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21/04/2001
-
03h29
ANDRÉ SOLIANI, da Folha de S.Paulo, em Québec
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse que se opõe a qualquer tentativa para abafar o caso de violação do painel do Senado, que poderá levar à cassação dos senadores Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (PSDB-DF) por quebra do decoro parlamentar.
"Como ex-senador e líder do PSDB sou contra. Ponto. Sou contra que se façam manobras. Eu acho que nós não estamos em momento de manobras. O momento é de esclarecer as questões", disse o presidente, em Québec, no dia em que se iniciou a Cúpula das Américas, reunião de 34 chefes de Estados dos países do continente.
Disse, no entanto, que a questão deve ser resolvida no Congresso. "Os fatos tem de ser revelados no âmbito próprio, e o âmbito próprio é o Congresso", disse FHC. Governistas e oposição tentaram costurar um acordo para abafar o caso. Mas, após o novo depoimento de Regina Célia Peres Borges, ex-diretora do Prodasen, ao Conselho de Ética, a situação de ACM e de Arruda se complicou.
A sensação entre os senadores é que é inevitável iniciar o processo de cassação do pefelista e de Arruda, que se afastou anteontem da liderança do governo no Senado.
FHC criticou os congressistas que apóiam a instalação da CPI da corrupção. Na quarta-feira, dois senadores do PMDB, Casildo Maldaner (SC) e Amir Lando (RO), completaram as 27 assinaturas necessárias, no Senado, para criar a CPI. "Não transformem as coisas que existem na política em obstáculo para a governabilidade. Isso é antipatriótico", disse ele, que voltou a pedir para os deputados não assinarem a lista na Câmara, que permitiria a criação de uma CPI conjunta no Congresso.
"Vou fazer um apelo aos parlamentares brasileiros: pensem no Brasil e ponham de lado querelas menores", disse FHC. Segundo ele, isso não significa querer esconder a verdade "debaixo do tapete": "Pode haver CPI à vontade. Não tenho nada para esconder. Mas tem de ser própria, no âmbito apropriado". Para ele, a CPI da corrupção só vai atrapalhar o país: "Tumultuar tem como consequência o povo sofrer. O governo não tem nada, nada, sublinho, nada a temer. Tem a temer que o povo brasileiro sofra pela incapacidade da direção política de resolver as questões de maneira equilibrada", afirmou FHC.
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Presidente diz que não apóia operação abafa
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O presidente Fernando Henrique Cardoso disse que se opõe a qualquer tentativa para abafar o caso de violação do painel do Senado, que poderá levar à cassação dos senadores Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (PSDB-DF) por quebra do decoro parlamentar.
"Como ex-senador e líder do PSDB sou contra. Ponto. Sou contra que se façam manobras. Eu acho que nós não estamos em momento de manobras. O momento é de esclarecer as questões", disse o presidente, em Québec, no dia em que se iniciou a Cúpula das Américas, reunião de 34 chefes de Estados dos países do continente.
Disse, no entanto, que a questão deve ser resolvida no Congresso. "Os fatos tem de ser revelados no âmbito próprio, e o âmbito próprio é o Congresso", disse FHC. Governistas e oposição tentaram costurar um acordo para abafar o caso. Mas, após o novo depoimento de Regina Célia Peres Borges, ex-diretora do Prodasen, ao Conselho de Ética, a situação de ACM e de Arruda se complicou.
A sensação entre os senadores é que é inevitável iniciar o processo de cassação do pefelista e de Arruda, que se afastou anteontem da liderança do governo no Senado.
FHC criticou os congressistas que apóiam a instalação da CPI da corrupção. Na quarta-feira, dois senadores do PMDB, Casildo Maldaner (SC) e Amir Lando (RO), completaram as 27 assinaturas necessárias, no Senado, para criar a CPI. "Não transformem as coisas que existem na política em obstáculo para a governabilidade. Isso é antipatriótico", disse ele, que voltou a pedir para os deputados não assinarem a lista na Câmara, que permitiria a criação de uma CPI conjunta no Congresso.
"Vou fazer um apelo aos parlamentares brasileiros: pensem no Brasil e ponham de lado querelas menores", disse FHC. Segundo ele, isso não significa querer esconder a verdade "debaixo do tapete": "Pode haver CPI à vontade. Não tenho nada para esconder. Mas tem de ser própria, no âmbito apropriado". Para ele, a CPI da corrupção só vai atrapalhar o país: "Tumultuar tem como consequência o povo sofrer. O governo não tem nada, nada, sublinho, nada a temer. Tem a temer que o povo brasileiro sofra pela incapacidade da direção política de resolver as questões de maneira equilibrada", afirmou FHC.
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