três que não quiseram opinar. Do partido, o único que se disse a favor da abertura da comissão foi o governador da Bahia, o carlista César Borges.
"Acompanho a posição do senador Antonio Carlos Magalhães. Tenho a convicção de que a CPI em nada afetará a estabilidade política e econômica do país", disse.
Já Siqueira Campos (TO) e Jaime Lerner (PR) defenderam a não-instalação da CPI.
"Nem tudo precisa ser esclarecido por meio de uma CPI. O Poder Executivo possui vários instrumentos de apuração para evitar a abertura de uma comissão parlamentar", afirmou Lerner.
Os pefelistas Roseana Sarney (MA), Amazonino Mendes (AM) e José Bianco (RO) não quiseram opinar. "Acho que ninguém tem de opinar sobre o que o Congresso deve decidir. Ele é autônomo, independente, é um outro Poder. Ele é que tem de resolver essa questão", declarara Roseana em entrevista à Agência Folha na semana passada.
Nos partidos de oposição, não houve surpresa na opinião dos governantes. José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT (PT-MS), Jorge Viana (PT-AC), Olívio Dutra (PT-RS), Anthony Garotinho (PSB-RJ), Ronaldo Lessa (PSB-AL) e João Alberto Capiberibe (PSB-AP) são a favor da CPI.
"Está na hora de o Congresso dar esta resposta a sociedade", declarou o governador Zeca do PT.
Segundo Garotinho, as denúncias que foram feitas são muito graves e merecem ser apuradas. "O Brasil vive hoje uma crise moral, que acaba se transformando também em uma crise política, que acaba se transformando em uma crise econômica, que acaba se transformando em uma crise social", disse o governador.
A Agência Folha não obteve resposta das assessorias dos governadores Neudo Campos (PPB-RR), José Maranhão (PMDB-PB) e Joaquim Roriz (PMDB-DF).
Leia mais sobre a crise no governo
13 governadores se dizem contrários à CPI da corrupção
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Governadores tucanos e oposicionistas estão seguindo à risca as orientações partidárias em relação à instalação da CPI da corrupção no Congresso. De 24 governadores ouvidos, 13 são contrários à CPI, 8, a favor e 3, todos pefelistas, não quiseram opinar.
Seguindo nota divulgada segunda-feira pelo PSDB, o partido está unido em torno do presidente Fernando Henrique Cardoso e é contrário a "ações oportunistas", tanto da base aliada como dos partidos da oposição ao governo.
Ao lado dos tucanos Tasso Jereissati (CE), Almir Gabriel (PA), José Ignácio (ES), Marconi Perillo (GO), Dante de Oliveira (MT), Geraldo Alckmin (SP) e Albano Franco (SE), três peemedebistas declararam apoio à base governista: Jarbas Vasconcelos (PE), Garibaldi Alves Filho (RN) e Francisco de Assis de Moraes Souza, o Mão Santa (PI). Esperidião Amin (PPB-SC) também é contrário à comissão.
"A CPI é inoportuna. Por seu caráter genérico, só vai paralisar o Congresso e não vai conseguir apurar muita coisa", disse Jarbas.
Já Itamar Franco (PMDB-MG), desafeto político de FHC, afirmou ser a favor da CPI. "É lamentável a decisão da bancada do PMDB no Senado. Mais uma vez se fica na contramão da opinião pública, que quer a CPI. É triste e grave. Dá para pensar e muito. Pensar no PMDB e no por quê do comportamento bastante estranho do senhor presidente da República."
O quadro mais diferenciado está no PFL, com um a favor da CPI, dois contra e outros três que não quiseram opinar. Do partido, o único que se disse a favor da abertura da comissão foi o governador da Bahia, o carlista César Borges.
"Acompanho a posição do senador Antonio Carlos Magalhães. Tenho a convicção de que a CPI em nada afetará a estabilidade política e econômica do país", disse.
Já Siqueira Campos (TO) e Jaime Lerner (PR) defenderam a não-instalação da CPI.
"Nem tudo precisa ser esclarecido por meio de uma CPI. O Poder Executivo possui vários instrumentos de apuração para evitar a abertura de uma comissão parlamentar", afirmou Lerner.
Os pefelistas Roseana Sarney (MA), Amazonino Mendes (AM) e José Bianco (RO) não quiseram opinar. "Acho que ninguém tem de opinar sobre o que o Congresso deve decidir. Ele é autônomo, independente, é um outro Poder. Ele é que tem de resolver essa questão", declarara Roseana em entrevista à Agência Folha na semana passada.
Nos partidos de oposição, não houve surpresa na opinião dos governantes. José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT (PT-MS), Jorge Viana (PT-AC), Olívio Dutra (PT-RS), Anthony Garotinho (PSB-RJ), Ronaldo Lessa (PSB-AL) e João Alberto Capiberibe (PSB-AP) são a favor da CPI.
"Está na hora de o Congresso dar esta resposta a sociedade", declarou o governador Zeca do PT.
Segundo Garotinho, as denúncias que foram feitas são muito graves e merecem ser apuradas. "O Brasil vive hoje uma crise moral, que acaba se transformando também em uma crise política, que acaba se transformando em uma crise econômica, que acaba se transformando em uma crise social", disse o governador.
A Agência Folha não obteve resposta das assessorias dos governadores Neudo Campos (PPB-RR), José Maranhão (PMDB-PB) e Joaquim Roriz (PMDB-DF).
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