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09/04/2001
-
08h51
da Folha de S.Paulo
O "Jornal do Brasil" foi fundado sob o signo do protesto. Surgiu em 1891, criado por um grupo de monarquistas que, insatisfeitos com a proclamação da República, pretendia restaurar a liderança do último imperador brasileiro, d. Pedro 2º, deposto havia pouco mais de um ano.
Sua ligação com a monarquia foi o motivo para a primeira invasão de sua sede, então no centro do Rio. Revoltados com uma edição especial sobre a morte do imperador, em dezembro de 1891, um grupo de republicanos promoveu um quebra-quebra.
Dois anos depois, acusado pelo então presidente, marechal Floriano Peixoto, de incitar a revolta da armada, foi fechado. Só voltou a circular um ano e 45 dias depois.
Em 1918, passou ao controle do conde Ernesto Pereira Carneiro e começou a promover uma série de inovações - algumas delas, provocando o escândalo na sociedade da época, como a decisão de publicar na primeira página, em 1923, a foto de um jogo de futebol entre Vasco e Fluminense.
Com sua morte, nos anos 50, o comando do "Jornal do Brasil" passou para a viúva, condessa Maurina Pereira Carneiro, que promoveu uma série de reformulações gráficas e editoriais.
Alguns exemplos: o "JB" foi o primeiro jornal brasileiro a criar cadernos para assuntos específicos, como o Suplemento Dominical (em 1956), o Caderno B (em 1960) e o Caderno Especial (em 1963), no qual eram publicados estudos e teses universitárias.
Também foi o pioneiro na criação de um departamento de pesquisa, para atuar como apoio ao trabalho jornalístico, nos anos 60.
O jornal sobreviveu a períodos de censura durante o Estado Novo e o regime militar. Voltou a ser invadido em 1964, no dia 31 de março, e em 1968, após publicar em primeira página a notícia da promulgação do AI-5.
Apesar de censurado, criou edições históricas, como a que relatava a morte do presidente chileno Salvador Allende, em 1973 - quando a proibição, pela censura, de publicar manchete e foto sobre o fato foi burlada com a publicação de um longo texto na primeira página.
Jornal do Brasil foi criado por monarquistas
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O "Jornal do Brasil" foi fundado sob o signo do protesto. Surgiu em 1891, criado por um grupo de monarquistas que, insatisfeitos com a proclamação da República, pretendia restaurar a liderança do último imperador brasileiro, d. Pedro 2º, deposto havia pouco mais de um ano.
Sua ligação com a monarquia foi o motivo para a primeira invasão de sua sede, então no centro do Rio. Revoltados com uma edição especial sobre a morte do imperador, em dezembro de 1891, um grupo de republicanos promoveu um quebra-quebra.
Dois anos depois, acusado pelo então presidente, marechal Floriano Peixoto, de incitar a revolta da armada, foi fechado. Só voltou a circular um ano e 45 dias depois.
Em 1918, passou ao controle do conde Ernesto Pereira Carneiro e começou a promover uma série de inovações - algumas delas, provocando o escândalo na sociedade da época, como a decisão de publicar na primeira página, em 1923, a foto de um jogo de futebol entre Vasco e Fluminense.
Com sua morte, nos anos 50, o comando do "Jornal do Brasil" passou para a viúva, condessa Maurina Pereira Carneiro, que promoveu uma série de reformulações gráficas e editoriais.
Alguns exemplos: o "JB" foi o primeiro jornal brasileiro a criar cadernos para assuntos específicos, como o Suplemento Dominical (em 1956), o Caderno B (em 1960) e o Caderno Especial (em 1963), no qual eram publicados estudos e teses universitárias.
Também foi o pioneiro na criação de um departamento de pesquisa, para atuar como apoio ao trabalho jornalístico, nos anos 60.
O jornal sobreviveu a períodos de censura durante o Estado Novo e o regime militar. Voltou a ser invadido em 1964, no dia 31 de março, e em 1968, após publicar em primeira página a notícia da promulgação do AI-5.
Apesar de censurado, criou edições históricas, como a que relatava a morte do presidente chileno Salvador Allende, em 1973 - quando a proibição, pela censura, de publicar manchete e foto sobre o fato foi burlada com a publicação de um longo texto na primeira página.
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